terça-feira, maio 30, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

30 de Maio

- de 1662. Casamento de D. Catarina, filha de D. João IV, com Carlos II de Inglaterra.
- de 1672. Nascimento de Pedro o Grande (1672-1725), imperador da Rússia. Foi responsável pela ocidentalização da Rússia, edificando a cidade de São Petersburgo.
- de 1834. As ordens religiosas masculinas são extintas e os seus bens nacionalizados. A medida é da responsabilidade de D. Pedro, enquanto regente, e de Joaquim António de Aguiar, que passa por isso a ser conhecido por «o Mata-Frades».
- de 1926. O primeiro governo saído do golpe militar de 28 de Maio entra em funções. É presidido pelo comandante Mendes Cabeçadas, herói da Revolução de 5 de Outubro de 1910.

(Tirado do Portal da História)

Ver desenvolvimentos em Legítima Mente

Ainda sobre o 28 de Maio de 1926

Por detrás das reportagens,

Há os pormenores que só quem tem informações muito detalhadas consegue descrever, com significado muito mais profundo na alma de quem as vê, os cenários com que devem ser evocados certos factos históricos.
Sobre o tema em epígrafe, leia-se o interessante post do meu mui citado mestre JAM, em O Tempo Que Passa.

segunda-feira, maio 29, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

29 de Maio

- de 1453. Constantinopla é conquistada pelos Turcos, que lhe dão o nome de Istambul. É o fim do Império Bizantino. Marca, na cronologia histórica, a passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
- de 1660. A monarquia inglesa é restaurada na pessoa de Carlos II, representante da dinastia Stuart. O rei casará mais tarde com a infanta portuguesa D. Catarina de Bragança, filha de D. João IV.
- de 1848. Criação da Carbonaria Lusitânia, sociedade secreta, fundada em Coimbra, defensora do regime republicano.
- de 1915. Teófilo Braga é proclamado presidente da República, em substituição de Manuel de Arriaga, que se tinha demitido do cargo. Completará o mandato deste até 5 de Outubro de 1815.
- de 1917. Nascimento do Presidente dos Estados Unidos da América John Fritzgerald Kennedy, em Brookline, Massachusetts. Será o mais novo presidente americano.
- de 1953. Edmund Hillary e Narkey Tensing escalam, pela primeira vez, o monte Everest (tecto do Mundo com 8848 m de altitude), nos Himalaias.

Fontes: Portal da História.

(ver desenvolvimentos em Legítima Mente)

domingo, maio 28, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

28 de Maio [1]

- de 1357. Com a idade de 66 anos, morre em Lisboa D. Afonso IV, que governou Portugal durante 32 anos.

- de 1911. Primeiras eleições legislativas do regime republicano. A legislação eleitoral é praticamente igual à da monarquia, não sendo estabelecido um sistema eleitoral democrático. Há 850.000 eleitores, dos quais só 60% votarão.
[1] Retirado do Portal da História.
- de 1926. Um golpe militar iniciado em Braga e comandado pelo general Gomes da Costa pôs fim à 1.ª República. (Este assunto tem desenvolvimento interessante em O Tempo Que Passa).
- de 1933. Membros do Partido Nacional-Sindicalista, os «camisas azuis» chefiados por Rolão Preto, surgem fardados nas comemorações do 28 de Maio realizadas em Braga.
- de 1940. A Bélgica rende-se aos alemães.

- de 1952. É inaugurado no Porto o Estádio das Antas.

- de 1961. A Amnistia Internacional é fundada em Londres pelo advogado Peter Berenson. Tendo lido que alguns estudantes tinham sido presos em Portugal, lançou uma campanha para a sua libertação com o nome Apelo à Amnistia.

- de 1975. As sedes do MRPP são ocupadas pelo Comando Operacional do Continente (COPCON), comandado por Otelo Saraiva de Carvalho, que prende alguns dos seus dirigentes.
Ver desenvolvimentos em Legítima Mente
Fontes: Portal da história; História de Portugal em Datas, Círculo de Leitores.

sábado, maio 27, 2006

Hoje ... de Outros Tempos

27 de Maio

- de 1823. Sublevação militar dirigida pelo infante D. Miguel, filho de D. João VI, conhecida pela Vila-Francada. Terminou com a primeira experiência liberal portuguesa, iniciada com a Revolução de 1820.
- de 1834. D. Pedro IV é apupado no Teatro de S. Carlos, quando assistia à representação do Il Pirata, de Belini, devido à amnistia proclamada pela Concessão de Évora-Monte. Terá um ataque de hemoptises e adoecerá. Morrerá em Setembro seguinte.
- de 1871. Antero de Quental lê o texto das Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos, no decurso das Conferências Democráticas do Casino Lisbonense, mais conhecidas por Conferências do Casino.
- de 1974. É afixado em decreto o primeiro salário mínimo nacional, Esc. 3.300$00 mensais.
- de 1980. É restabelecida, em Coimbra, a tradicional festa da Queima das Fitas. A festa tinha deixado de se realizar em 1969.
(Tirado do Portal da História)
Pode ver os desenvolvimentos no Legítima Mente

quarta-feira, maio 24, 2006

Boas Vindas ao 1º Parceiro no Publicista

Que as "Letras do Pensamento", o "Observatório Social" e os "Horizontes da Academia"

Sejam para si espaços de expressão que se dispam da 'poeira' que traz a inibição e o bloqueio pelo medo, o constrangimento de quem vive condicionado, ou a hipocrisia dos ignorantes. E assim sendo, que estes não sejam os únicos meios que aqui encontre para manifestar a criatividade que adivinho em si, e que certamente saberá 'publicitar'.
E porque de uma parceira se trata, aproveito o ensejo para também lhe dedicar este poema, simples mas muito sugestivo de quantos vivem como pensam, o que por certo será um bom exemplo de uma das músicas que aqui quero fazer reviver, porque vale a pena, em mensagem psi ... . Como veremos, este é para si 'terreno' caseiro, o de necessitarmos de traduzir as letras de músicas feitas em comunhão de sentimentos com os seus destinatários ... que bons que foram estes anos de uma musicologia com apogeu, talvez, naqueles mágicos anos 70 ... muitos vamos esperar por esses posts, Ana Márcia! Obrigado!

Three Roses

Sitting by the fireside with a book in your hand
Two lazy dogs sittin' watchin' your man
Three roses were bought with you in mind
Three roses were bought with you in mind
I gotta stop and see what I'm on about
Stop and feel what I want I gotta
Stop and see what I'm on about
Stop and feel what I want with you
Ah

Walking through a wonderland, I got you by the hand
Every move we made, just as if it were planned
Three roses were bought with you in mind
Three roses were bought with you in mind

I gotta stop and see what I'm on about
Stop and feel what I want I gotta
Stop and see what I'm on about
Stop and feel what I want with you
Ah

(album America, dos America)
America - Three Roses (America)

terça-feira, maio 23, 2006

Fiat Lux (Tiradas de Reflexão Pura)

E porque há verdades verdadeiramente platónicas ...

Já não sei como me destrinçar, no pensamento, entre as rubricas que comecei a assinar como "Cogitadelas" e estas "Tiradas de Reflexão Pura", que começaram no Fiat Lux, esse blogue para o qual me acabou o tempo que lhe poderia ter dedicado. Mas não se pode fazer tudo sozinho, e porque é demais ter blogues a mais, vamos lá a ver se mantemos "vivos" estes a que dedicamos tempo, esforço e, por que não dizê-lo, algum afecto (ou mesmo amor)!
Lembro-me de ter assistido a algumas sessões de 'esclarecimento' de seguidores do Guru Maharaji, na época em que estava em moda a filosofia oriental de raíz hindu, como por exemplo, em Lisboa, nos inícios de 70 ... Chamavam a estas sessões sat sang, que um dia me explicaram significar "proferir a palavra esclarecida, que vem de dentro de quem possui o conhecimento ...".
Sem pretender me auto-intitular de possuidor de uma tal "3ª visão", gostaria que estas minhas tiradas mais não fossem a expressão de uma pura reflexão, sem rascunho ou orientação metodológica com que podessem ser elaboradas. Isso poderá observar-se noutras rubricas que, aqui como noutros espaços de expressão, faço questão de assinar.
E porque estou para aqui a ter estas explicações? Porque tenho visto continuamente, nesta societatem portus calensis em que vamos deambulando, factos, artefactos e contrafactos ... que levam o mais simples do homo sapiens (sapiens sapiens para os mais ensinados) a ter de cogitar sobre o que vai assistindo, numa como que mera contemplação de estímulos da mais variada espécie, e que nos chegam a todos, de uma ou outra formas, mais cedo ou mais tarde. Ninguém está imune, nesta affluent society, a estas tão quotidianas infuências sociais.
Ontem vi mais um espectáculo deste estado televisionado, talvez não muito ou nada ensaiado. Mas lamentável, porque foi de fazer inveja ao famosíssimo "O Juiz Decide", de há uns anos: de um lado, JPP e RC a defenderem a comunicação social e o seu papel institucional; de outro lado, MMC e ER a quererem confirmar as teses conspiracionistas, mas a continuarem a esquecer-se do que o meu mui citado mestre já diz no seu post de hoje, isto é, "quem anda à chuva molha-se" ou, diria eu, "com ferros matas, com ferros morres".
E nesta pouco salomónica sessão "judicial" apenas me ressaltou uma plena constatação: há cidadãos, há cidadãos-ministros, e há sindicatos de cidadãos-ministros, sendo que a maioria dos que se julgam povo talvez ainda não caiba em nenhuma das categorias supra citadas (ou, contrariando Tocqueville, rege-nos uma pseudo-democracia porque, de modo cada vez mais evidente, sofremos com as bestiais investidas de uma tirania da maioria de subservientes aos interesses de uma minoria crescente, em espécie e em número).
Por tudo isto me vêm à ideia os princípios subjacentes à filosofia platónica da governação, dentro do seu conceito de polis ideal. E, por mais que o seu discípulo de Estagira (Aristóteles) o quisesse ou quisesse contradizer (como o fez em várias das oposições filosófico-conceptuais que teceu), ainda não se redefiniu melhor forma de expurgar a figura ético-valorativa do homem político (estereotipado na sua definição de rei-filósofo), no que concerne a relação entre a titularidade de cargos públicos e a respectiva detenção de bens patrimoniais ... . Se hoje ainda assim fosse, não tínhamos assistido à procissão ao descalabro de sucessivos elencos governativos, nem à construção privada para fins pseudo-públicos de um W. C. que serviu para mandar 12.000 contos pela "pia abaixo"! ... Não, aqui há grande conspiração! ...?

segunda-feira, maio 15, 2006

Divulga por favor,

PEDIDO DE SANGUE

Por motivos de doença grave, um amigo está hospitalizado à espera de ser operado. Ainda não foi porque tem um tipo de sangue raro, B- (só pode receber de B- ou O-).
Pede-se a quem tenha este tipo de sangue que contacte, com urgência, os seguintes números:
Luis de Carvalho: 931085403
Pedro Leal Ribeiro: 222041893 FAX: 222059125
Se não poderes ajudar, divulga esta mensagem. Não custa passar, hoje por ele, amanhâ por ti.
Obrigado

domingo, maio 14, 2006

Somos aquilo que temos

O que resta dos cantinhos do céu português! Quando já não se luta por um pedaço de pão, com ou sem militares, com ou sem maçons, com ou sem revolução!

Poderia ser mais um Mire On Local. Mas não chega a isso, pois apenas nos ficamos pela simples contemplação deste bocadinho de mare nostrum, já não tão nosso enquanto alguns continuarem a querer vendê-lo a troco das contínuas prebendas com que desenham o espraiar das suas evolutivas carreiras pseudo-democratistas, tão encastadas no vício da ganância rapineira quanto as mediáticas fantasias da sindicância do políticamente correcto em que tecem esta democratura.

Também poderia evocar este triste dia de 1915, marcado por "tumultos violentos em Lisboa com assalto a armazéns e a padarias de multidões à procura de comida" 1. Neste mesmo dia, republicanos com a participação de civis (enquadrados prela Maçonaria) e militares, levam a efeito um movimento revolucionário que custou centenas de mortos e feridos e levou à derrocada do Governo" 2. E proclama-se de novo a República.

O 1.º sargento Alexandre de Carvalho, com um grupode revolucionários à porta do Arsenal de Marinha.
Hoje, proclama-se ainda a democracia quando uns se fecham nos cofres em que encastam o espólio da rapina, e outros já nem tentam reclamar o que outrora não carecia!

ÓH, poeta de Coimbra, volta a cantar:

Gaivotas, que o vento norte não traz
Notícias, que tardam sem razão
Ficarei aqui à espera
Ainda que seja quimera
Teu regresso acontecer
Ficarei até morrer!
Ficarei até morrer!

E, olhando esta maré vazia, contemplando ... a razão me entoa na alma que:
La pensée du Jour: somos aquilo que temos!
(1) Portal da História.
(2) História de Portugal em Datas, Círculo de Leitores
.

domingo, maio 07, 2006

Fiat Lux (Tiradas de Reflexão Pura)

A pandemia dos vírus sociais – ou a social paranóia do parasitismo.

1. Olha para mim, Portugal! Sim, olha, porque sei como olham para ti, e penso como em ti pode acontecer o mesmo que a qualquer um, enquanto cidadão que em ti vive, pensando em nós: tenho reparado nesse “organicismo social”, que te pensa como se fosses esse corpo social em que se querem instalar os que te vêem enfraquecer mas nada fazem por ti, mas em ti querem transformar o seu sonho nessa realidade irrealizável, alimentada pelas fantasias com que em ti constroem as suas utopias. E para isso te querem fraco!
2. Olha para mim, que te quero bem. E por que em ti quero bem, também me atacam os seres da intolerância social, que se agarram às tuas como às minhas fraquezas para se poderem adaptar ao fim único que é a tua degenerescência, única via para dominarem o corpo em que se alojam e de que se alimentam.

3. Mais: na guerra das metamorfoses, em que tais seres iludem aqueles em que se apoiam, como método de descodificação do sistema social que rejeitam (uma espécie de alien social undercover), sobressai essa latente capacidade de mutação virulenta, constituindo a sua arma estratégica mais poderosa, e para a qual não há antídoto conhecido, nem social ou biologicamente eficaz, tal é a implacabilidade com que transformam o corpo que habituaram a pensar na sua regeneração.


4. É por isso que, nesta tendência de degenerescência social, não há regra que se traduza na confrontação dicotómica entre esquerdas e direitas. Não! Mas, nesta saga de lutas pelo corpo social, vejo agora com mais clareza as posições mais ou menos radicalizadas de quem se barrica pelas direitas, tentando encontrar inimizade nos que, já “enfermos” do complexo de esquerda, não conseguem discernir na propaganda da cura ilusória o mal de que se alimentam esses que lhes prometem bem.


5. São estas as consequências das mutações dos vírus, de que a sua correspondente societal também sofre: uma vez atacado o corpo (a sociedade) os anticorpos são os primeiros a agir e, por isso, os primeiros a eliminar ou a iludir pelos seres ‘alienígenas’ que se adaptarão ao alvo (corpo hospedeiro), como se disse, através de mutações necessárias à sobrevivência que, de outra forma, não atingirão. Esta adaptabilidade é, assim, condição indispensável à prossecução dos seus objectivos: sobreviver, mesmo à custa da vida alheia, estando nesta o próprio corpo em que subsiste a sua alienação, procurando finalmente controlá-lo e dominá-lo. Depois desta fase (autêntica convulsão social), o corpo hospedeiro pode atingir o caos e desaparecer. Assim, será transformado num outro ser (sociedade) propícia ao desenvolvimento das pretensões vencedoras (estado de pandemia social).


6. Não podemos deixar de abstrair desta reflexão a eventual vigência de um novo PREC. A confirmar-se será, actualmente, mais subtil do que em qualquer outro período pós-revolucionário, pelo que importará esclarecer as nossas consciências cívicas, já vivenciadas em factos e conjunturas historicamente análogos, através da sublime evocação de uma simples lição de dignidade popular, manifestada em exortações como as que aludem à coragem de enfrentar os que, aparentemente, continuam a iludir-nos:

Todos, que tendes falado por mim,
Apenas vejo o que me mentem
Será por pensarem assim
Que eu vejo o que não sentem?

7. Devo, por tudo quanto nos interessa nesta questão, reler e seguir mais aprofundadamente as lições do meu primeiro mestre na ciência política, a quem desde a leitura do Novíssimo Príncipe, tenho citado com alguma frequência para realçar a fidedignidade das fontes com que sustento as minhas conjecturas e reflexões. Mesmo as que, partindo de inspirações nascidas na inquietude da minha existência social, cedo se revêem nos infortúnios a que a sociedade vai assistindo e que nos espíritos se reflectem.


8. Vou, assim, empreender mais uma revisitação à “Luta escalonada” [1] pelo Poder, e tentar melhor perceber o comportamento desses ‘vírus sociais’ que andam por aí, sediados em tudo quanto são organismos institucionais [2], constituindo uma como que sede real do Poder [3], dado que, mesmo electiva e formalmente emergente num sistema representativo, esta força está socialmente activa em todos os domínios e com uma influência institucional muito acima do valor da sua legítima representatividade eleitoral.


[1] Moreira, Adriano JA, Ciência Política, cap. IV, §3º, Almedina, Coimbra, 1984.
[2] Assinale-se que, por coincidência ou não, é pelas lições do mesmo Professor (AJAM) que comecei a percorrer os caminhos que, na academia, levam ao entendimento e apreensão da importância social do institucionalismo. E, porque também faz parte dos conteúdos que lecciono, não deixa de ser devidamente salientado nos meus ensinamentos.
[3] Moreira, Adriano JA, ob. cit., cap. IV, § 1º.