quinta-feira, outubro 30, 2008

Revisões da história e das ideias, durante mais uma "baixa" médica

Sobre as "Contemplações", contemplando ... "e ai de quem não saiba levantar, frente à poesia que destrói, a poesia que promete! (…)"!

Estando eu a tentar traduzir Crane Brinton ("Anatomy of Revolution"), dou comigo a procurar na net o significado da expressão latina sine ira et studio, quando entro num sítio que me deixou bastante surpreendido com mais umas lições de história das ideias e das ideologias, de epistemologia, etc..

E logo me lembrou mais uma das minhas "Contemplações", que escrevi a pensar neste portugalório nortenho onde aquilo que hoje, em qualquer lado, é, quando por aqui passar, já foi, não é ...!!!

"A pretensa 'globalização' comprou a dignidade, o brio e toda a amplitude típicas do português, ao ponto das suas particularidades sócio-humanas regionais, em especial as mais originais, estalarem como o verniz com que tentaram manter as aparências do costume" (...)!

Parece que a vida aqui nos passa em diferido, tal é a apatia com que esta sociedade de corte se venera perante os senhores do dinheiro ...!

Pois é: sobre o capitalismo liberal, ou o liberalismo capitalista, ou o agora tão apregoado neo-liberalismo, todos deveríamos (sine ira et studio) atender à justeza e objectividade assertivas deste artigo (cujas conotações, partidárias ou outras nele expressas, me são completamente alheias):

Excertos do discurso de fundação da Falange Espanhola, pronunciado por José António Primo de Rivera no Teatro de la Comedia de Madrid, em 29 de Outubro de 1933. Por ocasião das evocações do nascimento de José António, a 24 de Abril de 1903.

(…) Veio depois a perda da unidade espiritual dos povos, porque como o sistema funcionava sobre o logro das maiorias, todo aquele que aspirava a ganhar o sistema tinha que procurar a maioria dos sufrágios. E tinha que procurá-la roubando-a, se preciso, aos outros partidos, e para isso não tinha que hesitar em caluniá-los, em verter sobre eles as piores injúrias, em faltar deliberadamente à verdade, em não desperdiçar um só recurso de mentira e de aviltamento. E assim, sendo a fraternidade um dos postulados que o Estado liberal nos mostrava no seu frontispício, não houve nunca situação de vida colectiva na qual os homens, injuriados, inimigos uns dos outros, se sentiram menos irmãos do que na vida turbulenta e desagradável do Estado liberal.
E, por último, o Estado liberal veio a apresentar-nos a escravidão económica, porque aos trabalhadores, com trágico sarcasmo, dizia-se-lhes: «sois livres de trabalhar o que quereis, ninguém pode compelir-vos a aceitar umas ou outras condições; agora: como nós somos os ricos, oferecemo-vos as condições que entendemos; vós, cidadãos livres, se não quereis não estais obrigados a aceitá-las; mas vós, cidadãos pobres, se não aceitais as condições que nós vos impomos, morrereis de fome, rodeados da máxima dignidade liberal». E assim veríeis como nos países onde se chegou a ter parlamentos mais brilhantes e instituições democráticas mais finas, não tínheis mais que afastar-vos uns cem metros dos bairros luxuosos para deparar com tugúrios infectos onde viviam amontoados os trabalhadores e as suas famílias, num limite de decoro quase infra-humano. E encontraríeis trabalhadores dos campos que de sol a sol se dobravam sobre a terra, de costas abrasadas, e que ganhavam em todo o ano, graças ao livre jogo da economia liberal, setenta ou oitenta jornas de três pesetas.
Por isso teve que nascer, e foi justo o seu nascimento (nós não escondemos nenhuma verdade), o socialismo. Os trabalhadores tiveram que defender-se contra aquele sistema, que só lhes dava promessas de direitos, mas não se preocupava em dar-lhes uma vida justa.
Agora, o socialismo, que foi uma reacção legítima contra aquela escravatura liberal, veio a descarrilar, primeiro numa interpretação materialista da vida e da História, segundo num sentido de represália; terceiro na proclamação do dogma da luta de classes.
O socialismo, sobretudo o socialismo que construíram, impassíveis na frieza dos seus gabinetes, os apóstolos socialistas, em quem acreditavam os pobres trabalhadores, (…) o socialismo assim entendido, não vê na História senão um jogo de recursos económicos: o espiritual suprime-se, a religião é um ópio do povo, a pátria é um mito para explorar os desgraçados. Tudo isso diz o socialismo. Não há nada mais que produção, que organização económica. Assim resulta que os trabalhadores têm que espremer bem as suas almas para que não sobre dentro delas a menor gota de espiritualidade.
O socialismo não aspira a restabelecer uma justiça social rompida pelo mau funcionamento dos Estados liberais, mas aspira à represália, aspira a chegar na injustiça tão longe quanto chegaram em sentido contrário os sistemas liberais.
Por último, o socialismo proclama o dogma monstruoso da luta de classes, proclama o dogma de que as lutas entre as classes são indispensáveis, e produzem-se naturalmente na vida, porque não pode haver nunca nada que as aplaque. E o socialismo, que veio a ser uma crítica justa do liberalismo económico, trouxe-nos, por outro caminho, o mesmo que o liberalismo económico: a desagregação, o ódio, a separação, o esquecimento de todo o vínculo de irmandade e solidariedade entre os homens.(…)
O movimento de hoje, que não é de partido, mas é um movimento, quase poderíamos dizer um anti-partido, saiba-se desde já, não é de direitas ou de esquerdas. Porque, no fundo, a direita é a aspiração a manter uma organização económica, ainda que seja injusta, e a esquerda é, no fundo, o desejo de subverter uma organização económica, ainda que ao subvertê-la se destruam muitas coisas boas. Logo, isto decora-se nuns e noutros com uma série de considerações espirituais. Saibam todos os que nos escutam de boa-fé que estas considerações espirituais cabem todas no nosso movimento, mas que o nosso movimento jamais amarrará o seu destino ao interesse de um grupo ou ao interesse de classe que habita sob a divisão superficial de direitas e esquerdas.
A Pátria é uma unidade total, em que se integram todos os indivíduos e todas as classes; a Pátria não pode estar nas mãos da classe mais forte nem do partido melhor organizado. A Pátria é uma síntese transcendente, uma síntese indivisível, com fins próprios que cumprir; e nós o que queremos é que o movimento deste dia, e o Estado que crie, seja o instrumento eficaz, autoritário, ao serviço de uma unidade indiscutível, dessa unidade permanente, dessa unidade irrevogável que se chama Pátria.
E com isso já temos todo o motor dos nossos actos futuros e da nossa conduta presente, porque seríamos apenas mais um partido se viéssemos anunciar um programa de soluções concretas. Tais programas têm a vantagem de que nunca se cumprem. Em troca, quando se tem um sentido permanente perante a História e perante a vida, esse mesmo sentido dá-nos as soluções perante o concreto, como o amor nos diz em que caso devemos discutir e em que caso nos devemos abraçar, sem que o verdadeiro amor tenha feito um mínimo programa de abraços e discussões.
Eis aqui o que exige o nosso sentido total da Pátria e do Estado que a há-de servir.
Que todos os povos de Espanha, por diversos que sejam, se sintam harmonizados numa irrevogável unidade de destino.
Que desapareçam os partidos políticos. Nunca ninguém nasceu membro de um partido político; em troca, todos nascemos membros de uma família, somos todos vizinhos num Município, esforçamo-nos todos no exercício de um trabalho. Pois se essas são as nossas unidades naturais, se a família e o Município e a corporação é no que verdadeiramente vivemos, para que necessitamos do instrumento intermédio e pernicioso dos partidos políticos que, para unir-nos em grupos artificiais, começam por desunir-nos nas nossa realidades autênticas?
Queremos menos palavreado liberal e mais respeito pela liberdade profunda do homem. Porque só se respeita a liberdade do homem quando se o considera, como nós o consideramos, portador de valores eternos, quando se o considera invólucro corporal de uma alma que é capaz de condenar-se ou de salvar-se. Só quando se considera o homem assim se pode dizer que se respeita verdadeiramente a sua liberdade, e mais se essa liberdade se conjuga, como nós pretendemos, num sistema de autoridade, de hierarquia e de ordem.
Queremos que todos se sintam membros de uma comunidade séria e completa, isto é, as funções a realizar são muitas, uns com o trabalho manual; outros com o trabalho do espírito; alguns com um magistério de costumes e refinamentos. Mas que numa comunidade tal como a que queremos, saiba-se desde já, não deve haver convidados nem deve haver zangões.
Queremos que não se cantem direitos individuais dos que nunca podem cumprir-se em casa dos famintos, mas que se dê a todo o homem, a todo o membro da comunidade política, pelo facto de sê-lo, a maneira de ganhar com o seu trabalho uma vida humana, justa e digna.
Queremos que o espírito religioso, chave dos melhores arcos da nossa História, seja respeitado e amparado como merece, sem que por isso o Estado se imiscua em funções que não lhe são próprias nem compartilhe como fazia, talvez por outros interesses que os da verdadeira religião, funções que lhe compete realizar por si mesmo. (…)
Mas o nosso movimento não seria de todo entendido se se cresse que é tão-somente uma maneira de pensar; não é uma maneira de pensar: é uma maneira de ser. Não devemos propor só a construção, a arquitectura política. Temos que adoptar, perante a vida inteira, em cada um dos nossos actos, uma atitude humana, profunda e completa. Esta atitude é o espírito de serviço e sacrifício, o sentido ascético e militar da vida. (…)
Creio que está alçada a bandeira. Agora vamos defendê-la alegremente, poeticamente. Porque há alguns que, frente à marcha da revolução, acreditam que para reunir vontades convém oferecer as soluções mais tíbias; crêem que se deve ocultar na propaganda tudo o que possa despertar uma emoção ou assinalar uma atitude enérgica e extrema. Que equívoco! Os povos nunca foram movidos por mais que os poetas, e ai de quem não saiba levantar, frente à poesia que destrói, a poesia que promete! (…)"

sexta-feira, outubro 24, 2008

Uma prece por minha MÃE!

Também uma prova de amor pela blogosfera!

Não é apenas amor! É paixão!

Não consigo dizer por outras palavras o que neste momento me vai na alma e o que me atingiu no coração, depois de familiares me comunicarem o estado de saúde de minha mui querida MÃE! Depois de tantas das minhas próprias recentes maleitas, eis mais esta! Se não é Deus que me submete a tamanha prova, então eu não sei mais o que é minha razão!

Depois de muitas das imagens imemoriais que a vida me permitiu ao lado deste meu ser mais querido, esta é a que, nos últimos meses, ressaltou do amparo que ELA uma vez mais me deu, quando precisei ...! Ela merece! A melhor MÃE do Mundo merece essa oração divina, que Deus me ouça e a quantos se juntarem a mim neste momento de tão aflita comoção!
Aos meus amigos, aos meus leitores e a quantos me leiam o coração, aos deuses do Mar, à eterna e Divina Criação, rogo, com uma profunda oração, pela saúde de uma QUERIDA MÃE!
Para todos um abraço com sincera gratidão.
José Rodrigo Coelho

Só com a liberdade posso ser!

Ou da liberdade interior
Vejo que mestre JAM vai ter muitos alunos apaixonados, tal é a convicção, acredito, com que tentará ensinar "as coisas boas" aos seus alunos desse jovem e mui querido país que é Timor Lorosae! Bem haja!
Da minha parte, para além da disponibiildade que já lhe manifestei, não só em poder enviar o que me for possível, mas em ajudar de que forma for (ai se Deus me desse essa oportunidade ...), apenas me apraz, aqui e desta forma pública, enviar um grande abraço a todos esses amigos (não esquecerei, nunca, esse colega que tive na Casa Pia de Lisboa chamado Vicente Guterres, e as conversas sobre a esperança, a fé, as melhores soluções possíveis de libertar o seu povo, ...). E que a liberdade ganhe raízes de futuro, para quem a semear poder dizer e viver, amanhã, o que outrora não foi possível, se bem que já apreciado: esse eterno amor de terra-mãe, à qual todos pertencemos, aquele que nos dá força de ser e de viver, aquele pelo qual, por isso, não nos importamos de morrer, porque nele sempre estaremos!
Por tudo isso, nunca esqueçamos que, desse modo, todo o nosso ânimo vem dessa natural vivência das coisas que são por dentro. e, para as alcançarmos, temos que ser (por dentro) como elas: liberdade confunde-se, por isso, com a natural expressão e manifestação extrínseca das coisas que o são.Tudo o resto é fantasia!
Deleitem-se, amigos, com uma das expressões musicais mais apaixonantes (e divinas?) da história da música, de um dos autores que, também, muito contribuiu para o puro sentimento de liberdade (=amor natural e eterno)!


Com toda a amizade
Prof. José Rodrigo Coelho

quinta-feira, outubro 23, 2008

Um destes dias todos seremos "fugitivos"!

Revejo, no HW Canal, "O Fugitivo", na versão de 1993, ano em que ingressei no quadro de uma Escola pública portuguesa, para ... "mal dos meus pecados". Não sei já o que ali disse e/ ou fiz, a quem. O certo é que desde que me referi a uma revista em que citei um já ido escritor português nosso contemporâneo, onde se identificava a orientação sexual de uma altíssima figura do Estado (entre outras figuras públicas da nossa praça), eu nunca mais tive sossêgo, quer dizer, nunca mais me livrei de todas as investidas deste processo de linchamento profissional e pessoal (com certeza que, por decorrência, também familiar). Ao ponto de, mesmo juridicamente, os advogados não terem meios de prova para avançarem com a respectiva queixa-crime, apenas ficando nos registos de alguma instância supervisora da nossa Justiça todos os relatos referentes, um a um, com ou sem erros por parte da Administração que os processa. A todos os níveis, desde o local ao nacional (...)!!!
Por isso, deixo aqui um apelo, também, a todos os pais e/ ou Enc. Educ. (representantes dos alunos), para que, como primeira e acima de todas as preocupações com a vida escolar dos vossos filhos, vigiem a forma como são manipulados nas respectivas Escolas para, a troco de alguns favores avaliativos, se deixarem comprar por detentores de poderes de decisão que, sem o assentimento dos vossos filhos, vêm os seus lugares, posições e privilégios em risco! Com o acompanhamento contínuo destes processos, vocês contribuirão para que a educação deles seja, efectivamente, a de uma escola pública que serve aquilo a que se destina, na sua natureza e génese: a formação de cidadãos conscientes formados no respeito e, assim, responsáveis!
É por tudo isto e contra toda esta canalhocracia que ando a lutar sozinho! E a sofrer as respectivas consequências! Mas, receio, um destes dias todos seremos "fugitivos"!




PS: qualquer semelhança (ou analogia) entre os excertos deste filme aqui reproduzidos e a realidade com que se comparam não é mera coincidência, nem fruto do acaso! Tão somente são elucidativos de um tipo de situações de injustiça extrema, difíceis de combater e resolver a favor de quem está, verdadeiramente, inocente!

segunda-feira, outubro 13, 2008

Escola ?!... Que saudades!

Por que devemos ter medo da "escola a que chegamos"!

Mais uma vez me manifesto com
a deixa das afirmações de mestre JAM! Não sem relevância actual, num dia em que assinalo ter observado, na sala de professores onde trabalho, um abaixo assinado contra os processos avalianígenas que a tecnocracia avalióloga (leia-se e pasme-se com os termos em que estão definidas, normativamente, as equipas de avaliação) vai tecendo para dominar "esta pastelada de massa tenra, muito maleável que, estando em condições precárias, é passível de ser domesticada pela tecnocracia dos reformismos de fachada, à espera de aval decretino".

E o que me lembrou, hoje, esta deixa, foi o que li há já um mês atrás, na 'Notícias Magazine' do JN de 14 de Setembro, numa entrevista à Professora Maria do Carmo Vieira, uma pessoa que, pelos ditos e vistos, muito me orgulho de chamar colega. Donde destaco:



- Ensino

"... Todos nós nos lembramos dos professores que nos marcaram, que se tornaram exemplo. Daí a imprescindibilidade de um professor amar o que ensina ...";

- "... Banido o verbo ensinar, os alunos só têm actualmente de adquirir aprendizagens e competências, tendo em vista o mercado de trabalho. (...) Como estratégia para obter um êxito rápido e cumprir metas estatísticas. Com efeito, as novas teorias pedagógicas (uma ofensa à nobreza da pedagogia) viciam os alunos no facilitismo, cultivando a preguiça e a ignorância ...";

- "Não compreendo como é que os professores de Português aceitam critérios de correcção em que os erros ortográficos não são penalizados.";

- Treinar a não pensar

"É triste, mas creio que neste momento a escola perdeu a sua função milenar de preparar para a vida, e por isso os alunos quando dela saírem encontrarão um mundo totalmente diferente daquele que lhes foi mostrado por um ensino que se centra apenas nos seus interesses imediatos, fomentando o narcisismo e o egoísmo. Sabemos, por experiência, que os interesses dos alunos estão em geral muito afastados da cultura.";

- "... chamaram-me elitista quando dei a conhecer, de forma crítica, a presença do Big Brother e das telenovelas nos manuais .... Elitistas são as pessoas que estão por detrás destes programas e das suas metodologias. Com efeito, se não for a escola a preencher o vazio cultural que resulta de uma situação familiar fragilizada, quem o fará? (...) A esta desigualdade de oportunidades, que a escola promove, chama-se cavar o fosso entre ricos e pobres, para mais tarde, como diria Vieira no seu Sermão de Santo António aos Peixes, os maiores comerem os mais pequenos. Expressiva é também a frase de Schumann: «Aqueles que são ignorantes são fáceis de conduzir.» Na verdade, quem não pensa acaba por baixar os olhos, caminhar em grupo, seguindo os passos de quem o conduz, esquecendo-se de si próprio. Mas isto é um crime, fazer com que os alunos se esqueçam de si próprios, se anulem enquanto seres humanos, ...";

- "... Finalmente, com a implementação desta nova reforma em 2003, oficializou-se a mediocridade na escola, numa atitude de arrogância nunca experimentada, que anunciava o acto de pensar e de reragir, e mesmo de desobedecer, como algo intolerável. ...";
- Professores resignados e com medo

"A resignação é também uma atitude que impera. (...) A par da resignação, existe o medo, agora agravado com a avaliação, nos moldes em que foi imposta (apesar das alterações), infelizmwente com a anuência dos sindicatos. (...) Os professores obedecem porque têm medo. Houve colegas que não assinaram as petições que elaborei em defesa do ensino e da sua dignidade, confessando-me terem medo das consequências. Outra situação é a que se prende com o exercício do poder, nomeadamente através do cargo de «professor titular», que só pode ter sido criado para dividir os professores. Poderia ter concorrido a professora titular, e certamente que obteria a pomposa designação, porém não aceitei fazê-lo. ... Optei pela minha consciência, ... ainda que tenham tentado assustar com possíveis consequências. ... Como é possível avaliar o desempenho de um professor com base em critérios pouco objectivos e discricionários? ...";

- Estamos a destruir o futuro dos alunos

"... o ME quer facilitar, porque conforme afirmou, muito convicto, o coordenador do GAVE [...], «os alunos têm direito ao êxito», ignorando que o êxito se conquista, não se oferece. ... Actualmente exigência é comparada a traumatismo, e à partida os alunos são considerados uns incapazes. O que se pode esperar quando se raciocina assim? (...) Ser avaliados por colegas, e ainda por cima da mesma escola, é inaceitável, mas há sempre quem aceite representar estes papéis. ..."

No final do artigo há uma remissão para a página na internet que esta Professora tem: "Pela Dignificação do Ensino". PARABÉNS!!!

Por mim, sinto uma bofetada na minha dignidade profissional e um atentado à instituição escolar o facto de me atribuírem a leccionação de matérias que eu nunca estudei. E de me retirarem disciplinas que, no mesmo estabelecimento de ensino, eu próprio já há muito comecei a preparar, já leccionei, e sobre as quais tenho projecto de doutoramente universitariamente aprovado. Com conhecimento documental formal (em fotocópia) do respectivo Orgão de Gestão. Com formalização de candidatura na FCT! Há ou não discricionaridade, medo, compadrios, prebendas, represálias ...? Como se pode realizar uma avaliação docente nestas circunstâncias orgânico-institucionais?

Arre!!! Não há pachorra!!!

PS: volto a assumir todas as consequências legais deste meu tão digno acto de civismo e de liberdade de expressão!

(O vermelho é da autoria deste blogue).

terça-feira, outubro 07, 2008

Homens sem idade, sem tempo, neste ... "tempo que passa"!

Quo vadis, magister?

Para onde fores, também gostaria de ir, nessa tal "procura do mais além", que nos possa trazer fortuna, dessa bem aventurança que, mesmo que não faça dos homens ricos, traz a maior riqueza de todas, que será sempre a da alma.

Por tudo isso te deixo essa força contida em minha vontade e desejo, esse sincero desejar ao próximo o que gostaríamos que nos desejassem a nós, em circunstâncias semelhantes. Para onde vais, creio, nada disso é estranho.

Que faças ESCOLA onde, quando e como for merecido, obedecendo sempre a essa Vontade que é a grande Julgadora. Deixa isso bem escrito, de tal forma que perdure a crua e dura simplicidade cristalina da água pura, tão natural como Deus a fez, por onde possa transparecer, a cada passo dado pelos que a procuram, a Verdade que os ilumine. Não espero menos de ti, mestre.

Que nesse Oriente, tão longe e tão próximo, possas deixar semente de futuro, daquele que sempre se espera trazer para melhor. Outro não pode ser o sentido do devir, com o qual podemos dizer desenvolvimento. Nesse eterno sonho de "mais além"!

Deixo, por isso, esse grande momento de exortação à portugalidade, por que não à humanidade, legado pelo grande pedagogo (que também referencio na obra que tenho em empreendimento, por ti orientada) António Gedeão. Talvez ao som dessa melodia, com o encanto desse cântico, a sementeira decorra sem maiores sobressaltos, e a obra chegue a bom fim. "Porque Deus quis, porque o homem sonha, porque a obra pode nascer."



Quando fores, leva então este abraço amigo, e partilha-o, se tiveres oportunidade para isso, com todo esse Povo irmão e, em especial pela saudade que há muito trago em mim, com o meu ex-colega docente na Casa Pia e bom conviva Vicente Guterres.