Que vai alta e plena de luz, sem perder pitadada do que a face da Terra para si não oculta não esconde, a não ser nos meandros que os acidentes, naturais e/ ou humanos desenham nos quotidianos por que todos vamos navegando, passando sem velas de vento que não se sente, e por isso não se vai como deveria ir, ou vai como não devia ir, como não devia ser, quando e onde não devia estar, e ninguém deveria ser obrigado a tal quando já é alguém que passou onde devia, quando é o que tem de ser, à luz seja de quem for ...!
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Oh lua que, tão alta vais, será que ninguém te ouve quando te vê, para ti olha e não te sente? Claro, há sempre alguém que te vê, te cheira e contempla, ouvindo a música que passa no teu lento passeio à luz das estrelas, que parecem invejar-te tão clara intimidade, no límpido que é esse lampejo prateante do teu olhar!
E por que será que outros se escondem, mas nem por isso deixam de te querer ver?
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Ao jeito dos paparazzi, ainda a noite começava
Será de vergonha ou de medo? Ou apenas hesitam em se expôr ao teu luar, para não mostrarem a face que ocultam à tua luz? Oh, Lua, que tão alta vais, tão plena de luz, sem perder pitada do que aqui vai, conta-nos um pouco do que sabes ver, que não deve ser pouco, de ti também precisamos para esclarecer o que não vemos, sem a tua luz que também não somos!
Oh Lua, como para nós podes ser tão bela?
Oh Lua, como para nós podes ser tão bela?