quarta-feira, junho 28, 2006

Opiniões ... de Outros Sítios

Mais um coice do "Jumento"
QUAL É A INDÚSTRIA QUE SE SEGUE
Primeiro foi a pesca e agricultura depois foram as indústrias que serviam de emblema da nossa mão de obra barata e sem qualificações profissionais, depois foram as indústrias de componentes e, por fim, chegou a vez da indústria automóvel, que ainda há bem pouco tempo servia de remendo às nossas misérias económicas. O que se passa, que mal fez Portugal para que os deuses os tenham abandonado ao ponto de o céu nos estar a cair em cima?
É o resultado de quatro décadas de cobardia, oportunismo e incompetência política quatro décadas em que os decisores decidiram mal porque estiveram mais preocupados com o seu próprio futuro político do que o futuro do país. Investiu-se mais em função do voto do que a pensar no mundo de que a economia portuguesa sempre dependeu.
Inventámos desenvolvimentos regionais imaginários, explorações agrícolas modelo, universidades e pólos universitários por todos os cantos a proporcionar licenciaturas desde o direito ao violoncelo, ganharam-se eleições, formaram-se maiorias absolutas, criámos um oásis económico brincando na Praia dos Tomates e até nos auto designámos com a democracia de sucesso.
Pois fizemos isso tudo mas a verdade que se estivéssemos no tempo do Infante D. Henrique com tais políticas as caravelas nem teriam dobrado o Cabo Carvoeiro, e o facto é que estamos metidos num cabo de trabalhos.
Nada fizemos para modernizar portos e aeroportos infra-estruturas fundamentais a um país que depende do comércio externo, construímos um sistema fiscal especializado e conseguir receita sem olhar aos meios, transformamos o ensino numa imensa escola de cultura geral, em suma, não fizemos nada.
Resta-nos ir à Betandwin e tentar acertar na próxima indústria a partir.”

A Opinião dos Outros

À terceira é de vez: confesso que sigo as colunas de opinião do Manuel António Pina, na "última" do JN ("Por Outras Palavras"). Não é que o homem tem sempre uma "certa razão"?
Não quero fazer aqui a apologia de nada nem de ninguém! Apenas comecei, de há uns dias para cá, a reter mais a minha atenção (talvez, também, por uma maior disponibilidade com o términus das aulas diurnas) nesta pequena coluna de opinião.
Desta vez, calhou ao nosso ex-Primeiro, agora primeiro na estrutura eurocrática de uma União pouco unitária. Que o digam as "berranças" e os coloridos daqueles que, neste mundial de futebol, atestam pelas respectivas nacionalidades o que, para outras instâncias político-administrativas, nem em sonhos se lembrariam! E não é que o presidente dos comissários, ao que consta, nos anda a "lixar"? Então eu vou dizer a um filho meu, muito democraticamente e de cigarro na boca, que está proíbido de fumar lá em casa? Bom, ... a história é contada assim:
"Portugueses notáveis
Um leitor faz-me chegar a notícia de mais um sucesso de um português no estrangeiro, no caso o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que acaba de ganhar o Prémio Tuvalu, atribuído por três organizações ecologistas internacionais, "Agir pour l'environnement", "Action Climat" e "Transport & Environnment". O problema é que se trata de um antiprémio, destinado a denunciar os que se evidenciam por um especial contributo para o desregramento climático. Durão Barroso foi galardoado pelo facto de se passear diariamente em Bruxelas num 4X4 todo-o-terreno (!) que produz mais de 265g de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro (sem contar com a climatização), isto é, cerca de 60 toneladas de CO2 ao longo da sua vida útil, além de consumir qualquer coisa como 13,2 litros aos 100 Km. O júri achou-o particularmente merecedor do desonroso galardão porque o próprio Durão Barroso lançou uma campanha europeia contra o aquecimento global, fixando aos automóveis o limite máximo de 120g de emissões de CO2, ou seja, menos de metade dos 265g que ele despeja diariamente no ambiente pavoneando-se no seu mini-camião VW Touareg. É sempre bom para a nossa auto-estima ver um português notabilizar-se lá fora. Nem que seja pelas piores razões."