sábado, junho 30, 2007

Os Khmeres cor-de-rosa

Lembro-me de ter aprendido algo sobre a violência das tentadas revoluções radicais e paradigmaticamente totalitárias ocorridas no sudoeste asiático, desde há umas três décadas para cá, e de que foi terrível exemplar a tomada do poder cambojano pelos Khmeres 'rouge'.

Isto vem a propósito de uma parte do que li neste último postal de meu mui citado mestre JAM, e que me fez lembrar toda a tramitação persecutória contra ... movida em certa Escola deste Estado a que chegámos, pelos serviços prestados por essa subserviência dos aconchegados ao dever do beija-a-mão ... E quanto mais rosa, mais bate, mais cala, mais ... O melhor é, mesmo, não lhes darmos corpo para abate! Resistir até poder!

Naquele postal se lê, a dada passagem:

"(...) Se os subsolo ideológico de justificação do poder que marca alguns destes desvarios do regime de chefes de repartição pegar de estaca não tarda que se exija a identificação de todos os blogueiros de cada serviço público, bem como a listagem de dos funcionários que militam em partidos e associações cívicas que criticam o governo e o situacionismo.


Aliás, também seria útil que todos os programas de ensino fossem submetidos à mãozinha censória e, a nível do ensino, em cada aula deveria existir um vigilante que fizesse um adequado relatório a ser remetido para uma adequada central de registo dos não formatados pelo conceito de modernidade vigente. (...)"

Mesmo com todos os choques electrológicos, financiológicos e psicológicos, não tenho dúvidas de que os 'khmeres cor-de-rosa' andam aí!!! Para ficar?

Imagem retirada do Google

sexta-feira, junho 29, 2007

Repensar a Política - Ciência & Ideologia

Depois de ter recomeçado a minha procura de um mais além nos horizontes da literatura politológica, dei de caras com este já anunciado "Repensar a Política - Ciência & Ideologia", do meu caro companheiro de algumas 'andanças' neste "sujar as mãos" na militância partidária, Professor Doutor Paulo Ferreira da Cunha.

Tenho lido de feição alguns dos capítulos que mais directamente me interessam. Mas, no âmbito geral desta obra essencialmente politológica (e não apenas política, seja-me permitido o reparo), resulta certamente algum pensamento refrescante, provocado pela audácia intelectual a que o seu autor se propõe.

Não encontrando melhor síntese para apresentar a arquitectura e conteúdo da obra, aqui deixo a sinopse do site da Almedina:

CONTEÚDO

Repensar a Política é um exercício assumido de liberdade académica e cívica. Quando muitos denunciam a falta de legitimidade nas democracias meramente formais, as grandes ilusões murcharam e os pragmatismos se arriscam a consumir todas as energias, este livro não se quer limitado nem pela convenção nem pela auto-censura. Recusa o tabu estéril que veda aos universitários falarem de política real, reservando-lhes uma pseudo-política abstracta, matemática, teoricista. Por isso, tanto trata de ciências e saberes políticos, como de ideologia - forma em que hoje estão vertidos os ideais. E fá-lo em diálogo com outras disciplinas, desde logo o Direito. Não se propõe uma pretensa e enganadora assepsia, antes procura uma objectividade situada.

Prefácio do Autor à 2.ª Edição

Não sabemos a razão mais profunda e determinante do tópico da surpresa dos autores ante a notícia de que a sua obra se esgotou. Talvez votem os seus escritos a uma espécie de "roda", talvez, perante o deserto de comunicação em alguns meios, creiam que, realmente, ninguém os lerá. A verdade é que muitos sacrificam a esse lugar comum.
E curiosamente, não por artifício retórico, mas por efectiva realidade, foi esse, também, desta feita, o nosso caso. Não contávamos que a primeira edição deste livro, publicada há tão pouco tempo, se visse tão rapidamente esgotada.
Ainda bem.
A obra foi bem divulgada e contou com duas apresentações públicas de altíssimo coturno: em Lisboa, esteve a cargo do Prof. Doutor Diogo Freitas do Amaral; e no Porto, foi feita pelo Prof. Doutor José Joaquim Gomes Canotilho, nomes que, realmente (e esbarramos em novo tópico) dispensam mesmo apresentações.
Certamente foi esse o segredo e a razão do seu acolhimento pelo público, e não os méritos do seu obscuro autor.
De qualquer modo, devemos fazer também justiça aos nossos estudantes que, recusando a pirataria das fotocópias, decerto foram responsáveis pela aquisição de muitos exemplares. Com efeito, este livro, a par de Política Mínima., constituiu um dos recomendados na nossa regência da cadeira de Ciência Política, na Universidade do Porto.
Tomado de surpresa, a revisão ora feita foi minimalista. Limitou-se ao firme ataque a algumas esparsas gralhas, às actualizações mais evidentes determinadas pelo rodar histórico das coisas, incluindo acrescentos bibliográficos mais imediatos, etc. Onde se levou a cabo intervenção mais cuidada e profunda foi na exposição do espectro ideológico-partidário português, que entretanto se advertiu necessitar de uma revisão mais profunda. Matéria sempre delicada, e por isso sempre a necessitar de novos retoques que permitam evidenciar os verdadeiros contrastes e matizes.
Incluem-se ainda nesta edição, de seguida, os textos escritos correspondentes às suas apresentações públicas referidas.
Era nosso desejo incluir ainda nesta edição, de seguida, os textos escritos correspondentes às apresentações públicas deste livro, já mencionadas. Acaba por, desta feita, não poder figurar ainda o testo do Prof. Doutor Diogo Freitas do Amaral, que pouco depois dessa sua intervenção, seria de novo chamado a altas e muito absorventes funções governamentais. Temos contudo a promessa de vir a contar no futuro com o seu texto. Desde já, abre este livro com uma muito honrosa Apresentação, da autoria do Prof. Doutor José Joaquim Gomes Canotilho, Catedrático de Direito Constitucional e Ciência Política da Faculdade de Direito de Coimbra.


ESTRUTURA

ÍNDICE

PARTE PRIMEIRA - REVER OS FUNDAMENTOS
Capítulo Primeiro - Saberes
Epistemologia
Política e Direito
Especialização e Criação
Formas, Temas e Estruturas de Investigação
A Filosofia Política: uma Scientia Política
Capítulo II - Fundadores
Aristóteles, a Invenção do Jurídico
Maquiavel, a Autonomização do Político
PARTE II - REAVALIAR OS PARADIGMAS
Capítulo Primeiro - Instituições
Formas Políticas
Constituição e Constitucionalismos
Capítulo II - Ideologias e Utopias
Ideologia e Ideologias
A Oposição Binária: Direita e Esquerda
Terceiras Vias
Política e Direito numa "Utopia" Contemporânea
Desafios Juspolíticos Hodiernos

quarta-feira, junho 27, 2007

Só Agora! (3)

Iniciação

Encontro de limites
primeiro
são para saíres
da náusea dimensão!

Procura em ti
verás que não és
aqueles
que por ti pensam!

Em breve acharás os
que somos
quem nada tem
que querer de ti?

Por aí se revelarão,
fraternos
no instante dos teu
olhar, intemporal!...

(SA, Ini 1, 3)

JRC

domingo, junho 24, 2007

Só Agora! (2)

Iniciação

Não temas por continuar
amanhã
só existe na imaginação
que tens do futuro!

Por isso vai, longe
até te sentires chegar
onde
a pressa já não há!

Então contemplarás
o momento
em que tudo se revela
eterna continuação!

Que vês tu, então?
Apenas o que existe
és tu
e o teu lugar!

(SA, Ini 1, 2)

JRC

domingo, junho 17, 2007

Só Agora! (1)

Iniciação

Basta ver com a alma
o que sem rima
combina
esse olhar com sentir!

Deixa-te ser, mesmo
sem corpo
que pese nesse imenso
vazio por ti preenchido!

Não mais hesitarás
em ter na mão as regras
com que
abres a tua liberdade!

Então?, vislumbra,
absorve a magnitude e
amarás
tudo a que pertences!

(SA, Ini 1, 1)

JRC

terça-feira, junho 05, 2007

Contemplando raízes de futuro, com saudade!

Nesses instantes em que o tempo pára, nada mais há para escutar que o silêncio, esse silêncio em que se cristaliza toda a eternidade plena de verdades, assim possíveis de contemplar tanto com a razão, como com o sentimento do coração apenas enternecido.



Não há luz que reflicta a cor catalogada pela memória, pois o poder do espírito contemplativo livra-se das impressões associadas a uma dimensão pensada, não forçosamente observada na pureza da imagem retida na grandiosidade da simples busca da verdade que a Natureza, assim, nos permite apreender.


"My poet-child, I want you to sing with Me:
I barter nothing with time and deeds.
My cosmic Play is done.
The One Transcendental I was.
The Many Universal I am.
I am the Soul-Flower of My Eternity.
I am the Heart-Fragrance of My Infinity."

When our heart flies
Towards Heaven,
Time stands still.
It does not interfere.
Cada vez que damos, recebemos
Olha como tudo o que recebes
Vem da Vida que te escuta
Que observa os teus passos
Que um dia (saberás) hás-de seguir!
JRC

sábado, junho 02, 2007

Primeiro somos Nós, depois Europa, e Bolonha se Deus quiser ...!?


Posted by Picasa
Nesta semana tranquila que passou, entre revisitas à maravilhosa costa dourada que é a Caparica, com evocações de mestres de pescas reais que Deus (que "não dorme") já levou - lembrei-me do já ido mestre António Vitorino, e logo dei de caras com alguém que diz: "Pois é, eu sou irmâ, e à sua frente tem muitos Vitorinos, com novas gerações já a trabalhar também na 'arte' ...! Como hei-de sentir-me, 35 anos depois ...?! "Deus não dorme", era o nome da pequena embarcação onde, pela primeira vez, me fiz com aquela gente ao mar! É uma autêntica família, de gente íntegra e trabalhadora! Não digo mais!
Posted by Picasa
A não ser nesta senda de continuar a rewver outras antigas amizades, com os petiscos que eu só não acompanhei com o delicioso vinho que, por enquanto, a medicação não permite misturar ...! Que frustração! Entre conversas de gente europeia (a Bulgária já cá está), para nós pelo 'pezinho' da Stella (ao meio, em baixo), que, com o seu curso de Direito tirado na Bulgária quer, realmente, ver-se com as devidas equivalências aqui em Portugal. Então, porque não ... uma bolonhesazita? Vamos lá a ver! O retrato ainda pode dar que falar!
Bonito jantar de amigos!
(E um beijinho para essa nova pequenina amiga Maria, que acabei de conhecer, filha dos meus amigos anfitriões (da Ana e do Luís, o culpado rodoviário de eu, neste momento, residir em ... Barcelos)!