sexta-feira, março 10, 2006


Cogitadelas 14

E porque esta estrada é larga,

As vias são várias e a ânima não é pequena, talves seja altura de clarificar estas "águas blogueiras", que é como quem diz "vamos lá a separar a trigo do joio", para se poder perceber melhor o que é do pensamento sobre o que se vai vivendo, em si mesmo

(as "Cogitadelas"), ficando com os Cogitando

o que é da razão crítica e do pensamento sistematizado,

("Fiat Lux"), para onde transitam as Tiradas de Reflexão Pura

o que é da expressão "liberdadeira" e plural da cidadania, a começar pelos mais jovens,
("Novo Arco Íris"), para onde transitam as La Pensée du Jour

e, mais recentemente, esse desejo de criar um espaço de participação na crítica social à luz do pensamento filosófico , tanto quanto possível, caracteristicamente português,

(o "Publicista"), para onde transita O Republicanário

Mas certamente que, porque não se advogam, em princípio, quaisquer exclusivismos, também nestes espaços haverá lugar à interpenetração de ideias e expressões. Só assim se conseguirá, cremos, uma abrangência na integralidade da utilização que fazemos deste meio tão profícuo que é o da blogosfera e, acima de tudo, das vontades efectivas de participação civilizante.
Vamos, para tanto, cogitando um pouco mais profundamente!
(Já revogado, por todos os títulos terem transitado para o "Publicista")

Fiat Lux (tiradas de Reflexão Pura)

As letras de Deus

(Reedição de Fiat Lux) Sexta-feira, Março 10, 2006

E porque hoje, depois de um memorial dirigido ao aparecimento do heterónimo Alberto Caeiro, é dia de recordarmos uma das publicações de uma geração notável de pensadores da nossa res publicae, a Presença, já em vésperas de e durante a sua convivência com a era autoritarista salazareira, vem-me à ideia, inspirada num momento de conselho paternal a um dos meus rapazes, que a liberdade natural não coindide com a da nossa razão, sendo a primeira resultado de uma lógica infinitamente superior à nossa, mas que esta, mesmo assim, a alcança. E apercebemo-nos nesse momento que esse inatingível se entende através de uma sujeição, primeiramente pela disciplina orgânica do corpo que nos transporta a mente, depois pela ratificação que os benefícios dessa sujeição capitalizam, que é dizer a confirmação, pela razão, que a liberdade primeira começa pela nossa submissão a um dever de obediência, ou então não estaremos em condições existenciais de podermos usufruir da liberdade que a Natureza (Deus) suporta.





Emanuel (primeiro o de Nazaré, depois o Kant) tem razão, e por isso Jesus não é só Cristo, nem só nosso, Buda também é de todos, Maomé "foi à montanha" e Khrishna poderia ter sido um dos principais mestres de Fernando Pessoa, ao lermos "Há Metafísica Bastante Em Não Pensar Em Nada".


E, porque não pretendo ser metafísico necessário, deixo o pensamento suficiente para alcançarmos o estado de alma que não pensa, a não ser pelo sentimento que se tem quando não a temos no pensamento!