Regresso a Barcelos com um "Mire On" sobre Lisboa! Não sou repórter. Não sou fotógrafo. Não sou mensageiro de informações que interessem a agências de qualquer espécie. Mas, como cidadão, sou observador, pelo menos das situações em que directa ou indirectamente vou participando.
E o mais velho dos meus dois mais novos já sabe o que significa ISCSP, essa Escola que alguém das paleonomenclaturas do situacionismo gerontocrático (ou da dinastia soarista) já apelidou de escola dos malditos, sem que ainda fosse atingida por esse sistema pré-bolonhês em que um estudante trabalhador, que começou um mestrado na vigência de uma lei, se vê impedido de o concluir por, financeiramente, não suportar os 1750 euros a que a actual lei obriga! E ainda antes de, talvez por ironia do destino, apenas ter de subir a rua para onde foi viver há quase quarenta anos, essa equidistância entre o velho e o novo ISCSP, para chegar às suas novas instalações!
Fiquei também a saber que há uma "lei Sócrates" relativa ao seguro automóvel, agora que, uma vez em Lisboa, aproveitava para me deslocar à sede da seguradora em questão e aí resolver um pequeno pormenor (não aceito que, para assumirem o risco de me segurarem "contra todos os riscos", me desvalorizem a viatura, com menos de dois anos a partir do novo), em quase 50% do seu valor - não admira que enriqueçam à custa do que nos andam a sacar!!!
Vi também, entre outras "vistas" que me trouxeram saudade, o local onde, à custa do programa de Veiga Simão (1970/ 71) para as actividades "circum escolares" do ensino secundário de então, pratiquei remo, com o Prof. Lopes Marques, na "Casa da Mocidade", edifício contíguo ao viaduto que sobrepassa a linha de combóio do Estoril, ali ao ladinho das "Docas" de Alcântara, onde, também noutros tempos, ali assistíamos à chegada e partida de transatlânticos de todas as proveniências, mesmo quando descíamos a "rampa" da marina para pôr o yolle de 8 na água (lembro-me do Vitor Pereira, do Raul Caldeira, do Baptista, entre outros do team). Agora, vejo um cais onde parece ninguém querer atracar, a não ser nas noites do "Budda" e nas "doquinhas", que já não têm o cheiro a "maresia que o Tejo traz e leva".
Agora, resta-me esperar pelas boas graças que as eventuais diligências poar aqui tomadas possam ter despertado, em regime de fobia crónica pelos poderes alternadamente instalados nos corredores da partidocracia, esperando a suprema intervenção das legítimas autoridades institucionais! Deus o queira, porque enfrento "Adamastores" que fazem com que, à semelhança do que enfrentaram os nossos antepassados pelos "mares nunca dantes navegados", seja difícil ser professor em meios sócio-urbanos ainda afastados da civilidade democrática, mal pecebendo que ser funcionário público não é ser empregadodos poderes locais instalados, mas servidor da República!!!