Vejo-me, neste dia que começou a terminar mal com a derrota do meu "Os Belenenses", em pleno C. C. Colombo. Parei, um pouco ao de leve entre vistas curtas (que a depresão é medonha, parece que nos lança o diabo atás da alma), e dei de caras com uma imagem que, neste colombano cair de tarde, me fez recordar viagens que a mente nunca cansa, para reposição das energias que, com tudo o que nos envolve, as "mãos invisíveis" nos vão filhando!
Por isso, nada melhor que recordar, uma vez mais, esse ecos do mais além pessoano, que neste caso rimou, bem colombano, numa imagem que reti. E que aqui partilho, com evocação daquele poema:
Mar Português
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma nao é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Os Colombos
Outros haverão de ter
O que houvermos de perder.