sexta-feira, junho 30, 2006

Política da Idade da Pedra

Se a Ciência Política fosse, puramente, uma ciência teórica-abstracta … a democracia era, literalmente, uma utopia!

Hoje dei comigo mesmo a revisitar o sítio do Ministério da Educação para me actualizar sobre a evolução dos Programas que estão para ser homologados. Feitas as minhas contas, sem consulta prévia às informações que, eventualmente, o Conselho Executivo da minha Escola tenha para me dar, a disciplina opcional de Ciência Política, transversal a todos os cursos científico-humanísticos do Ensino Secundário (creio que com uma excepção, vá-se lá saber porquê) deveria começar este ano lectivo. A não ser que esteja enganado. Inadvertidamente enganado. Mas que estava a contar com esta Disciplina para, no meu grupo disciplinar, preencher o meu horário, lá isso estava! E, por isso, tenho estado atento à homologação dos Programas que o Ministério vai fazendo. E, assim, vi que na Proposta de Programa desta Disciplina ainda são preocupações da didáctica dos respectivos autores, entre outras, a dicotomia esquerda/ direita, e o respectivo enquadramento histórico-conceptual.

Mais à frente nas horas do dia dou comigo, mais uma vez, com a coluna do MA Pina, na “última do JN”, ainda referente ao caso Ruas. E vejo que, com este episódio factual a constar nos anais da ciência que tem por objecto nuclear de estudo os fenómenos sociais que se desenrolam na sociedade enquanto polis (nas suas relações de Poder entre governantes e governados), mais uma vez aquela dicotomia me parece um dos “complexos de Zenão”, pois não há como classificar, politologicamente, este mediatizado evento. Sei que, tipologicamente, é característico, nos dias que correm, dos países terceiro-mundistas, com esquivas tendências para tiranias mais ou menos encapotadas pelos interesses da dominação geo-estratégica dos pretensos donos da globalização … mas isso já é outra história. Por mim, não quero pensar que, quando chegarem os ditos manuais de Ciência Política para o Ensino Secundário, já tenha que pensar na sua reformulação, tendo que, empiricamente, demonstrar aos meus alunos que, afinal … a democracia não existe! Não sabemos se já alguma vez existiu! Ou se, mais uma vez, estamos perante uma Utopia!

Fico-me com mais uma tirada, destas últimas que tenho evocado!



"A Idade da Pedra
Os incitamentos de Fernando Ruas à populaça para que se organize em "grupos" e "corra à pedrada" os funcionários do Ministério do Ambiente (felizmente o Governo já assegurou "mobilidade" aos funcionários públicos) que tentem fazer cumprir as leis do país em Viseu recebeu o entusiástico apoio de Alberto João Jardim. A "força de expressão vernácula do social-democrata Fernando Ruas" terá - noticia o Portugal Diário - levado ao rubro o vernaculista da Madeira, que, de social-democrata para social-democrata, lhe ofereceu a sua inflamada solidariedade contra o "regime". E ainda, supõe-se, não só o seu próprio dicionário de impropérios, afrontas, injúrias, provocações, insultos e ameaças, mas também os calhaus madeirenses de que a social-democracia venha a precisar em Viseu (e que sobrarem depois de Jardim ter "corrido à pedrada" da Madeira a Oposição, o Tribunal de Contas, o ministro da República, a PJ, etc.). Fernando Ruas não está, pois, sozinho. Além de Jardim, esperam-se nos próximos dias outras "vernáculas" manifestações de apoio, agora dos "No Name Boys", dos "Super Dragões", da "Torcida Verde", do PRD e da Associação Cultural "Grunhos Unidos Jamais Serão Vencidos". O país (e as estações de serviço) que se cuidem."

As "Ruas" da Democracia

Se a Ciência Política fosse, puramente, uma ciência teórica-abstracta … a democracia era, literalmente, uma utopia!

Hoje dei comigo mesmo a revisitar o sítio do Ministério da Educação para me actualizar sobre a evolução dos Programas que estão para ser homologados. Feitas as minhas contas, sem consulta prévia às informações que, eventualmente, o Conselho Executivo da minha Escola tenha para me dar, a disciplina opcional de Ciência Política, transversal a todos os cursos científico-humanísticos do Ensino Secundário (creio que com uma excepção, vá-se lá saber porquê) deveria começar este ano lectivo. A não ser que esteja enganado. Inadvertidamente enganado. Mas que estava a contar com esta Disciplina para, no meu grupo disciplinar, preencher o meu horário, lá isso estava! E, por isso, tenho estado atento à homologação dos Programas que o Ministério vai fazendo. E, assim, vi que na Proposta de Programa desta Disciplina ainda são preocupações da didáctica dos respectivos autores, entre outras, a dicotomia esquerda/ direita, e o respectivo enquadramento histórico-conceptual.

Mais à frente nas horas do dia dou comigo, mais uma vez, com a coluna do MA Pina, na “última do JN”, ainda referente ao caso Ruas. E vejo que, com este episódio factual a constar nos anais da ciência que tem por objecto nuclear de estudo os fenómenos sociais que se desenrolam na sociedade enquanto polis (nas suas relações de Poder entre governantes e governados), mais uma vez aquela dicotomia me parece um dos “complexos de Zenão”, pois não há como classificar, politologicamente, este mediatizado evento. Sei que, tipologicamente, é característico, nos dias que correm, dos países terceiro-mundistas, com esquivas tendências para tiranias mais ou menos encapotadas pelos interesses da dominação geo-estratégica dos pretensos donos da globalização … mas isso já é outra história. Por mim, não quero pensar que, quando chegarem os ditos manuais de Ciência Política para o Ensino Secundário, já tenha que pensar na sua reformulação, tendo que, empiricamente, demonstrar aos meus alunos que, afinal … a democracia não existe! Não sabemos se já alguma vez existiu! Ou se, mais uma vez, estamos perante uma Utopia!

Fico-me com mais uma tirada, destas últimas que tenho evocado!



"A Idade da Pedra
Os incitamentos de Fernando Ruas à populaça para que se organize em "grupos" e "corra à pedrada" os funcionários do Ministério do Ambiente (felizmente o Governo já assegurou "mobilidade" aos funcionários públicos) que tentem fazer cumprir as leis do país em Viseu recebeu o entusiástico apoio de Alberto João Jardim. A "força de expressão vernácula do social-democrata Fernando Ruas" terá - noticia o Portugal Diário - levado ao rubro o vernaculista da Madeira, que, de social-democrata para social-democrata, lhe ofereceu a sua inflamada solidariedade contra o "regime". E ainda, supõe-se, não só o seu próprio dicionário de impropérios, afrontas, injúrias, provocações, insultos e ameaças, mas também os calhaus madeirenses de que a social-democracia venha a precisar em Viseu (e que sobrarem depois de Jardim ter "corrido à pedrada" da Madeira a Oposição, o Tribunal de Contas, o ministro da República, a PJ, etc.). Fernando Ruas não está, pois, sozinho. Além de Jardim, esperam-se nos próximos dias outras "vernáculas" manifestações de apoio, agora dos "No Name Boys", dos "Super Dragões", da "Torcida Verde", do PRD e da Associação Cultural "Grunhos Unidos Jamais Serão Vencidos". O país (e as estações de serviço) que se cuidem."