sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Notícias sobre a desinformação nas escolas portuguesas

Do que grassa pelos meandros pseudo-jacobinistas dos assentados no poder escolar português!

Já aqui o tenho afirmado algumas vezes que, nesta luta escalonada pelo poder das subestatais cadeirinhas de poderes semiocultos, andam pelas escolas portuguesas essas pseudo-kafkianas figuras todas democraticazinhas, carbonariamente intencionados q. b., a gerir informações e formações para-sindicalizantes de interesses muito particularizados da coisa pública, quer dizer, a levar muita água ao seu moínho, sempre sob a batuta democraturista radicalizante do que deve ser a gestão técnico-pedagógica e, mesmo, pseudo-científica das respectivas escolas. Arre que já estou, mesmo, a ficar farto.

Aqui vai mais esta:

"Aplicação do novo Estatuto do Aluno - Lei 3/2008

Face à desinformação que inopinadamente “caiu” nalgumas escolas, por obra e graça de conhecidos profissionais da desestabilização nos estabelecimentos de ensino, mais preocupados com a sua própria carreira profissional e manutenção de privilégios, do que garantir a qualidade do ensino, cumpre-nos informar as Associações de Pais que é uma grosseira falsidade que a aplicação do novo Estatuto do Aluno tenha sido suspensa até final do ano lectivo.
Assim, esclareça-se o seguinte: 1. O Art. 3.° da Lei 3/2008, “Norma de aplicação no tempo”, consagra que “as alterações à Lei N.° 30/2002, de 20 de Dezembro operadas pela presente lei aplicam-se apenas às situações ocorridas após a sua entrada em vigor”, ou seja, no 5.° dia após a sua publicação, a 23 de Janeiro;
2. Contudo, a sua aplicação determina que os regulamentos internos de cada escola sejam adaptados ao que naquele diploma legal se estatui, por força do Art. 2.º, “Norma transitória”: “Os regulamentos internos das escolas em vigor à data do início da vigência das alterações ao Estatuto do Aluno, operadas pela presente lei, devem ser adaptados ao que nela se estatui, nos termos estabelecidos no artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 115-A/98, de 4 de Maio, até ao final do ano lectivo em curso”.
3. Mais se esclarece que, quanto à aplicação do disposto no Art. 22.° da Lei 3/2008, resulta do disposto no n.° 3 do Art. 24.° e dos números 2, 6 e 7 do Art. 26.° que, na aplicação de medida correctiva, há que considerar o que nessa matéria se encontra consagrado no regulamento interno. Ou seja, a aplicação do disposto no Art. 22.° da Lei no 3/2008 só se poderá efectivar após a adaptação dos regulamentos internos das escolas ao que nela se dispõe.
4. Concluindo,
a) Enquanto a adaptação não ocorrer em sede de regulamento interno, aplica-se o constante da Lei N.° 30/2002, de 20 de Dezembro;
b) Os regulamentos internos de cada escola devem ser adaptados ao previsto na Lei n° 3/2008, de 18 de Janeiro, impreterivelmente, até ao final do ano lectivo de 2007/2008.
A CONFAP exorta as Associações de Pais, através dos seus representantes em Conselho Pedagógico, a participarem de forma activa na elaboração das respectivas adaptações dos regulamentos internos, por forma a contribuírem para uma correcta aplicabilidade das normas.
O CE da CONFAP
22 de Fevereiro de 2008"

Da profilaxia educativa. Presente?!!!

Mais uma reguada do Sr. Pina

Vejo que este por mim muito citado Sr. Pina está atento às ocorrências mais ... caricatas, digamos assim, que acompanhamos no dia-a-dia das nossas preocupações públicas, com ou sem consciência de prestação de um direito/ dever cívico ...!
Vejo, agora, que muito gostaria de estar no lugar deste colunista, para poder desabafar deste claustrofóbico labirinto de interesses que é o das direcções escolars, nestes meandros ministeriais em que se enreda a administração da dita EDUCAÇÃO!
Não, não estou a delirar: quatro processos disciplinares, dos quais resultaram três com penas de multa - uma com perda de vencimento mensal e duas de quatrocentos euros -, para além das ameaças de outros tantos processos kafkianamente urdidos pela camarilha do ditirambo, que subrepticiamente prolongam a gestão de tão discreto e aparente sistema democrático escolar à custa do silêncio dos inocentes ... ! E porquê? Porque sou um "tipo inconveniente"! Porque não deixo copiar ...! Porque ... NÃO DEIXO! Porque NÃO! Porque sou PROFESSOR!!!
Por isso (e muito, muito mais, que aqui e agora não importa referir), invejo esta posição do Sr. Pina, com as suas opinadelas que corroboro e, assim (penso que ele não se importará), faço também minhas.
Força, amigo! Dá-lhe sempre, com o meu total apoio, admiração e aplauso!
É para isso que serve o jornalismo, em particular o jornalismo de opinião, talvez a mais genuína forma de liberdade de expressão mediática!
Tenho dito!
"O Ministério desmente
Por outras, palavras,
Manuel, António, Pina
Desmente o Ministério da Educação hoje no JN que a equipa de Maria de Lurdes Rodrigues tenha, como aqui se disse, qualificado os professores que criticam as suas politicas de "professorzecos". Acontece, porém, que isso foi notícia na comunicação social, designadamente no "Público" de 25 de Janeiro, e que o Ministério não o desmentiu.
A notícia do "Público", assinada pela jornalista Leonete Botelho, revela que, durante uma reunião com deputados socialistas que "não terá corrido bem e acabou com acusações mútuas", "a equipa do Ministério da Educação considerou que os deputados estavam a dar voz a 'professorzecos'".
Por causa do elegante epíteto (citado noutros jornais e que teve enorme sucesso na Net), a Fenprof reclamou então um pedido de desculpas à ministra. Em quem acreditar, no Ministério, insuspeito de desamor pelos professores, ou numa notícia amplamente divulgada e nunca desmentida? "Exige" afogueadamente o Ministério (muito se declina o verbo "exigir" por aquelas educativas bandas) que eu prove não sei quê.
Alguém informou mal o Ministério não sou (felizmente) funcionário do Ministério nem professor ou "professorzeco" a quem o Ministério faça exigências e dê reguadas ou ponha virado para a parede se se porta mal. Mas foi uma boa tentativa."

A Deus o que é de Deus, ...!

E porque ando zangado com todo este sistema que ultrapassa quaiquer apontamentos e/ou críticas feitas às conjunturas partidário-governativas, vem mais esta farpa do Sr. Pina, que gostei, não tanto pelo estilo que lhe observo e, frequentemente, admiro, mas pela profundidade com que atinge horizontes que ninguém gosta de referenciar. E muitos poderiam fazê-lo, não se acobardassem nas prebendas, mordomias ou, tão pouco, no comodismo balofo da retribuição a que não correspondem, no seu dia-a-dia. Aqui vai, assim, mais uma das minhas "inconvenientes" piscadelas:

"Finalmenteum sorriso
Por outras, palavras, Manuel, António, Pina

A grande "cacha" jornalística da semana veio na página 14 do "Expresso" e ninguém deu por ela. É a ministra da Educação a sorrir, o que sugere que, ao contrário das piores expectativas, ela é humana. E que talvez até a sua severa postura de mestre-escola face aos "professorzecos" (a elegante expressão é de um dos seus secretários de Estado) que dão erros nos ditados do Ministério seja humana, demasiadamente humana (coisa do vago parassimpático ou do hipocampo). De qualquer modo, a descoberta de que a ministra sorri abre perspectivas inesperadas de análise, sobretudo tendo em conta a notória falta de sentido de humor dos sindicatos, às políticas por assim dizer educativas do Ministério. Diz o Talmude que não se deve interromper a instrução das crianças nem para reconstruir o Templo. Que Maria de Lurdes Rodrigues ande há três anos a reconstruir, pedra a pedra, o Templo (Estatuto da Carreira Docente, avaliação dos professores, gestão escolar) esquecendo o ensino, e principalmente a instrução, há-de decerto ter que ver com "humor objectivo" ou algo do género. Provavelmente, como na famosa carta de Nietzsche de 6 de Janeiro de 1889, a ministra preferiria ser professora e não Deus, mas não pôde levar o seu egoísmo ao ponto de abandonar a criação do Mundo."