sexta-feira, maio 14, 2010

Que saudades ... de futuro que já foi presente (!?...)

Depois de já tantas notícias que fazem correr tinta na imprensa e, talvez, sangue em muitos corações, sobretudo os dos mais desamparados, não posso deixar de exortar este sentimento, simultaneamente de solidariedade e de revolta, por este Estado a que chegámos.

Em dias de visita papal, com os nossos corações ao alto e as almas tão cabisbaixamente contemplando a desgraça em que estas águas da desdita nos mergulharam, com muitas carpideiras a aproveitarem as gotas de chuva com que o Céu, connosco, também chorou.

Em que se nota que, mesmo acorrentados a esta miséria que nos ensinaram a cultivar o egoísmo de todos e as ambições desmesuradas de muitos, saberemos aguentar muitos "cabos de tormentas", pois esta terra de Santa Maria deu-nos um ADN sócio-humano com que cada um de nós sabe reconhecer-se, resistir e defender. Por isso, todos esses saberão dizer Pátria querida, e relembrar que, em Fátima, se proclamava:

"Ó glória da nossa terra,
Que tens salvado mil vezes,
Enquanto houver Portugueses,
Tu serás o seu amor." (1)

Também me lembro, por tudo isto, daquele outro cântico de exortação colectiva, em que, sem vergonha, sentíamos orgulho de ser portugueses:

" (...)
Cale-se a voz que, turbada,
De si mesma se espanta,
Cesse dos ventos a insânia,
Ante a clara madrugada,
Em nossas almas nascida.
E, por nós, oh! Lusitânia,
-- Corpo de Amor, terra santa --
Pátria! Serás celebrada,
E por nós serás erguida,
Erguida ao alto da Vida!

(...)" (2)
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Foto picada aqui
(1) Retirado daqui
(2) Retirado daqui