E, porque tudo se perfila com a "Anatomia do Terror", então eu digo:
Tenho estado a reflectir, também, sobre as razões quase subconscientes que me têm levado a não ser regular nas minhas postagens, neste ou noutros blogues que já criei. Sei de algumas dessas razões. Muito provavelmente, há outros ícones da subserviência pública e estatal, q. b., que o saberão melhor que eu, o próprio.
Tenho estado, mesmo debaixo de um período de descanso médico-compulsivo (dita baixa médica, derivado dessas circunstâncias de que os acima mencionados são bastante conhecedores e em que são exímios especialistas), a contribuir, directa ou indirectamente, para a retribuição a que a sociedade que me dá o vencimento mensal julgo ter sempre esse direito. E então lá vou escrevendo, criando ou repensando sobre tudo o que se reporta com a minha actividade académica e profissional. Aqui, neste burgo pseudo-condalense em que Deus quis que eu constituísse lar e mais família; e em Lisboa, onde, entre idas à Costa com a minha querida Mãe e os momentos que lhe roubo à sua solidão, não deixo de visitar e participar no que de mais vivo e notório emana da minha querida Escola que é o ISCSP, sempre em contacto com aqueles Professores que me dão o alento necessário para sentir e amar esta actividade que conquistou a minha paixão desde tenra idade. (Quanto já coloquei no prelo sobre este assunto, que um dia virá a lume, brando, brandinho, qu'é p'ra não haver ninguém que se possa dizer queimado ...!?).
Por tudo isto, e porque talvez não seja mera coincidência o facto de já ter começado a reler e a aprofundar leituras sobre o fenómeno, vêem-me à ideia a "
Anatomia do Terror", de Andrew Sinclair, "
Os Homens do Terror", de Hans Magnus Enzensberger, "
Globalização, Democracia e Terrorismo", de Eric Hobsbawm, ou "
Os Demónios", de Fiódor Dostoiévski. Não posso deixar de aconselhar, também, a abrangente antologia, com direcção do meu primeiro grande mestre em C. Política que foi o Prof. Doutor Adriano Moreira,
Terrorismo, de que já fiz uma pequena recensão oral.
Reporto-me, por tudo isto, a mais uma das "
opinadelas" deste já por mim mui citado colunista, cujo teor se
encaixa, historicamente, neste tipo de fenómeno (as)social:
"POR OUTRAS PALAVRAS
"Perfilados de medo"
A memória é de geometria infinitamente variável e, sempre que os propósitos não se compadecem com escrúpulos, como acontece na guerra, a História pode ser escrita, reescrita e apagada à medida das conveniências. Foi assim que a Orquestra Juvenil Palestiniana "Cordas de Liberdade" (bonito nome…) foi agora dissolvida pelas autoridades de Jenin, na Cisjordânia, por ter tocado para um grupo de sobreviventes do Holocausto.
Compreende-se: para quem, como certos movimentos islâmicos e seus simpatizantes na extrema-esquerda e extrema-direita europeias, o Holocausto nunca existiu, ou foi um "pormenor", também não podem existir sobreviventes do Holocausto. Ora tocar para inexistências é impróprio de uma orquestra juvenil, pelo que também ela deve passar a não existir. Se o próprio Estado de Israel ainda existe é porque o longo braço da ontologia islâmica lá não chega. Chega já, porém, ao Reino Unido, onde o Holocausto e as Cruzadas foram retirados dos programas de História com medo (o medo, esse mestre mudo, sempre foi o grande educador dos infiéis) de ferir a "sensibilidade" da comunidade islâmica."