segunda-feira, abril 24, 2006

Mire On Local

Como continuo angustiadamente entediado neste burgo pseudo-aristocrático de "gente fina"!
Dei mais uma volta, como há já algum tempo não fazia, por cantinhos desta terra, onde já residi, ainda contunuo a residir e aonde já não gostaria de habitar! Sabe-se que, como aqui, muito do que observei, ouvi e concluí poderia acontecer em relação a outras urbes do nosso portugalório provinciano e rurbano, a fazer inveja aos países que se dizem em vias de desenvolvimento, de realização civilizacional duvidosa. Mas ... cada um no seu canto. E eu, aqui deste por enquanto meu recanto, em vésperas de mais um dia que começo a comemorar sem razões de encanto, tenho de dizer o que encontro, pois como os outros pelos mesmos caminhos que eles ando, respiro, como e durmo! Enquanto nos vão deixando! Nunca será demais mostrá-lo!E de que me queixo? Não de muita coisa! Mas, como noutras circunstâncias, não é o móbil da queixa que lhe traz a gravidade, mas o contexto da sua aceitabilidade social: numa terra que, ultimamente, tem visto o seu povo (com muita ou pouca razão) fabricar "abaixo assinados" em série - lembremo-nos que, dos últimos, também o do protesto contra o encerramento da sua maternidade já provocou um autêntico movimento social -, pouco admissível será o "encaixe psico-social do que clandestinamente (com ou sem autorizações buricrático normativas) se vai construindo ou facilitando - veja-se o exemplo de garagens privadas com caixas de esgoto no seu interior;

ou de autênticas lixeiras a céu aberto, a horas "de movimento",

ou a 'perenidade' de obras que deixa muito a desejar, muito mais ainda que o tempo que demoram a concluir!

Ou, ainda, que continue a fazer-se "mercado" num espaço tão bonito como o do seu Campo da Feira, com serviços hospitalares e das respectivas urgências a ser dificultado, semanalmente por causa do dito comércio

e, todos os anos pelas Festas das Cruzes, a debitar decibéis de poluição sonora para qualquer um de nós que por lá passe e, mais especialmente, para quem tem de ir ou estar no Hospital com que o vil espectáculo se confronta.

Cuidado! Amanhã, muitos dos que não querem saber do que aqui digo andarão vestidos de cravos vermelhjos, conseguindo trazer ao peito sentimentos que nunca perfilharam, pois nunca viveram, por dentro de si, a realidade que ainda não sabem ver, muito menos ser! Quem anda por aí? Será que ninguém dá uma mãozinha? Por favor, aonde fica o exílio?