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Vou começar por onde se deve acabar: em última instância, ninguém tem a autoridade (de qualquer natureza) suficiente para afirmar a plena culpabilidade dos que não chegam a apreender a essência da vida orientada pela virtude.
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O mesmo é dizer que, mesmo dentro da imputabilidade directa e objectiva, deve a psicologia forense tentar explicar que, nalguns casos que pode (e certamente já o fez) tipificar, muitos dos comportamentos que todos adoptamos no nosso dia-a-dia terão muito a dever à virtude que, os mesmos, apregoamos defender, em muitas das manifestações de que somos autores, na praça pública ou em circunstâncias mais ou menos privadas.
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Por isso, ninguém pode dizer que este ou aquele acto que tenha praticado não é passível de ser avaliado na balança social, sobretudo aqueles actos que todos temos praticado e que defendemos ter origem numa aprendizagem sócio-cultural do meio onde nos desenvolvemos, de forma a crermos que, por esse facto exterior e superior a nós, não temos que prestar contas à nossa consciência ou à moral que dizemos seguir!