Já há quem se regozige e festeje Portugal, como se de benção se tratasse, pelo facto de termos Cavaco Silva como Presidente da República. Nem agora, que foi eleito, eu vou dizer que ele era o meu candidato (como muitos seguramente o estão já a fazer, mesmo não tendo votado nele).
O que destas eleições mais ressaltou à vista comum foi a demonstração de falta de substância política do actual perfil constitucional do cargo de presidente da República, e que se perfigurou nos candidatos agora apresentados. O que levou, certamente, ao esvaziamento das respectivas proposituras.
Mas isso ainda não é, afinal, justificação para a bicandidatura partidária do Partido Socialista. Uma oficial, outra oficiosamente contrária à vontade do Partido e, por isso, sem o apoio e a disponibilidade da respectiva máquina. Resultando internamente vencedora. Levantando, portanto, divisões, crispando anteriores simpatias, tornando-as potenciais futuras adversidades. Com bombásticos atropelos afirmados pelos aparentemente competidores internos.
Só que esta é uma aparente e simplesmente linear análise das estratégias presidenciabilizadas. O débil mas astuto estratagema para derrotar a forte candidatura apresentada pelos partidos de direita e centro direita (admitamos que são isso mesmo), elaborada a partir do momento em que Manuel Alegre decide reaparecer candidato depois de nos ter feito ver a todos que, afinal, não valeria a pena estragar o projecto da máquina a que pertence, não surtiu efeito. Porquê? Porque, afinal, já ninguém dá cavaco a Soares, o único que poderia ir buscar substancialmente votos a Aníbal, a partir de um centrão que o reelegeu uma vez, há mais de um "século", num tempo que agora já não é seu. Pena é que não tenha percebido isso a tempo, pois já não tinha esbanjado mais uma enormidade de dinheiro (em boa parte também de todos nós) numa campanha, toda ela, pensada em somar votos nas urnas a favor de uma das candidaturas do PS, numa eventual 2ª volta.
Já não há chefe de Estado do Partido Socialista. Oxalá o exercício deste eleito se paute pela postura super superpartidária.
O que destas eleições mais ressaltou à vista comum foi a demonstração de falta de substância política do actual perfil constitucional do cargo de presidente da República, e que se perfigurou nos candidatos agora apresentados. O que levou, certamente, ao esvaziamento das respectivas proposituras.
Mas isso ainda não é, afinal, justificação para a bicandidatura partidária do Partido Socialista. Uma oficial, outra oficiosamente contrária à vontade do Partido e, por isso, sem o apoio e a disponibilidade da respectiva máquina. Resultando internamente vencedora. Levantando, portanto, divisões, crispando anteriores simpatias, tornando-as potenciais futuras adversidades. Com bombásticos atropelos afirmados pelos aparentemente competidores internos.
Só que esta é uma aparente e simplesmente linear análise das estratégias presidenciabilizadas. O débil mas astuto estratagema para derrotar a forte candidatura apresentada pelos partidos de direita e centro direita (admitamos que são isso mesmo), elaborada a partir do momento em que Manuel Alegre decide reaparecer candidato depois de nos ter feito ver a todos que, afinal, não valeria a pena estragar o projecto da máquina a que pertence, não surtiu efeito. Porquê? Porque, afinal, já ninguém dá cavaco a Soares, o único que poderia ir buscar substancialmente votos a Aníbal, a partir de um centrão que o reelegeu uma vez, há mais de um "século", num tempo que agora já não é seu. Pena é que não tenha percebido isso a tempo, pois já não tinha esbanjado mais uma enormidade de dinheiro (em boa parte também de todos nós) numa campanha, toda ela, pensada em somar votos nas urnas a favor de uma das candidaturas do PS, numa eventual 2ª volta.
Já não há chefe de Estado do Partido Socialista. Oxalá o exercício deste eleito se paute pela postura super superpartidária.
PS: o Estado somos nós! (?)!