sábado, novembro 29, 2008

Deixem o "Zé" trabalhar, pá ...!!!

Mais uma fogueira que aquece a pena de muitos opinadores; e uma metafórica "alegoria da caverna" da escola actual ...

Volto a ler o meu ex-colega iscspiano "Jó-Jó". E, já o disse, lá que ele tem talento, também me parece verdade. Mas nem sempre se acerta! Porquê?:

- errare humanum est, diriam alguns jus pensadores ...;
- são pedradas fora do alvo ...;
- o tipo não gosta do outro ...;
- os jornalistas têm sempre algo que dizer, seja do que for ...;
- está a defender a sua causa (?) ...!!!

Bom, o que interessa é o que este ex-colega jornalista alega para criticar as justificações apresentadas por aquele designado e (parece) desafortunado representante dos lisboetas (José Sá Fernandes), quanto às suas desavenças com o bloco partidário (há por aí mais blocos do que se pense ...) que escolheu para esse efeito. 

Numa palavra, depois de tantas que o autor do artigo que se segue empregou para concluir por tão pouco, qualquer eleito, seja para que instituição democrática for, deve representar (é o instituto da res presentatione)  o que aqueles que o designaram esperam que faça (para isso lhe conferem um poder mandatário, não para outra coisa, como, por exemplo, servir interesses partidários, mesmo que estes sejam legítimos, democráticos e programáticos).

Mas, como diz o ditado popular, "não há fumo sem fogo". E lá que o "Zé" tem de se explicar bem, sobretudo depois da conotação que lhe está a ser rotulada de apêgo ao poder, lá isso tem. Para defesa, não só da sua alegada honorabilidade, mas dos tais interesses primeiros (mesmo que não os maiores) que são os dos representados que o elegeram.

"O Bloco largou o "Zé"

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O "Zé", aquele que tanta falta fazia a Lisboa, já não é "provedor do cidadão", lamenta, amargamente, o Bloco de Esquerda. É capaz de ter razão: José Sá Fernandes parece outro. Está mais institucional e menos disponível para desembainhar a espada. Devem ser efeitos da "real politik", um vírus que lhe corrói a alma desde que começou a andar de braço dado com António Costa. Suspeita-se que passou de provedor a "provador". Tomou o gosto ao poder, esse supremo afrodisíaco que perde por completo a eficácia se tiver de conviver com a contestação.

No entanto, como se diz no futebolês quando o jogador falha o remate decisivo, o Bloco só pode queixar-se de si próprio. Adquiriu peso eleitoral às cavalitas do "Zé" e ganhou poiso no governo de Lisboa graças a um acordo com o PS, que subscreveu de livre vontade. Se concluiu que o seu representante no Executivo não cumpre o programa político, tem todo o direito de romper com ele. Tem é de pagar as favas, porque sendo independente não o pode substituir. É este o ponto que interessa discutir. Mais do que a guerrilha em ano pré-eleitoral.

Em Portugal, onde um dos temas predilectos do anedotário são "os políticos"- labéu atirado à ventoinha, indiscriminadamente, que em conversas de café significa pessoas pouco recomendáveis, potencialmente desonestas - fica sempre bem imputar aos partidos todos os males do Mundo. Por contraposição, ser independente cai no goto. Foi por isso - e pela combatividade demonstrada enquanto cidadão civicamente empenhado, concorde-se ou não com as causas defendidas - que o Bloco "recrutou" Sá Fernandes. A estratégia pouco teve de original. Muitos outros partidos acolhem independentes no regaço, por causa do seu valor no mercado eleitoral.

Desde que a lei permite candidaturas independentes, apenas até ao nível municipal, uma tendência tem vindo a manifestar-se: poucos são "genuínos". Abundam casos de ex-militantes de partidos que, de um momento para o outro, se viram contra a "casa-mãe". Alguns até têm assento na sala de reuniões do Executivo lisboeta. Com frequência, esses independentes apresentam-se como "puros", regeneradores do sistema, cheios de boas intenções. Prontos a denunciar as malévolas maquinações dos partidos de que na véspera faziam parte.

Sá Fernandes não encaixa neste perfil de ressabiado, é certo, porque que se saiba nunca teve cartão partidário. Mas não resistiu a lançar a "boca": o Bloco move-se, afirmou, por "interesses partidários" (o tom negativo fica nas entrelinhas). Só duas perguntas muito simples. Por quais haveria de mover- -se? É ilegítimo que os partidos tenham "interesses" ou só os individuais são admissíveis?"

Por isso, recomendo ao meu antigo colega de Escola que consulte, por exemplo, um amigo comum (como o M. Meirinho), numa pausa como aquelas de almoço no refeitório de Escola, e que lhe pode dar uns conselhos mais especificados nesta área da coisa política ...! 

OK, Paulo?!
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Recomendo, como em projecção do que se deve depreender ou "ler" para além das palavras, uma observação atenta à mensagem desta conhecida autora:

"No liceu há 50 anos

Nestes tempos escolarmente muito conturbados, lembro-me muitas vezes dela. Não me lembro do nome, mas nunca hei-de esquecer a sua voz mansa, o cabelo todo branco (embora ainda fosse nova), o casaco comprido castanho, e a malinha enfiada no braço.

Tinha vindo de outra escola, e também não aqueceu ali o lugar: eram tempos complicados, e pensar pela própria cabeça (e - pior do que isso - pôr os alunos a pensar pela deles) pagava-se caro.

Nunca soubemos o que lhe aconteceu. Como na cantiga, "às duas por três chegou/ às duas por três partiu".

A primeira vez que entrou na nossa sala de aula, olhou para todas como se não soubesse o que havia de nos dizer. Depois abriu a malinha. Da malinha tirou um livro.

Um livro muito pequeno, de uma colecção chamada "Miniatura". Voltou a olhar para nós, abriu o livro e começou a ler. Era uma história estranha, que se passava numa terra que nem sabíamos onde ficava, uma história onde não havia mulheres a apaixonarem-se por homens que não lhes ligavam nenhuma, ou exactamente o contrário, como nos romances da "Biblioteca das Raparigas", que habitualmente líamos.

Era a história de uma terra aparentemente normal onde, de repente, começavam a aparecer ratos mortos, muitos ratos mortos. E, depois dos ratos mortos, começaram a morrer pessoas, muitas pessoas, até que alguém ordenou que a cidade fosse fechada.

Foi assim que nós, meninas de 15 anos, num liceu lisboeta no Portugal salazarento de finais dos anos 50, nos apaixonámos todas pela "Peste", de Camus.

A seguir à primeira leitura, ela explicou-nos quem era o autor, que terra estranha era aquela Oran onde tudo se passava, e disse-nos que estivéssemos sempre com muita atenção, porque às vezes as histórias tinham de ser entendidas para além das palavras.

Nos outros dias, tudo se processava da mesma maneira: entrava, abria a malinha, tirava o livro, "ora vamos lá ver onde ficámos da outra vez" - e lia.Sem floreados, sem "powerpoints", sem "Magalhães": a sua voz e mais nada. 50 minutos depois, a campainha tocava, ela fechava o livro, metia-o na malinha e saía.

E nós saímos da sala meio atordoadas, com a sensação de sermos muito mais adultas. E, no recreio a seguir, nunca tínhamos vontade de falar.

Não, evidentemente que "A peste" não fazia parte do programa! E as aulas que ela nos dava não eram de Português, ou de Francês, ou de outra disciplina curricular.

Acontecia apenas que tínhamos duas professoras que faltavam muito. E ela vinha, pura e simplesmente, dar-nos aulas de substituição."

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PS: Há alguma reserva de direito de imagem para as fotos dos autores dos artigos de jornal? Ou tenho de pagar direitos de autor? Será algum crime de exposição pública ou de apropriação de direitos alheios?
Vá lá, deixem estar as fotografias dos autores citados, já que se indica a respectiva fonte (ver links). OK?

Cmprimentos e um abraço

domingo, novembro 23, 2008

Estou longe de Mim, Cidade!


Pat Metheny & Charlie Haden: "Message to a friend"

Cidade que não me lembra não cabe na memória viva dos dias que vou lamentando! Porque na vida e na memória de cada pessoa há uma "civitatem"! Mas refiro-me a essa cidade que sabe como formar a força de carácter nos indivíduos que a vivem e, assim, nela sabem laborar e desenvolver!
E, porque nela se formam e nela aprendem a amar e a ser, só esses melhor a sabem estimar e defender - eis a base em que se pode fundamentar toda a antítese aos que gostariam de tornar realidade a fantasia de que qualquer indivíduo a quem seja reconhecida cidadania está apto, só por esse facto, a assumir o papel e a desempenhar quaisquer funções de serviço público. Pode, até, haver cidadãos com vocação e competência para algumas das funções públicas, mas se lhes faltar o carácter que só a civilidade pode proporcionar aos indivíduos que nela se formaram e que, por isso, a vivem, essa vocação e essa competência estará sempre incompleta, inacabada, será praticamente inoportuna!

Portanto, cidade que não "alimente" os seus cidadãos com o carácter que é preciso para nela aprenderem a cultivar a comunhão no "Nós" é uma entidade que não merece esse estatuto. Nem os seus habitantes o terão, só por si, a não ser por vias extrínsecas à sua origem. Não foi esse o caminho das civilizações, nem é essa a natureza da polis! Porque é naquele pedaço de força de vontade humana que se reconhece em si mesmo que reside a liberdade de se sentir senhor e servo, servidor e servido, pedaço de um todo a que se pertence e, nessa consciência, se ama - quem não se ama assim não se revê em nada que não seja ele próprio (eis o princípio do egoismo social)!

Ora, de onde agora estou nada há em mim! Nada de mim! Para mim apenas o que consigo de mim, comigo e com pouco(s) mais! Praticamente tudo me é alheio (no que é socialmente relevante), e em muito do que aqui vivo reina a adversidade! Desta forma, mesmo na urbe (exactamente ao contrário do que muitos e muitos pensam) os ramos desviados definham, as vias de civilidade entopem e os fluxos de vida congestionam!

Então, os rostos humanos coram com os protestos e o desespero das almas!
Estou longe de Mim, Cidade!!!

(Cogitadelas, 12)

sábado, novembro 22, 2008

Memórias do passado que já era futuro!

Com um grande abraço cheio de afecto, "Do Minho a Timor"

Vejo, no relance em que chego a Guimarães, que já ninguém se vê nas vias públicas, aconchegados ao calor interior das casas. Mas no Centro Cultural Vila Flor está a acontecer o Guimarães Jazz 2008, com um cartaz (ver aqui) de nomes que ainda não conheço na sua maiora. 

No entanto, ressaltam-me dois nomes: 
- quinta-feira - Billy Harper (um sax tenor que já tinha conhecido no Dramático de Cascais, em 1980 ou 81, se a memória for precisa ... Billy all black Harper ...); 
- e, na sexta-feira, umas pitadinhas de Trio já algures ouvidas deste pianista Kenny Barron, a fazer-me lembrar um Trio (Buster Williams Trio) muito semelhante, de que ele fez parte, com o Buster Williams (contra-baixo)

Já que não posso dedicar a Dili "Someday my prince will come" - Tokudo (do Buster Williams Trio), eis aqui um trecho musical muito próximo do que aqui, em Guimarães, foi exibido,



com nova formação:

- novo baterista, Jonathan Blake:

- e o companheiro de há já uns anos de Kenny, e não menos espectacular contra-baixista, Kiyoshi Kitagawa (a nova formação Kenny Barron Trio)


Chegado a casa em terras do Cávado, dou de caras com umas mensagens evocativas desse novo movimento de pretensões armilares de que tantos comigo falam, lembrando outras tantas evocações que encontramos, por exemplo, no Tempo Que Passa. E então vejo porque quis relembrar em foto, também, este pedacinho de muralha, que evoca o lugarzinho de onde tudo isso nasceu:


Então voltei.
E lembrei as pedras de calçada com que ainda está pavimentado o jardim do centro do Largo do Toural, tal como as pisava desde menino que ia para a escola primária (porque será que lá está escrito o nome Lisboa ?), olhando a torre da Igreja (de S. Pedro) com o mesmo relógio de sempre, que assinalava aos urbanos desta terra as partes do dia com que avançavam os nossos quotidianos, e ainda a fachada da loja que teima em manter (mesmo que de lado) o nome de meus avós maternos ...!



Por tudo isto deixo aqui esta foto para memória do Kenny Barron Trio



E esta de agradecimento por toda a atenção que me dispensou (com acreditação de imprensa para realizar esta pequena sucessão fotográfica ao concerto) a Drª Marta Ferreira e todo o seu grupo de trabalho (é um exemplo de profissionalismo incrível, que me deixa orgulhoso de ser vimaranense ...!) do Centro Cultural Vila Flor!


Bem hajam! Obrigado Guimarães, minha terra querida (ainda me lembro do hino da minha terra natal)!!!

O Prof. José Rodrigo Coelho

quinta-feira, novembro 20, 2008

Finalmente, teremos a categoria "Um minuto pela sua saúde"?

Tenho já algumas vezes falado com médicos que, quer na sua especialidade quer na medicina generalista, mostraram interesse e gostariam de participar aqui, no "Publicista", com artigos atinentes aos respectivos horizontes profissionais. Mas, ... ainda não obtive deles uma resposta definitiva.

A não ser, agora, que este Dr. Nivaldo Leão, com quem falei ainda hoje, realmente "encaixe" na questão. Por mim e não só para mim (certamente que, também, para muitos outros), teria muita honra e seria uma grande satisfação ver aqui expostas as suas observações médicas, que eu tenho certeza de que irão agradar muito a quem as ler (e, como lhe transmiti, também serão motivo de sua auto-satisfação).

Por isso lhe deixo, desde já, uma sugestão para o nome da etiqueta (categoria) que colocará nos seus posts: um minuto pela sua saúde. Ela já consta como a categoria deste post.

Oxalá. E muito obrigado, Dr.Nivaldo, pela parte do autor deste Blogue!

quarta-feira, novembro 19, 2008

Será que temos uma "Democracia Virtual"?

Fóruns TSF, politiquices, governança, jornalistas, "crises" que a todos cuida da pança!

Vou lendo e tentando assimilar as notícias, desde a capitaleira Lisboa que já não é a mesma de outrora (ainda há dias explicava isso a um barcelense, agora de serviço na PSP por essas bandas, que lindo era viver e ser cidadão nessa capital então única no Mundo ...!), até às novas e menos más de Dili, pela pena de meu mui citado mestre JA Maltez.

Por isso lhe comunico, ainda, sinais de tudo na mesma. Continuo a ir ao café e fazer o meu Sudoku, antes de entrar nas últimas do já aqui referenciado Senhor Pina (este é dos meus "inconvenientes"). Por acaso, dou de caras com umas de "Opinião" do meu ex-colega do ISCSP Jó-Jó (Paulo Martins), ainda há uns meses atrás ali revisto ...! Não sei qual deles melhor, nisto de escrever artigos de opinião. Apenas revelo aos meus leitores que vale a pena lê-los: mestre JAM, Pina e Paulo Martins. Com todo o apreço pelos demais, aqui deixo essas referências e justificações:


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"Jurassik Park"

Ontem

Começa a ser fastidioso falar da ministra da Educação. Afinal de contas, como Brecht diria, o Sol nasce todos os dias sem querer saber dela, o trigo cresce nos campos, as estações sucedem-se. Mas que pode fazer o pobre cronista, se ela se tornou, se calhar contra a sua vontade, o lamentável protagonista do filme hoje mais visto em todas as salas do país? Desta vez, a crer na TSF, Lurdes Rodrigues "reconheceu segunda-feira a dificuldade das escolas na aplicação do processo de avaliação dos professores" e já "admite alterar o sistema".

Durante o fim-de-semana, o argumentista ter-lhe-á escrito novos diálogos, pois ainda no sábado ela garantia no "Expresso" que não se passava nada. A explicação da inesperada evolução tem, tudo o indica, 150 anos, que se comemorarão em 2009, ano de eleições. E, como Darwin mostra em "A origem das espécies", o processo evolutivo de selecção natural implica que só organismos (incluindo ministros e maiorias) capazes de adaptar-se ao ambiente (e, no caso, que ambiente!) tendem a sobreviver. Resta saber se se trata de adaptação ou só de aclimatação ao tempo que faz.

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Um simulacro de regulação

2008-11-13

Num assomo de sinceridade, que só lhe fica bem, o homem que entre Agosto de 1987 e Janeiro de 2006 presidiu à Reserva Federal norte-americana assumiu recentemente ter-se enganado acerca da eficácia da "mão invisível" do mercado. Estava firmemente convencido de que ela reconduziria o sistema à sua genuína vocação, sempre que descarrilasse, dispensando intervenção externa, mas a erupção da crise financeira abalou-lhe as convicções. A moral desta história salta à vista. A Alan Greenspan foi confiada durante 18 anos a farda de "polícia do mercado" e ele aceitou vesti-la. Mas, lá no íntimo, acreditava que o sector financeiro não precisava de vigilância, corrigia-se a si próprio. Viu-se no que deu a crença. Ele também viu.

Greenspan não é Vítor Constâncio. O norte-americano é um neo-liberal dos quatro costados, o português membro de um partido socialista. É natural que o governador do Banco de Portugal (BdP) seja adepto da regulação estatal do mercado. A questão, portanto, não reside em saber se um remexe mais do que o outro no complexo mundo financeiro ou, sequer, quem é que tem mais vontade de exercer a supervisão. A questão está em apurar a real eficácia dos mecanismos de controlo, numa época em que a intervenção do Estado é olhada de soslaio e muitos gostariam, como propalavam os neo-conservadores que Bush arregimentou no primeiro mandato, de ter um Estado tão pequeno que pudesse ser afogado na água do banho.

Ao contrário do que possa supor-se, um Estado regulador não é um Estado "mais barato" (o argumento financeiro é o mais usado, quando se fala nestas coisas). Para efectivamente fiscalizar, o Estado tem de recrutar peritos e especialistas, sob pena de ficar refém da instituição regulada. Ora o Departamento de Supervisão Bancária do BdP, como ontem revelou o jornal Público, dispõe de apenas 60 técnicos, que nem fazendo todos os dias horas extraordinárias poderiam inspeccionar as 320 instituições financeiras do país, 40 das quais bancos. A intervenção do BdP, como reconheceu o próprio Constâncio, assenta essencialmente na análise de reportes enviados. E é escassa a sua autonomia - não faltam casos de transferência de quadros de bancos para o BdP e vice-versa.

Se a supervisão funciona assim (sem meios e, por isso, com enormes deficiências, como confirma o "caso BPN"), a culpa não é de Vítor Constâncio. Ou não é exclusivamente dele, que pressurosamente se propõe agora instalar equipas de supervisão nos principais bancos. A culpa é do poder político. Por isso vale a pena perguntar: o poder político quer mesmo que as instituições reguladores sejam eficazes ou prefere manter um simulacro de regulação?"

Um abraço a ambos (um dia procurarei encontrar-me com aquele Manel, palavra)!!!

De novo "em baixa"

Não sei se são os efeitos da economia, se das afrontas que vêm dos lados das desditas de maus costumes (porque lá que as há, las hay), o certo é que estou melhorando destas maleitas que as tais me vão pregando, e os seus carrascos carbonários respectivamente vão arquivando ...!

Mas cá me vou arranjando, com a ajuda de Deus, da minha família (que são os meus) e dos santos a quem me dirijo em meditação! E não paro! Estou, nesses entretantos, a tentar construir o meu domínio (depois darei todos os links). A expensas do meu bolso (pelo menos directamente, sem subsídios estatais)!

Que hei-de fazer para poder continuar a trabalhar com tanquilidade, sem as afrontas dos jacobinos do costume? Mudar de estabelecimento de ensino, como me mandam, imperativamente, os receituários médicos? Se assim tem que ser, vamos a isso. Já não é sem tempo!


Oxalá, com a ajuda de todos quantos me quiserem e puderem ajudar, institucionalmente ou não!

quarta-feira, novembro 05, 2008

5 de Novembro: o primeiro dia de uma nova era?

"We shall overcome, one day"!
Se a recordação de meu mui citado mestre JA Maltez "Lisboa é uma capital feita por subscrição nacional" representa, ao nível interno de Portugal, uma observação realista incontornável, o facto histórico deste 4 de Novembro (também dia de aniversário do meu primogénito David) traz-me, de novo, a esperança por mim interiorizada na minha adolescência, de que os EUA são uma representação, à escala planetária, daquilo por que todo o mundo anseia.

Então, eu diria que os Estados Unidos da América são um país, e mais ainda uma nação, feita por subscrição mundial. Essa é a grande, se não a maior, causa da sua força no mundo, e certamente a garantia que ao mundo pode dar quanto às expectativas que muitos cidadãos do Mundo nessa nação depositam.

Muito portuguesmente (na esteira da nossa simbólica esfera armilar, das nossas cinco quinas e dos nossos sete mares, e a nossa "Procura da República Maior"), não posso deixar de relembrar aquele momento discursivo, proferido perante uma das maiores concentrações populares que o Mundo já conheceu, exactamente com a mesma exortação que o candidato democrata Barak H. Obama dirigiu, afinal, não só ao povo americano, mas a todos os cidadãos do Mundo:

"I have a dream"



E que eu actualizaria, dizendo We had a dream, oh mighty God, that finally You may come true.
Se assim for essa a vontade de Deus, God bless you, Barak. Our heart and our minds will follow You!!!
Por isso, aqui deixo o marco histórico da sua campanha eleitoral. A génese do seu discurso mais espiritual não pode ser desmentida. Eis a raíz da esperança em todo o seu discurso político:




Oxalá!!!

PS: Em apreço pela honrosa missão que mestre JA Maltez tenta cumprir em Dili (Timor Lorosae), aqui deixo uma nota de discurso (do já eleito Barak Obama) que gostaria que ele passasse aos seus alunos e, se possível, que este fosse mais um bom exemplo para a unificação dessa tão simpática nação!!! Com mais um abraço de sincera amizade!

O Professor José Rodrigo Coelho