quinta-feira, março 06, 2008

E nesta manifestação ... presente! Desde 1972, que saudade de futuro!!!

E porque é que eu também estarei, se Deus quiser e a saúde mo permitir, nesta manifestação de Professores!?!

Faz por esta altura 37 anos, sim, desde o ano lectivo de 1971/72 que eu não participo numa manifestação (era, na altura, activista do MAEESL, juntamente, entre outros de que me lembro, com o António Costa Pinto, o Rui Gomes e do nosso espadinha, o João Carlos Espada, algumas vezes (memória fotográfica) ao lado do malogrado Ribeiro dos Santos ... quantas vezes aquela sua voz não rebentou com os tímpanos à polícia de choque de então), activamente, como interveniente (organizador ou não), protestando, de braços no ar, de peito em proa, a vontade de manifestar a minha indignação e revolta a sair-me pelos gritos que a boca troa para, bem lá longe e no fundo das consciências dos seus destinatários, os arrebatar e atingir ...! Que saudades desse futuro que nunca mais vem!

Nesse sentido posso, aqui neste espaço também reservado à publicitação dos mais variados sentimentos, também de revolta, deixar estas duas lufadas de ar revoltoso, que é como quem diz, mais duas achegas à compreensão (e, porque não, justificação) e contextualização deste muito pertinente movimento social de protesto: um, do meu aqui mui citado mestre JAM, de que destaco esta parte:

"(...)
Porque o bom cidadão deve respeitar todas as leis escritas da cidade, incluindo as leis más, para que os maus cidadãos não sejam estimulados para o desrespeito das leis boas. Embora seja melhor, pela cidadania, lutarmos por leis menos más, mesmo que se mude de política e de ministro, porque, segundo a história, mantendo-se o sofismo, os sofistas e os sofismos, aquele paradoxo, infelizmente, só pode ser resolvido com o sacrifício do dissidente e do homem revoltado, como devem ser os professores. Os tais que têm que submeter-se às injustas penas de morte que lhes sejam impostas pelos criados dos donos do poder, porque aprenderam a justificar tal atitude com a consideração que mais vale sofrer uma injustiça do que praticar uma injustiça. (...)";
(o destacado a vermelho é nosso)

e outra recebida do umbigo de um blogeiro já referenciado na Comunicação Social, de onde detaco:
"(...) Em vez de tentar ensinar as escolas a avaliar professores, o Ministério da Educação devia esforçar-se por aprender a avaliar as escolas. A esse respeito, o trabalho até agora feito é de nível profundamente medíocre.(...)"

Nem que seja, apenas, pelo orgulho de sermos, simplesmente, cidadãos de um pequeno país chamado PORTUGAL!!!