Quanto a esta 'Marcha da Indignação',
Algmas das imagens que consegui captar, bastante emocionado por já não conseguir conter, dentro do meu peito em revolta, este sentimento de indignação que, noutros tempos, deu força e voz a muitos dos apupos e gritos com que se fazia ouvir a contestação social preconizada pelos movimentos estudantis de então.
Mas já lhe perdi a prática, confesso, tal é a distância que separa a realidade hoje, infelizmente, vivida, e as aspirações que, muitas e por muitos de nós, já julgaríamos ter alcançado! Mas que merda nos haveria, agora, de acontecer!? Aturar as birrices e as politiquices destes filhos dos enriquecidos pela pseudo-revolução!!?!
Mas, mesmo novamente de baixa, ainda algo convalescente e à espera de melhoras, ainda contra os conselhos de mãe sempre preocupada, com os imprevistos do caótico trânsito que teria de atravessar por esta (hoje) enublada capital, ... mesmo assim fiz questão de cumprir o prometido e dizer: PRESENTE!
Eis o meu percurso, Ajuda-Terreiro do Paço e, depois da marcha, o inverso:
Mais não digo, por agora. Resta-me, sem comentários, chamar aqui a atenção para algumas das reivindicações e alguns dos slogans com os quais me identifico e, por isso, subscrevo. Com especial destaque para a clássica de Adriano, pela qual digo muito obrigado aos colegas que souberam encontrar nesta máxima o renascimento de um puro grito de indignação 1 (vieram-me as lágrimas aos olhos quando, entre os Restauradores e o Rossio, deparei com esta faixa), ao som da qual muitos enchemos de coragem os nossos adolescentes peitos revoltosos ...! Bem haja, colegas, que aí se encontrou alguma genuidade de sentimentos ...!
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(1) "Há sempre alguém que resiste, Há sempre alguém que diz não."