Sem retrogadismos nem saudosismos que não têm cabime nto em nenhuma sociedade civilizada, há princípios deontológicos que ainda não se reinventaram, o mesmo será dizer que, por mim, enquanto esta Casa me quiser como professor, estarei ao serviço da República que me paga, para fazer algo que é o dever de todos para com cada um de nós. Disso ninguém me tira, nem que "a voz me doa" de tanto gritar:
Observatório da nossa Polis à luz das memórias contínuas do pensamento filosófico português. Inspirado nos «Modernos Publicistas», segue o mesmo espírito crítico e de indignação:«De feito. Ardeu-me de todo o topete». Porque nunca calaremos no descampado onde reina a verdade que nos traz glória, repetiremos sempre a vontade de mestre Herculano: "é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las" ...!
terça-feira, junho 20, 2006
Fiat Lux (Do Observatório Social)
Ainda deste observatório social para a Educação, a ter que dar razão à Srª Ministra da tutela ...
Neste dia de Exame Nacional de Sociologia ...
Vai que não vai Portugal, sem uma bandeira que claramente me mostre os ícones que nos costumam fazer recordar os heróis do mar, ou agora os de terra, para nos contentarmos com os horizontes que tenhamos mais à vista ... aqui vai mais um começo de exames nacionais, dos quais eu tenho de coadjuvar um (duas horas dentro de uma "gaiola" é obra), em ambiente psicossocial de pouca simpatia ... sim, que isto de mexer em "classes" socialmente acomodadas não é missão para qualquer um (a)! Muito menos quando as expectativas do universo afecto ao espectro-partidário parece estarem a defraudar as que fundamentaram a expressão maioritária nas últimas urnas legislativas. É preciso muita coragem para fazer o que, objectivamente, é necessário para "curar" as maleitas de que padece esta nossa polis (já lhe chamei, aqui, pandemia social).
Por cá, apenas digo que, casos como o meu (que isoladamente não podem ser ponto de partida de qualquer conclusão a tirar) são reveladores da inversão e incoerência da actividade educativa: mexe nos acomodados (através de crítica que, julgo, construtiva), e sofre processos disciplinares por se considerar "persona non grata" ou, como alguém com altas responsabilidades me apelidou, "inconveniente". Avalia objectiva e imparcialmente, e sofre com os pretensos filhos famílias, da pseudo-casta aburguesadamente aristocrática, que no Ensino Público parece quererem constituir empresas particulares de capitais públicos, S. A. com irresponsabilidade ilimitada ... Exigente no trabalho que tem, minimamente, que ser elaborado, e sofre represálias tipicamente do boicote organizado, quiça com a conivência de algumas responsabilidades orgânicas ... (?). Repreender alunos com cábulas, para, mais tarde, ter de lhes sorrir, quando aqueles negam o respeito devido à instituição que todos subsidiamos para os educar? e ser punido disciplinarmente com multa por isso? Mas aonde é que isto já chegou, Srª Ministra?
Força com isso!!!
Estou consigo!!!
Há muitos como Eu!!!
Por isso não estará sozinha!!!
Desabafos de um Professor profundamente angustiado com este subsistema pouco socializante!!!