Quo vadis, magister?
Para onde fores, também gostaria de ir, nessa tal "procura do mais além", que nos possa trazer fortuna, dessa bem aventurança que, mesmo que não faça dos homens ricos, traz a maior riqueza de todas, que será sempre a da alma.
Por tudo isso te deixo essa força contida em minha vontade e desejo, esse sincero desejar ao próximo o que gostaríamos que nos desejassem a nós, em circunstâncias semelhantes. Para onde vais, creio, nada disso é estranho.
Que faças ESCOLA onde, quando e como for merecido, obedecendo sempre a essa Vontade que é a grande Julgadora. Deixa isso bem escrito, de tal forma que perdure a crua e dura simplicidade cristalina da água pura, tão natural como Deus a fez, por onde possa transparecer, a cada passo dado pelos que a procuram, a Verdade que os ilumine. Não espero menos de ti, mestre.
Que nesse Oriente, tão longe e tão próximo, possas deixar semente de futuro, daquele que sempre se espera trazer para melhor. Outro não pode ser o sentido do devir, com o qual podemos dizer desenvolvimento. Nesse eterno sonho de "mais além"!
Deixo, por isso, esse grande momento de exortação à portugalidade, por que não à humanidade, legado pelo grande pedagogo (que também referencio na obra que tenho em empreendimento, por ti orientada) António Gedeão. Talvez ao som dessa melodia, com o encanto desse cântico, a sementeira decorra sem maiores sobressaltos, e a obra chegue a bom fim. "Porque Deus quis, porque o homem sonha, porque a obra pode nascer."
Quando fores, leva então este abraço amigo, e partilha-o, se tiveres oportunidade para isso, com todo esse Povo irmão e, em especial pela saudade que há muito trago em mim, com o meu ex-colega docente na Casa Pia e bom conviva Vicente Guterres.