sábado, junho 24, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

E se Portugal nasceu a 24 de Junho, então...

24 de Junho

- Então o de 1128?

Por que será que muitas pessoas se perguntam pela razão de ser da comemoração do dia de Portugal a 10 de Junho e não a 24 do mesmo mês? Continuaria o 10 a ser dia de Camões e das Comunidades Portuguesas, relevando a evocação universalista da nossa epopeia mundial. Mas, assim como cada ser comemora o seu aniversário no dia do seu nascimento, Portugal deveria comemorar o seu a 24 de Junho.
Tenho dito.
Ateste-se pelas efemérides que na minha querida cidade berço se comemoram e pelo que se diz no ‘sítio’ da respectiva edilidade (www.cm-guimaraes.pt)


Comemorações da Batalha de São Mamede Dia Um de Portugal
Em 24 de Junho celebra-se em Guimarães, uma efeméride muito especial: 24 de Junho de 1128, o alvor da Nacionalidade. Na Batalha de S. Mamede concretizou-se o propósito, com D. Afonso Henriques, de levar por diante o projecto de uma Nação livre e independente. O Município de Guimarães tem assinalado condignamente esta data, cujo carácter deveria interessar todo o País.



- de 1819. Nasce em Londres a futura rainha Vitória.
- de 1833. Desembarque das tropas constitucionais, comandadas pelo duque da Terceira no Algarve, na praia da Alagoa. Atravessando o Alentejo, chegarão a Lisboa em 24 de Julho.

Fiat Lux (Do Observatório Social)

Afinal, está latente na nossa "personalidade básica" o nosso oportunismo crítico!
Como se chega à evidência desta afirmação? A ver pela constatação de mais uma manifestação contra-corrente do que tem sido a Educação em Portugal! Se não gostarem (aqueles que me têm perseguido e julgado), que me processem mais uma vez, pois talvez atinjam sancionatoriamente a Srª Ministra que os tutela, mas que creio não está aí para lhes dar mais guarida. De resto, ... venha lá mais esta achega, retirada do JN de hoje, sobre o estado a que chegou o nosso sistema de ensino:
Livro questiona sistema de Ensino
Bruno pires

Educação ou armadilha pedagógica?, Uma interogação bem sugestiva, que deixa em aberto o debate sobre o sistema de Ensino, ao qual Manuel Madaleno aponta deficiências, num livro apresentado em Cantanhede.
Natural de Febres, Manuel Madaleno é diplomado em Ciências da Educação pela Universidade francesa de Lille e ex-responsável pelo Ensino do Português em vários consulados de França. Em Portugal, foi orientador pedagógico do Ensino Básico Mediatizado.
Na sua obra, Manuel Madaleno escreveu que, "em Portugal, nos últimos 30 anos, não tem existido, objectivamente, avaliação da função docente", num capítulo dedicado a este tema bem actual. Considera que esta "é uma questão de grande sensibilidade" e "por isso ninguém se atreveu a enfrentá-la com a coragem política necessária". Portugal é "o único país europeu onde não existe, de facto, qualquer avaliação do desempenho docente", considera o autor, que também aponta o dedo aos docentes. Muitos deles a leccionarem matérias, como "a iniciação à leitura e à escrita", quando "foram especificamente preparados para outras áreas do Ensino".
Manuel Madaleno considera que "o sistema educativo malbarata as potencialidades dos seus alunos, permitindo a muitos que atinjam a licenciatura em estado primitivo de conhecimento". Uma questão que se torna "ainda mais grave" quando "esses licenciados se destinam à docência".
Na sua intervenção na apresentação do livro, o autor, a dado trecho, considerou que "os professores estão subordinados a toda a gente, mas os alunos não estão subordinados a ninguém e são insubordinados". Ao desmontar e analisar o sistema de ensino, o livro é polémico, mas directo na abordagem da problemática da educação. Em jeito de conclusão, considera que "é um dever de cidadania recusarmo-nos assistir à transformação do país no reino, por excelência, do mais funcional iletrismo" .