quarta-feira, junho 07, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

Maomé, Portugal e ... o resto do Mundo!
7 de Junho

- de 632. Morte do profeta Mahomet, em Medina.

por Guilherme Pereira (Jornalista)
Maomé

"Oportunamente casado com uma viúva rica, 15 anos mais velha, alguns dos elementos biográficos do profeta Maomé equiparam-no a outros líderes religiosos. Para o bem e a desgraça.

Diante do choque cultural e político entre o islamismo e o Ocidente verificado desde a Revolução Iraniana promovida pelo ayatola Khomeini em 1979, talvez convenha reflectir sobre os fundamentos da religião islâmica e a sua relação com as classes políticas.


Maomé (Mohamed, em árabe) nasceu em Meca por volta de 570, filho de Abdallah e Amina, do clã dos Beni Hashemi, um ramo pobre da tribo dos coraixitas, a tribo que dominava Meca durante o século VII.

Naquela época, a tribo constituía a célula social básica em toda a Arábia, algo que já ocorrera cerca de 1500 anos antes entre os israelitas. O pai de Maomé morreu antes do futuro profeta nascer. A mãe faleceu quando o petiz tinha apenas seis anos.

Aos 25 anos, Maomé passou a trabalhar para uma viúva rica, Cadija, 15 anos mais velha do que ele, com quem se casou. Teve quatro filhas, das quais apenas uma, Fátima (que depois se tornaria nome de santa católica) teve descendentes com Ali, filho de Abu Talib.
A chamada iluminação de Maomé é também um mistério, sendo comum as tradições religiosas apresentarem quinquilharias equiparadas para seus grandes profetas ou presuntivos messias, desde Moisés a Buda, Jesus, Constantino, Shabetai Zvi e outros.
Segundo a tradição, o profeta meditava numa das grutas do Monte Hira, quando ouviu a voz do anjo Gabriel mandando-o recitar a shahada, que se tornaria a profissão de fé do islamismo. Foi Cadija quem o encorajou a revelar a sua visão. Maomé continuou, ao que a propaganda berra, recebendo as suas revelações, mas frequentemente hostilizado ao pregar em Meca. Apenas alguns (poucos) pobres se dispuseram a levar a criatura a sério, posto que a humanidade é sempre feita dos seus cépticos encartados, pouco dispostos a crer em charlatães.
Mas, pouco a pouco, foram aumentando os seguidores, incluindo gente da nobreza, como Abu Bakr, seu primeiro sucessor.

Aumentaram, também, as hostilidades contra a nova religião. Maomé deu à sola para a Abissínia, entre 615 e 616. Em 619 morreram os seus protectores, Abu Talib e Cadija e, em 622, depois de sofrer um atentado, decidiu abandonar Meca definitivamente. O homem não se tratava mal - mudou-se para Iatrib, um rico oásis a 400 quilómetros ao norte de Meca. Esta transferência ficou conhecida como a hégira e marca o início do calendário islâmico.
Medina era habitada por uma maioria de pagãos e por judeus, organizados em torno da sua vida comunitária, com escolas, rabinos e um sistema jurídico próprio. Em pouco tempo, Maomé conseguiu converter a maioria dos pagãos e obrigou, nem sempre por métodos pacíficos, muitos judeus a aceitar a sua fé. A partir desta "república islâmica" que se tornou Medina é que o profeta iniciou sua jihad contra Meca. No ano 632, Maomé fez nova peregrinação a Meca, acompanhado por 80 mil seguidores. Foi durante esta peregrinação que o profeta removeu os ídolos da Caaba - templo em forma cúbica, situado na mesquita central de Meca, onde se encontra a famigerada Pedra Negra, que segundo a tradição foi dada pelo anjo Gabriel a Ismael (filho de Abraão) para selar a aliança de Deus com os homens, reservando o templo apenas a Alá. Pouco depois de regressar a Medina, neste mesmo ano, Maomé morreu, ao que se sabe de morta macaca.
Após a sua morte, o islamismo conquistou (quase sempre pela violência)crescentes adeptos, inicialmente em todo o mundo de fala árabe e, posteriormente, entre outros povos. As duas fontes do islamismo são o Alcorão e a suna, que está sintetizada no hadiz.
Ao contrário da propaganda oficial, o Alcorão não foi escrito directamente por Maomé. A sua versão actual corresponde a uma compilação feita em 652 pelo terceiro sucessor do profeta, o califa Otman, embora o assunto seja tudo menos pacífico. O livro tem 6.226 versículos agrupados em 114 capítulos (suras), que não estão organizados por ordem cronológica, mas segundo a dimensão. Os ulemás dividem o Alcorão em quatro grandes temas: as crenças da fé (al ágida), os cultos (al ibáda), a moralidade (al ajilág) e as relações sociais entre os homens (al muamalát).
Com respeito às duas outras religiões monoteístas do planeta, o islão critica os judeus por serem considerados, conforme a Bíblia, o "povo escolhido de Deus" e por não admitirem que o Alcorão siga a tradição da Torá. Os cristãos são criticados por afirmarem que Cristo seja o filho de Deus. Ainda assim, o islão garante (ao menos teoricamente) protecção (dhimma) aos judeus e cristãos, desde que mantenham seu culto restrito aos locais adequados (sinagogas e igrejas) e não causem distúrbios na comunidade islâmica.
Com o passar do tempo, o islão viu-se dividido entre três correntes básicas: os xiítas, sunitas e sufistas. A origem da divisão entre sunitas e xiítas é uma questão sucessória. Ali Ibn Abu Talib, genro de Maomé (casado com sua filha, Fátima), era o preferido do profeta na função de seguir a sua obra como chefe islâmico. Mas em função de uma série de factos, geralmente mal explicados, Ali foi empossado como quarto califa somente em 655. Em 661, foi assassinado e o cargo passou às mãos do governador da Síria, Mowiya, que conquistou o apoio da maioria islâmica.
A minoria, os xiítas, simpatizante de Ali, não aceitou esta situação, preiteando que o califado passasse para as mãos de Hassan e Hussein, filhos de Ali. Mas ambos acabaram também sendo assassinados, iniciando uma sangrenta tradição de sangue na religião do deserto.
A seita dos sunitas, que hoje constitui cerca de 90% dos muçulmanos, originou-se dos primeiros apoiantes de Moawiya. O seu nome deriva de suna, e tendem a agir de forma mais pragmática quanto às coisas terrenas.
O terceiro grupo são os sufistas, uma corrente exotérica islâmica. Estão mais preocupados com as questões espirituais da mensagem de Maomé, de que com as questões de natureza ortodoxa.
Espero não ser metralhado pela simples revelação de factos iniludíveis, onde borbulham traições, controvérsia e o sangue que jorra, quantas vezes com uma brutalidade inqualificável, em nome de disputas ferozes e caseiras em partes iguais.

Todas as religiões – a Católica infelizmente incluída - têm dezenas de milhões de esqueletos cinicamente arquivados nos armários de milénios.

Mistérios, omissões ou trapaças, são mais que muitos. Já agora: em que texto bíblico ou evangelho se explica por que paragens andou Jesus Cristo entre os 12 os 30 aos?

Os evangelhos aludem a Cristo, aos 12 anos, no templo. Depois, retomam a discursata oficiosa quando ele tem 30 anos, no Rio Jordão. Quem explica 18 anos de uma das mais fantásticas figuras do nosso misticismo colectivo – admiro Jesus Cristo, embora seja ateu, graças a Deus - seguramente a mais investigada, antes de Che Guevara?

No fundo, o Zé Pagode, de Bagdad, Nova Deli ou Madrid, paga a factura de hediondas zangas de comadres s edentas de poder que, hoje, municiam a pauta ideológica de genocídios ao arrepio da Humanidade, da Paz e dos homens bons.

Francamente, não dou para esse peditório, brindado pelas generosas contradições de Bush, Bin Laden e sus muchachos."
(Retirado do Google.pt, em)

- de 1494. Assinatura do Tratado de Tordesilhas.

- de 1755. Criação da Companhia Geral do Grão-Pará e Maranhão, que será estabelecida pelo Alvará de 30 de Outubro de 1756.

- de 1801. Assinatura do Tratado de Badajoz, que é antedatado para 6 de Junho, por conveniência do embaixador francês. Portugal perde a cidade e o termo de Olivença.
(Retirado do Portal da História)