domingo, março 05, 2006

Hoje ... de Outrosa Tempos

Vale a Pena Recordar (5/3/06)

A título experimental, lanço uma primeira edição do que pode vir a ser esta rúbrica.


De entre as várias referências a esta data, merecem especial destaque as seguintes:
5 de Março
- de 1827. Alessandro Volta, cientista italiano inventor da pilha, descobridor do metano, morre. A unidade de medida da tensão eléctrica - o «volt» - foi assim nomeada devido aos seus estudos na tentativa de encontrar uma unidade de medida da electricidade de valor universal.
- de 1917. Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República, morre.
- de 1922. Estreia do filme de Friedrich Wilhelm Murnau Nosferatu.- de 1931. Gandhi aceita pôr fim à campanha de desobediência civil na Índia, dominada pela Grã-Bretanha.
- de 1933. O partido nazi ganha as eleições legislativas na Alemanha.
(Retirado do Portazl da História)
De entre todos estes eventos a que podem aceder todos quantos “naveguem” à procura de eventos históricos significativos, serão certamente de realçar o papel de Gandhi na independência da Índia, contrastante com a vitória eleitoral do partido nazi para as legislativas alemãs, através da qual Hitler acedeu, democraticamente, ao poder, mas que não viria a traduzir-se na forma como o exerceu.


E, mais uma vez, embora não se confirme que a História dá sempre as mesmas voltas, sem proclamarmos o seu fim, podemos comensurar as distâncias (equi ?) que separam o aludido episódio com as constantes fugas às promessas eleitorais de quem só se lembra da democracia para aceder ao poder, facilmente dela se esquecendo quando o exerce, que é dizer quase nunca em nome do povo.


Mas, talvez, a lição maior deste dia deverá atribuir-se ao apóstolo da não-vilência Mohandas Karamchand Gandhi, ao pôr fim à campanha de desobediência civil na Índia, onde e quando ainda não Blocos, de esquerda ou de direita, para impor novas doutrinas sobre o que já havia séculos se tinha aprendido, mas que Gandhi sublimou ao trazer para a política a religião fundadora dos valores com que lutou, dando assim o exemplo, por mais uma razão, de que o laicismo bloqueiro, troykista ou outro, axiologicamente xenófobo, não tem eco na História, será mais uma invençãos das de fazer inveja a Aldous Huxley, para a produção de comportamentos politicamente correctos, sinistramente alinhados.