Liberdade, agora, só no exílio!
"Por favor, onde fica o exílio?", é expressão já muito corrente do desagrado ou pelo desespero em último grau da tolerância psicossomática, ou de como o nosso corpo já não consegue suportar as violentas agressões dos intolerantes da déspota demagogia, vestida ou trajada a rigor em pseudo-democratas gerontocráticos e respectivas descendências (afiliadas ou sanguíneas), acossados de múltiplas cumplicidades secretamente cartorizadas por alguns dos que com eles não ficaram porque tiveram, mesmo nessa linha, o decente aprumo da assunção pública de tão claros desvios! E depois falam como se fossem os verdadeiros arautos da liberdade. Quanto não teremos todos de trabalhar para, ainda, termos uma réstia de esperança em voltar a vivê-la! Com esta gente não se pode viver o sossego da paz de espírito, o à vontade das consciências tranquilas, nem muito menos a liberdade de expressão que, eventualmente, os moleste! Eles insistem e, por isso, persistem no sistema que tão enigmática e ardilosamente engenharam, para o contínuo repasto que, sistematicamente, nos é nefasto!
Mas, … enfim … a persistência não se dá apenas à virtude, assim como esta também não apadrinha o vício ou a desfaçatez de quem se agarra a ela para dizer que é só sua, em jeito de cerimonial expressão de ciúme por quem naturalmente a evidencia, estando por isso constantemente à mercê das investidas da besta, com ou sem bestial "show" de blasfémias! É de bradar aos céus, a ligeireza com que tão vil figura, como a que faz o candidato presidencial do Partido Socialista, arrola as mais impróprias e inoportunas adjectivações aos que se lhe deparam pela frente, em justa, leal e pública competição! Nisso não perdeu o jeito, que é como quem diz tecer contradições apenas com afirmações que ninguém ousa contestar. Já vimos isso quando enfrentou, em manifesta desvantagem eleitoral, Freitas do Amaral, autenticamente rapinado pelas garras do “milhafre”! Mas também vimos estes dias que, sendo o ex-PM Cavaco tão mau quanto Soares o pinta, Sampaio teve muito menos razão para acabar com o governo de Santana do que Soares para com Cavaco! Por que não o fez? Agora, que ele se descobre a si mesmo, é que vem dizer que “o Presidente da República não governa”! Aquele senhor (se é que o é, porque tenho as minhas sérias dúvidas desde que o vi a tremer aquando de um também muito televisionado debate a dois, com o Dr. Basílio Horta, em que este quase o levou ao "brake down", cuja cumplicidade assim denunciada quase o obrigou a degenerar certamente numa histérica evocação da "valha-nos Deus a república, que eu até sendo ateu, com Ele também negoceio, e por isso o senhor veja lá como é que fala comigo...") está mentalmente esclerótico, politicamente amorfo, filosoficamente necrótico, humanamente depenante! É mesmo de meter pena, tal é o estado ridículo do coitado! Pobreza posta, cruelmente, a nú, pela sua própria irreverência!
Agora, talvez já nem esta República o valha, tal é a inutilidade política dos impropérios com que a presenteia, em tempos de provável intolerância dos que, agora, ocupam as cadeiras dos lugares onde já muitas vezes, democraticamente, o sentaram! Nem a santa liberdade nos acudará, se o eleitorado ainda não acordou para a realidade (há sempre essa possibilidade, pelo menos teórica), pois de nada nos servirá em tempos de vacas tão magras, tão magras, que ninguém calará esse pretenso pseudo monarca das tolerâncias do "faz de conta" e das "presidências abertas" que inaugurou hipocritamente, chegando mesmo a "dormir como um rei" no Paço dos Duques de Bragança da Cidade berço da nacionalidade. Só que ainda não foi daquela que conseguiu lá encontrar aquilo que nem os maçons que o acoitam alguma vez conseguiram. Mesmo no sítio onde a nossa liberdade como nação começou, há uns bons anos transformado num feudo socialista, mas que respeitosamente não responde, quando se trata de prestar vassalagem a quem nunca soube o que poderá ser ser-se rei.
Um português angustiado.