"Tradição e Revolução - Uma biografia do Portugal político do século XIX ao XXI" - Talvez a melhor referência crono-histórica da vida social e política de Portugal, desde o advento do liberalismo até à formação do Governo de José Sócrates.
Estes meus artigos de análise crítica a obras politológicas ou de interesse sociológico, que pode ser despoletado pelo impacto que essas obras tenham ou venham a ter, previsivelmente, na sociedade em que vamos vivendo, começam agora, pela mão do Pedro Miguel Cunha, a ser editados no jornal alegadamente mais antigo desta urbe feudo-condalense que é Barcelos. Prometo, palavra de Coelho.
Pois, para começar, talvez nada melhor seja do que fazer a referência ao meu já muito referenciado mestre Professor Doutor José Adelino Maltez, por duas razões: primeiro, porque também ele, nestas andanças blogueiras, é estilo de palavra e voz de referência na crítica sócio-política, principalmente no seu “Sobre o Tempo Que Passa”, e no qual também fui buscar alguma inspiração; segundo, porque é dele a referência literária deste número do Politilendo, esta magnífica obra histórico-política que é TRADIÇÃO E REVOLUÇÃO.
Estes meus artigos de análise crítica a obras politológicas ou de interesse sociológico, que pode ser despoletado pelo impacto que essas obras tenham ou venham a ter, previsivelmente, na sociedade em que vamos vivendo, começam agora, pela mão do Pedro Miguel Cunha, a ser editados no jornal alegadamente mais antigo desta urbe feudo-condalense que é Barcelos. Prometo, palavra de Coelho.
Pois, para começar, talvez nada melhor seja do que fazer a referência ao meu já muito referenciado mestre Professor Doutor José Adelino Maltez, por duas razões: primeiro, porque também ele, nestas andanças blogueiras, é estilo de palavra e voz de referência na crítica sócio-política, principalmente no seu “Sobre o Tempo Que Passa”, e no qual também fui buscar alguma inspiração; segundo, porque é dele a referência literária deste número do Politilendo, esta magnífica obra histórico-política que é TRADIÇÃO E REVOLUÇÃO.
Apresentação
1. Sobre o autor dispenso qualquer apresentação, pois poderá ler-se, entre outras fontes possíveis, as notas biográficas das contra-capas das suas publicações. Nesta também.
Lisboa,
Tribuna da História
Colecção
«Filosofia e Ciências»
2005
vol. I
608 páginas
ISBN 972-28799-23-3
vol. II
759 páginas
ISBN 972-28799-29-2
2. Obra editada pela Tribuna da História, em dois volumes (vol I, de 1820-1910; vol II, de 1910-2005), pode ser sintetizada pela sinopse que dela faz o autor, quando escreve, na capa:
"Um império que já não há, uma língua que é futuro, dois regicídios, outros tantos magnicídios, três guerras civis, campanhas de ocupação e guerras coloniais em África, uma permanente guerra civil ideológica,três bandeiras, uma guerra mundial, seis constituições escritas, sete presidentes eleitos pelo povo, oito monarcas, a separação de nove Estados independentes e, muito domesticamente, quinze regimes, com duas monarquias e três repúblicas, sem que voltasse D. Sebastião, apesar dos heróis do mar e do nobre povo. Mais: oitenta eleições gerais, cento e vinte e tal governos, 13.233 dias de salazarquia, duzentas turbulências golpistas, cinco revoluções, outras tantas contra-revoluções, de restaurações a reviralhos, quatro centenas de partidos e facções, um todo, com mais de cinco mil factos políticos seleccionados. E sempre a frustrada modernização de um Portugal Velho que quis ser reino unido e armilar, entre antigos regimes e jovens democracias.
Graças à balança da Europa: desde El-rei Junot ao estado a que chegámos, que continua sem rei nem lei e até sem sinais de nevoeiro."(1)
Características da obra:
3. Conteúdo
"Obra enciclopédica, os 2 volumes apresentam cronologicamente a história política de Portugal de 1820 até 2005, abordando os sucessivos governos, os partidos, os principais dirigentes do país e as teorias políticas dominantes em cada época, referindo os acontecimentos fundamentais até ao dia 12 de Março de 2005, informando por isso também do resultado das eleições de 20 de Fevereiro e da formação do governo de José Sócrates." (2)
4. Arquitectura
Também esta obra tem uma estruturação dos diversos conteúdos sem enquadramento tipológico. Notam-se, contudo, em cada um dos dois volumes, duas partes distintas: uma em que se pretende transportar o leitor para um leque variadíssimo de títulos, ao jeito blogueiro dos títulos dos ‘posts’ de que o mestre também é autor, em cada um dos capítulos que antecedem a segunda parte, esta composta unicamente pelos anos (cada um indexado à respectiva página) correspondentes a cada um dos dois volumes. Assim, temos:
Vol. I
- PELA SANTA LIBERDADE! Ou a necessária indisciplina do bom senso pág. 11
- DOS FANTASMAS DE DIEITA AOS COMPLEXOS DE ESQUERDA - Entre bonzos, endireitas e canhotos pág.123
- 1820, pág. 164
até
- 1910, pág. 560
- TÁBUA DE REFERÊNCIAS, pág. 565
Vol. II
- Para uma caracterização do Portugal contemporâneo, pág. 9
- Erros sem tragédia na constituição a que chegámos, pág. 61
- O revolucionarismo permanecente, pág. 81
- A guerra civil fria, pág. 87
- Compadrismo e corrupção, pág. 93
- 1910. pág. 161
até
- 2005, pág. 765
- TÁBUAS, pág. 767
Vol. I
- PELA SANTA LIBERDADE! Ou a necessária indisciplina do bom senso pág. 11
- DOS FANTASMAS DE DIEITA AOS COMPLEXOS DE ESQUERDA - Entre bonzos, endireitas e canhotos pág.123
- 1820, pág. 164
até
- 1910, pág. 560
- TÁBUA DE REFERÊNCIAS, pág. 565
Vol. II
- Para uma caracterização do Portugal contemporâneo, pág. 9
- Erros sem tragédia na constituição a que chegámos, pág. 61
- O revolucionarismo permanecente, pág. 81
- A guerra civil fria, pág. 87
- Compadrismo e corrupção, pág. 93
- 1910. pág. 161
até
- 2005, pág. 765
- TÁBUAS, pág. 767
5. Impacto na sociedade
Pelo seu estilo algo sui generis, em que o autor dirige os conteúdos sempre pertinentes, para o momento histórico em si mesmo e, também, numa correlação sócio-histórica cujo diacronismo pretende fazer ver a actualidade de fenómenos que não têm tempo, o contributo desta obra ultrapassará os meios académicos na justa medida em que, para qualquer um de nós que quer viver a sua cidadania de forma mais esclarecida, por certo chegará a fazer proclamar o déficit civilizacional a que as nossas consciências já não aludem, sem escolha de estrato ou categoria social à qual vai conseguindo fazer-se chegar!
Nessa tentativa da procura da verdade cada vez ‘mais verdadeira’, que marca, indubitavelmente, o contributo lusíada para um humanismo universalista que a armilar confirmou, esta obra constituirá, por certo, mais um marco a perfilar no elenco dos pensadores portugueses que souberam, para lá das matrizes ideológicas e, ainda mais, das partidárias, traduzir os factos sócio-históricos numa linguagem rica em ensinamentos, como é timbre deste professor de Ciência Política, fazendo da pedagogia a arma que os demagogos não possuem. Para mais, a pluralidade dos horizontes gnoseológicos em que parecem construir-se as verdades procuradas revelam essa faceta da heterodoxia de muitos dos escritores que caracterizaram o pensamento filosófico português, para o qual contribuirá, certamente, esta obra!
Bem haja, Mestre, por este contributo!
Bem haja, Mestre, por este contributo!
(1) Sinopse da capa dos dois volumes.