Retirada do O jumento
A escola que imagino é um pouco diferente daquela que existe, por isso mesmo é uma escola imaginária. Na minha escola imaginária:
1. Os edifícios têm instalações adequadas e os recursos necessários para que os professores cumprissem todas as obrigações sem ter que carregar toda a papelada para casa. Não seria uma fábrica de aulas, seria uma escola.
2. A gestão seria exercida por um gestores especializados, que poderia ou não ser recrutado entre os professores, mas com aptidões para gerir todas as vertentes da instituição. A gestão financeira e material bem como dos recursos humanos caberia a este órgão de gestão que deveria criar as condições para corresponder aos objectivos e metas escolares definidas por um órgão de gestão pedagógica assegurado por professores, que estariam igualmente representados no órgão de gestão administrativa.
3. O corpo de professores seria contratado preferencialmente pela escola, obedecendo a rigorosos critérios de igualdade de acesso, para desta forma contratar os professores mais disponíveis para ensinar nessa escola e com o perfil mais adequado às suas necessidades. Os contratos seriam de longa duração e a avaliação teria em consideração as características das turmas e as metas realizáveis. Os vencimentos dos professores contemplariam uma componente de prémio determinado em função dos resultados das suas turmas e da escola. Os concursos de colocação de professores seriam a excepção, e não a regra.
4. A preparação de cada ano lectivo seria antecedida pela avaliação dos resultados do ano anterior, pela identificação dos pontos negativos a corrigir e as suas causas e pela definição de metas para os anos seguintes. Antes de iniciar o ano lectivo cada professor analisaria os alunos das suas turmas, o seu percurso anterior, o seu enquadramento sócio-cultural, identificando os mais problemáticos, reunindo com encarregados de educação para discutir estratégias conjuntas, obtendo uma informação preciosa para poder adequar as suas estratégias pedagógicas à realidade das suas turmas.
5. A escola contaria com assessorias, asseguradas por elas próprias ou em colaboração com as autarquias ou serviços da administração central, em domínios como os da psicologia, da assistência social, da segurança da justiça. Desta forma muitos dos problemas que afectam as escolas e o comportamento ou o rendimento dos alunos seriam tratados em sede própria. Poderia até ser criado um órgão envolvendo várias entidades (Ministério Público, forças de segurança, segurança social, autarquias, ministério da Saúde e associações de pais) que asseguraria o envolvimento de todas as entidades envolvidas.
6. Os pais e encarregados de educação seriam responsabilizados pelos comportamentos dos alunos e no caso dos agregados familiares que beneficiam de ajudas sociais a concessão destas ajudas dependeriam também do rendimento e comportamento escolar dos filhos.
7. As escolas do ensino secundário contemplariam saídas profissionais para os alunos que pelas aptidões ou vocação optassem por uma carreira profissional que não tivesse a universidade como objectivo. Estas vias profissionalizantes contariam com o apoio de sindicatos e associações profissionais no planeamento das opções profissionais e na programação curricular.
8. Os professores são reconhecidos socialmente pelo seu trabalho e os ministros da educação referem-se ao seu trabalho com respeito e consideração, sabendo distinguir os comportamentos que são excepção, evitando ofender toda uma classe profissional."
2. A gestão seria exercida por um gestores especializados, que poderia ou não ser recrutado entre os professores, mas com aptidões para gerir todas as vertentes da instituição. A gestão financeira e material bem como dos recursos humanos caberia a este órgão de gestão que deveria criar as condições para corresponder aos objectivos e metas escolares definidas por um órgão de gestão pedagógica assegurado por professores, que estariam igualmente representados no órgão de gestão administrativa.
3. O corpo de professores seria contratado preferencialmente pela escola, obedecendo a rigorosos critérios de igualdade de acesso, para desta forma contratar os professores mais disponíveis para ensinar nessa escola e com o perfil mais adequado às suas necessidades. Os contratos seriam de longa duração e a avaliação teria em consideração as características das turmas e as metas realizáveis. Os vencimentos dos professores contemplariam uma componente de prémio determinado em função dos resultados das suas turmas e da escola. Os concursos de colocação de professores seriam a excepção, e não a regra.
4. A preparação de cada ano lectivo seria antecedida pela avaliação dos resultados do ano anterior, pela identificação dos pontos negativos a corrigir e as suas causas e pela definição de metas para os anos seguintes. Antes de iniciar o ano lectivo cada professor analisaria os alunos das suas turmas, o seu percurso anterior, o seu enquadramento sócio-cultural, identificando os mais problemáticos, reunindo com encarregados de educação para discutir estratégias conjuntas, obtendo uma informação preciosa para poder adequar as suas estratégias pedagógicas à realidade das suas turmas.
5. A escola contaria com assessorias, asseguradas por elas próprias ou em colaboração com as autarquias ou serviços da administração central, em domínios como os da psicologia, da assistência social, da segurança da justiça. Desta forma muitos dos problemas que afectam as escolas e o comportamento ou o rendimento dos alunos seriam tratados em sede própria. Poderia até ser criado um órgão envolvendo várias entidades (Ministério Público, forças de segurança, segurança social, autarquias, ministério da Saúde e associações de pais) que asseguraria o envolvimento de todas as entidades envolvidas.
6. Os pais e encarregados de educação seriam responsabilizados pelos comportamentos dos alunos e no caso dos agregados familiares que beneficiam de ajudas sociais a concessão destas ajudas dependeriam também do rendimento e comportamento escolar dos filhos.
7. As escolas do ensino secundário contemplariam saídas profissionais para os alunos que pelas aptidões ou vocação optassem por uma carreira profissional que não tivesse a universidade como objectivo. Estas vias profissionalizantes contariam com o apoio de sindicatos e associações profissionais no planeamento das opções profissionais e na programação curricular.
8. Os professores são reconhecidos socialmente pelo seu trabalho e os ministros da educação referem-se ao seu trabalho com respeito e consideração, sabendo distinguir os comportamentos que são excepção, evitando ofender toda uma classe profissional."