Um recado à Srª Ministra da Educação de Portugal:
Exª Srª Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues,
Muito haveria a dizer, da minha parte, a favor e não assim, em relação às suas medidas educativas em geral. Para que, logo à partida desta minha comunicação, se auto-convencesse da sua imparcialidade, isenção e de qualquer despretrensiosismo. Prefiro falar só de mim.
Professor. Da área disciplinar das ciências sociais (7º grupo), agora agregado no 430.
Exigente comigo mesmo, e assim com aqueles a quem pretendo dar alguma coisa, por vocação, primeiro, e por dever de contrapartida pelo que a sociedade me paga para tal, depois.
Já leccionei todas as disciplinas atribuídas a este grupo, de que V. Exª tenha memória. Por minha discricionaridade, nunca "chumbei" um aluno. Poucas vezes foram aquelas em que não consegui fazer o suficiente para evitar que alunos não tivessem o aproveitamento mínimo.
Já fui, durante longos anos, corrector de exames nacionais, de todas as disciplinas que, no meu grupo, a eles eram sujeitas. Nunca fui alvo de qualquer reparo. Das reapreciações que me solicitaram, diz-se o mesmo.
De formação académica teoricamente multifacetada (curso de ciências sociais e políticas do ISCSP - UTL: "Gestão e Administração Pública", na especialização de Administração Urbana e Municipal), frequentei o Curso Conducente ao Grau de Mestre em Ciência Política, pela mesma Escola, e actualmente tenho projecto de investigação para doutoramento em Ciência Política aprovado, oficialmente, na mesma Escola ("Cultura Democrática e Educação para a Cidadania em Portugal do Século XX - Contributos para a Reformulação Epistemológica da Democracia e da Deontologia da sua Prática Pedagógica"), e de cuja declaração autenticada já remeti fotocópia ao Conselho Executivo da Escola onde lecciono.
Por outro lado, há quem, nos meandros do poder interno desse estabelecimento, não goste de mim! Acho que com razão, respeitando o dever que reconheço nesses mesmos actores de zelarem por princípios de boa educação democrática, e de práticas pedagógicas com eles consentâneas.
Com um senão: como as suas próprias acções de boa educação democrática e de práticas pedagógicas a ela conducentes ficam, nesse âmbito, a competir com as minhas, por defeito, há muito tempo que, não sendo eu um dos que se perdem nos meandros daqueles "passos perdidos", por convicção e verticalidade de carácter, sou completamente ostracizado por esta autêntica "casta" docente (tantas e tantas há para contar ...!!!). Por isso lhes reconheço razão!
Há dois anos, quando pela primeira vez apareceu a Disciplina de C. Política no 12º ano do Ensino Secundário, fui no meu Grupo incumbido de a leccionar, preparando a dita ab initio, com as dificuldades mas, também, com as motivações inerentes a algo que, na minha actividade profissional, me era tão chegado. E os tais sabem-no.
Assim, neste ano lectivo que se aproxima, a C. Política volta a ter alunos nesta Escola. Mas, não vá tão 'profano e herético' professor (que, supostamente, devo ser eu) perverter os alunos em tão importante disciplina para a formação política de autênticos cidadãos que queremos formar, atribui-se, dentro do silêncio que o tempo que vai passando não desvela, a tal Disciplina ao grupo de História (sim, que a Nova Ciência Política deve ser uma matéria centrada na análise histórica das ideias políticas ou na história dos factos políticos ... (?)!, com todo o respeito e reconhecimento que os respectivos representantes merecem ).
O Supremo Juízo do Publicista manda que se investigue!
Queira V. Exª, Srª Ministra, dar um bom exemplo de governança democrátrica, seguindo este juízo ancião, mandando investigar isto e tudo o resto, mas todo quanto humana, juridica e tecnicamente possível, que este meu País, de que estamos todos à espera (à excepção dos tais que já vivem no Éden da vida e da Academia), bem precisa. Desde há muito (1970/71) que este que se lhe dirige lutou para isso. Ao lado de actuais conhecidos seus (e colegas do ISCTE).
PS: Assumo, juridicamente, todas as consequências disciplinares deste meu público acto.
O Professor,
José Rodrigo Coelho
Exª Srª Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues,
Muito haveria a dizer, da minha parte, a favor e não assim, em relação às suas medidas educativas em geral. Para que, logo à partida desta minha comunicação, se auto-convencesse da sua imparcialidade, isenção e de qualquer despretrensiosismo. Prefiro falar só de mim.
Professor. Da área disciplinar das ciências sociais (7º grupo), agora agregado no 430.
Exigente comigo mesmo, e assim com aqueles a quem pretendo dar alguma coisa, por vocação, primeiro, e por dever de contrapartida pelo que a sociedade me paga para tal, depois.
Já leccionei todas as disciplinas atribuídas a este grupo, de que V. Exª tenha memória. Por minha discricionaridade, nunca "chumbei" um aluno. Poucas vezes foram aquelas em que não consegui fazer o suficiente para evitar que alunos não tivessem o aproveitamento mínimo.
Já fui, durante longos anos, corrector de exames nacionais, de todas as disciplinas que, no meu grupo, a eles eram sujeitas. Nunca fui alvo de qualquer reparo. Das reapreciações que me solicitaram, diz-se o mesmo.
De formação académica teoricamente multifacetada (curso de ciências sociais e políticas do ISCSP - UTL: "Gestão e Administração Pública", na especialização de Administração Urbana e Municipal), frequentei o Curso Conducente ao Grau de Mestre em Ciência Política, pela mesma Escola, e actualmente tenho projecto de investigação para doutoramento em Ciência Política aprovado, oficialmente, na mesma Escola ("Cultura Democrática e Educação para a Cidadania em Portugal do Século XX - Contributos para a Reformulação Epistemológica da Democracia e da Deontologia da sua Prática Pedagógica"), e de cuja declaração autenticada já remeti fotocópia ao Conselho Executivo da Escola onde lecciono.
Por outro lado, há quem, nos meandros do poder interno desse estabelecimento, não goste de mim! Acho que com razão, respeitando o dever que reconheço nesses mesmos actores de zelarem por princípios de boa educação democrática, e de práticas pedagógicas com eles consentâneas.
Com um senão: como as suas próprias acções de boa educação democrática e de práticas pedagógicas a ela conducentes ficam, nesse âmbito, a competir com as minhas, por defeito, há muito tempo que, não sendo eu um dos que se perdem nos meandros daqueles "passos perdidos", por convicção e verticalidade de carácter, sou completamente ostracizado por esta autêntica "casta" docente (tantas e tantas há para contar ...!!!). Por isso lhes reconheço razão!
Há dois anos, quando pela primeira vez apareceu a Disciplina de C. Política no 12º ano do Ensino Secundário, fui no meu Grupo incumbido de a leccionar, preparando a dita ab initio, com as dificuldades mas, também, com as motivações inerentes a algo que, na minha actividade profissional, me era tão chegado. E os tais sabem-no.
Assim, neste ano lectivo que se aproxima, a C. Política volta a ter alunos nesta Escola. Mas, não vá tão 'profano e herético' professor (que, supostamente, devo ser eu) perverter os alunos em tão importante disciplina para a formação política de autênticos cidadãos que queremos formar, atribui-se, dentro do silêncio que o tempo que vai passando não desvela, a tal Disciplina ao grupo de História (sim, que a Nova Ciência Política deve ser uma matéria centrada na análise histórica das ideias políticas ou na história dos factos políticos ... (?)!, com todo o respeito e reconhecimento que os respectivos representantes merecem ).
O Supremo Juízo do Publicista manda que se investigue!
Queira V. Exª, Srª Ministra, dar um bom exemplo de governança democrátrica, seguindo este juízo ancião, mandando investigar isto e tudo o resto, mas todo quanto humana, juridica e tecnicamente possível, que este meu País, de que estamos todos à espera (à excepção dos tais que já vivem no Éden da vida e da Academia), bem precisa. Desde há muito (1970/71) que este que se lhe dirige lutou para isso. Ao lado de actuais conhecidos seus (e colegas do ISCTE).
PS: Assumo, juridicamente, todas as consequências disciplinares deste meu público acto.
O Professor,
José Rodrigo Coelho