segunda-feira, novembro 26, 2007

Se não fosse contado diriam que era paranóia, ...

Neste fim de semana em que, em várias frentes, as minhas cores (clubistas e nacionalistas, salvo seja em bom sentido) não mostraram de que 'raça' somos feitos, e depois de ter cumprido mais uma maratona de meus deveres funcionais docentes (e para o qual o Orçamento de Estado ainda não deu cobertura, nesta onda de saneamento orçamental toda voltada para dentro e para baixo, em vez de tratar, estrategicamente, de investir reprodutivamente, para cima e para a frente), com grande dispêndio (portanto, não reembolsável) de energias (próprias e da EDP), e de materiais (lápis, esferográficas, afias, papel, impressora, tinteiros de impressão, candeeiros, mesas, cadeiras, etc., assim se fazendo em casa, o que deveria ser investimento deste patrão a que, ainda, chamamos Estado, no que poderemos chamar escritório da Escola em casa), dou de caras, em jeito de passatempo de café a ver o meu querido Belenenses, com esta notícia do J Notícias.

Se não fosse contado, diriam que era paranóia ou, pelo menos, que se trata de mais uma das minhas "teorias da conspiração", ou que é mais uma das minhas manifestações de vitimização ... ?!!! O caso vai dar que falar, ou então será mais uma das abafaduras do power is beautyfull, sempre passível de falência judicial (...)!!!

«Maioria das fotos paparazzi em Portugal é encomendada


Revista 'Caras' publicou fotos do José Sócrates com namorada e filhos deste

Pedro Antunes Pereira

Deambulam pelas principais ruas da capital, com máquina fotográfica a tiracolo. Passam por meros turistas e raramente dão nas vistas. No entanto, o objectivo é só um encontrar alguma cara conhecida a fazer compras numa loja, a tomar café ou a trocar carícias. Fazem-se acompanhar de pessoas amigas, nem que seja para disfarçar os disparos da objectiva. Ainda que em minoria, os paparazzi portugueses começam a meter as películas de fora na tentativa de conseguir "aquela" fotografia.

Falar disto com fotógrafos e responsáveis de revistas é uma verdadeira aventura. Quase ninguém quer dar a cara e os que dão preferem o anonimato. Uns porque não querem ser vistos como sendo oferta, os outros como sendo procura. No entanto, todos os que falaram ao JN são unânimes 80% dos trabalhos publicados como sendo paparazzi são encomendados e convenientemente combinados.

Um dos mais recentes exemplos - a fotografia do primeiro-ministro com a sua namorada que povoou alguns revistas - é uma prova disso mesmo "Quem conhece o ambiente que rodeia José Sócrates sabe que uma foto daquelas ou foi soprada por alguém e, se calhar, com o consentimento dos dois visados, ou foi uma grande sorte para quem a tirou", diz Hugo Correia.

A directora editorial das revistas semanais do grupo Impresa, onde está incluída a "Caras", concorda que este "é um mercado em crescimento, em consonância com a evolução dos meios de comunicação social num sentido mais anglo-saxónico, em que os fenómenos da vida privada começam a ter interesse quase idêntico ao das questões públicas". Fernanda Dias acrescenta que "muitas vezes são os profissionais do sector que apresentam as fotos".

Curiosamente, os fotógrafos afinam pela posição contrária "A grande maioria dos trabalhos é encomendada ou com o consentimento dos protagonistas, mesmo aquelas que parecem fortuitas".

Saber preços é que é impossível, já que o segredo parece ser a alma do negócio. Ninguém adianta valores "Cada caso é um caso" parece ser o lema das duas partes, ainda que um dos profissionais do sector tenha adiantado um pagamento de cinco mil euros por um trabalho realizado.

A verdade é que as revistas sociais não passam sem fotos paparazzi. Uma das fontes, contactadas pelo JN, diz mesmo que "as vendas sobem quando aparecem este tipo de fotografias", sobretudo quando "os protagonistas são pessoas que fazem questão de manter a sua privacidade. Não há dúvida que as mais valiosas são as imagens daqueles que mais se recatam".»