domingo, dezembro 30, 2007

Cogitadelas de fim de ano

Qualquer dia Portugal não deixa traço!


Reparei em como a foto picada das notícias impressas aqui referidas ao nosso PM foram suprimidas da net! Será possível que alguém ainda queira chamar a isto democracia?!!!

De repente, dou comigo, em casa desse meu amigo de há longa data, a referir a plena naturalidade das minhas orações, sem momento nem lugar estipulados, por qualquer ritual, rotineiro ou não. E alguém me sugeriu, dentro de toda a espiritualidade, as virtudes do Reiki. Fui ver! Gostei! Hei-de lá ir, prometi eu a essa simpatiquíssima amiga que ali conheci! O Universo tem energia que passa por aí! Obrigado.

E, já que estou nesta onda semi-mística, com a tendência virada para as frequências introspectivas, recordo-me de, em pequeno, ficar uns bons minutos a contemplar os flashes de luz interior que o esfregar os olhos fechados, antes de dormir, me provocava. E via uns relampejos parecidos com a imagem que aqui deixo:

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Memórias ... de apetecer!

Cubro-me de espanto
sereno e vivo
a contento
num remorso inevitável
qu'a alma roída!

Ah! Se eu pudesse...!
ainda hoje, mesmo
traria a flor traída
por cobardes vendida
por todos largada!

Ah! Como se nada
tiveramos na mão,
estendida
arremessada
para dizer não!

Cores de nada servem
símbolos fora de tempo
só juntos convergem
no rio de esperança
que há-de crescer!

Nem que para tal
ergamos as mãos,
gritemos, serenos
irmãos já fomos!
Onde está Portugal?!

JRC ("Lamentações")

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Mais um abraço plural

Nestes meus 'vols de nuit', com saudades do Cascais Jazz, no seu Pavilhão Dramático dessa vila, sou transportado, ao ler a evocação de meu mui citado mestre JAM, no seu post de hoje (tanto quanto estas "mestiçagens culturais" sempre me trouxeram), para aquele cosmopolitismo que o Tejo traz e leva, com cheiro a rio e maresia, onde a mente tenta sempre ser o que aqui ainda não foi e, por isso, quando for já não é, o qual nunca será demais lembrar, qual dança espiral que nos traz vida, dizendo sim, dizendo não ...! Vivendo, navegando, trazendo aí o pensamento que a vida constrói, fazendo em nós as mestiçagens que nem os tempos negam, gravadas na pele da nossa imemorial humanidade!

terça-feira, dezembro 18, 2007

Para o meu pequeno Manuel

Mensagem de Natal num ... "papagaio"!

Com tristezas vou vivendo o nome Manuel. De muitos que me rodeiam, nem todos com boas intenções, aquele a quem escrevo esta dedicatória é o meu mais velho, a 'navegar essas águas' da aventura em terras de sua Majestade ...! Mas a este, que muitas vezes me imagino a visitá-lo, como se montado num papagaio isso fosse possível, por terras lá ao longe da Mancha, trago no coração e no pensamento, talvez também no 'baú' das minhas preocupações! Mas sempre com aquele amor e carinho com que o trouxe ao meu colo!

Já não sei é se quem precisa mais de protecção sou eu ou ele. Mas que, por estas alturas solestícias de inverno, com a neve, as árvores de Natal e as boas aventuranças que nos atravessam o coração, estamos em elevado estado de graças, com ou sem alinhamentos astrais, lá isso estamos! E, com maior ou menor necessidade de protecção, em estado de maior ou menor felecidade em que se encontre, dedico, este Natal, esta música do Bono ao meu Manel! Com um grande abraço do pai! E dos maninhos também! Esperamos ver-te. Quando quiseres ou puderes!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Ainda vale a pena dizer "Deus não Dorme"!

Retomo, quase que a contra gosto, a escrita nestas páginas sofridas pela angústia acumulada na 'cruz' trazida por quem tem de se sujeitar às maleitas que esta missão pública provoca, hoje em dia sobretudo nos que ainda se entregam ao dever de tratar todos por igual, porque na casa que é de todos ninguém tem títulos de exclusividade ...! Pelo menos, assim fui educado, assim me tornei um servidor público e, por isso, daqui ninguém me arreda! A não ser pelos meandros da kafkianice jacobineira, que ao contrário do que já publicamente quiseram fazer crer até às instâncias presidenciais, a maior onda de politização nas escolas públicas portuguesas, a começar pelos quadros dos seus orgãos de administração, vem das pseudo-esquerdas intelectualistas e aburguesadas q.b., com ou sem filiação nos partidos, hoje, tidos como da direita.

Como de costume, nestes meus postais de lamentações que a angústia promove, assim me introduzo nesta mensagem que, aqui e agora, mais uma vez tenho de apontar, ainda vinda do J Notícias, e sempre a dar-me a razão que eu, aprioristicamente, nunca pretendi, mas que os factos mais uma vez corroboram, a posteriori. Para aqueles que dizem que eu sou um Professor demasiado exigente, e principalmente para esses quantos me tentam derrubar, hipócrita e cobardemente, através de processos e mais processos (ainda agora com mais um de averiguações, que é para não lhe perder o gosto), tomem lá "que é democrático"! Deus não dorme!
(o sublinhado a vermelho é da autoria do Publicista).

O recado foi claro em democracia, quem decide tem de estar preparado para ouvir "a voz do povo". A circunstância era a educação e as palavras as do presidente da República, alusivas ao diálogo do Governo com os professores. E o contexto foi a assinatura de um protocolo para combater o insucesso escolar em Matosinhos, rubricado por autarcas, empresários e escolas.



Presidente diz ser necessária cultura de exigência no ensino


"Espero que o diálogo de todos os intervenientes no processo educativo se possa aprofundar", disse Cavaco Silva, lembrando que os professores têm um "papel decisivo" naquele que é a "instituição inclusiva por excelência" - a escola - e que a sociedade portuguesa "tem de contar com a sua motivação, a sua dedicação e o seu entusiasmo".


O presidente aproveitou para saudar a "resposta extraordinária" dos empresários aos seus apelos para que apoiem projectos de inclusão social. Bem como as autarquias de Paredes e de Matosinhos por lançarem parcerias locais com empresários na área da educação.

A deslocação a Matosinhos visou assistir à assinatura de um protocolo para promover a inclusão social dos alunos do 3º ano do Ensino Básico. Isto porque as estatísticas oficiais indicam uma taxa local de insucesso escolar de 19,1% entre esses estudantes, enquanto o abandono escolar é de 2,7% neste grau de ensino. Para inverter o quadro, o protocolo prevê um investimento de 500 mil euros, em dois anos, para reduzir o insucesso e o abandono.

Mais tarde, já em Alcanena, na inauguração do 17º Centro Ciência Viva do país, o Carsoscópio, Cavaco Silva voltou a abordar os problemas da educação, afirmando que estes não se podem resolver sem exigência e que o "ciclo depressivo" na aprendizagem da matemática não pode ser quebrado com "a desculpabilização do insucesso".

"Aprender exige disciplina, trabalho, exige esforço da parte de professores, pais, da comunidade, mas também muita disciplina dos alunos", insistiu o presidente da República. (…)”

domingo, dezembro 09, 2007

Despertai, com o troar dos canhões negociais ...!

Lembro-me da "Guerra e Paz", na premiada versão de Bakhunine! E de tudo o que me faz lembrar as revoluções dos imperadores, com "a liberdade na ponta das baionetas"!

Vejo e revejo-me, como quase sempre, nas frases tantas vezes inconvenientes de meu mui citado mestre JAM, agora em jeito quase peripatético deste seu postal, sobre a cimeira UE-África. E não consigo esquecer as palavras, envoltas em melancólicas melodias, deste trecho dos Pink Floyd: