domingo, abril 23, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

Terra é sempre, todos os dias! Não só naquele em que também nasceram figuras célebres, os portugueses descobriram o Brasil e os liberais acabaram com o mais cobarde sistema de repressão que a Humanidade conheceu!

22 DE ABRIL (Retirado do Portal da História)
1. Dia Mundial da Terra.
2. 1500 - Pedro Álvares Cabral descobre as Terras de Vera Cruz, que mais tarde passarão a ser designadas pelo nome de Brasil.
3. 1724 - Nasce o filósofo germânico Immanuel Kant, em Konigsberg, na Prússia.
4. 1732 - Nasce George Washington, em Bridge's Creek, Virgínia, EUA.
5. 1821 - É abolida a Inquisição em Portugal.
6. 1870 - Nasce Vladimir Ilich Ulianov (Lenine) em Simbirsk na Rússia.

Ainda vou a tempo de editar esta rubrica, mesmo já no adiantar do calendário. Assim:

(1) Não subscrevo a comemoração neste dia dedicada à
Terra, porque, necessariamente, é uma das dimensões da nossa existência que, por um lado, prescinde dessa efeméride para ser o que é, quer dizer, a Terra ou sistema Mundo; por outro lado, por ser a realidade que é, e na perspectiva de que o é sempre sob a influência da acção humana, então merece que lhe dediquemos todos os dias das nossas vidas, seja quanto ou como for.

(2) Merece algum destaque, pelo impacto que tiveram nas nossas vidas, seja de que formas for, figuras como
Immanuel Kant, George Washington e Lenine.

(3) Por que razões as
terras de Vera Cruz se tornaram tão importantes para Portugal? Para compreendermos as razões da altura, que o diga a lógica da leitura da História de Portugal, sob o prisma das relações diplomáticas que então se desenrolavam entre a coroa portuguesa, a espanhola e a papista “católica-romano-poucoapostólica”.

(4) Especial destaque a este dia pela abolição da Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, expressão que apenas deveria ter valido pelo ofício de que se ocuparam as maiores bestas humanas da Idade Média, salvo o devido respeito por aqueles que, nele, achavam o que de santo poderia dalí operar-se, concomitantemente com os que nele encontraram eco para eventuais juízos tribunícios. Mas cristão, lá isso é que não o foi, pois Cristo não sofreu às mãos dos seus carrascos o que, historicamente, conhecemos que muitos passaram nas garras daqueles inquisidores.

Por isso, bem haja o dia em que, neste Abril de tantas aberturas lusitanas, se dá a “extinção do Tribunal do Santo Ofício. O espírito tolerante e laico do liberalismo, que assimilou os valores do iluminismo, entendeu desde logo extinguir este órgão católico repressivo, ao mesmo tempo que pugna pela secularização da sociedade, da cultura e das instituições e por uma não interferência da Igreja nos poderes do Estado.”
[1]

[1] História de Portugal em Datas, Círculo de Leitores, pág. 202.