Como continuo angustiadamente entediado neste burgo pseudo-aristocrático de "gente fina"!
Dei mais uma volta, como há já algum tempo não fazia, por cantinhos desta terra, onde já residi, ainda contunuo a residir e aonde já não gostaria de habitar! Sabe-se que, como aqui, muito do que observei, ouvi e concluí poderia acontecer em relação a outras urbes do nosso portugalório provinciano e rurbano, a fazer inveja aos países que se dizem em vias de desenvolvimento, de realização civilizacional duvidosa. Mas ... cada um no seu canto. E eu, aqui deste por enquanto meu recanto, em vésperas de mais um dia que começo a comemorar sem razões de encanto, tenho de dizer o que encontro, pois como os outros pelos mesmos caminhos que eles ando, respiro, como e durmo! Enquanto nos vão deixando! Nunca será demais mostrá-lo!
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E de que me queixo? Não de muita coisa! Mas, como noutras circunstâncias, não é o móbil da queixa que lhe traz a gravidade, mas o contexto da sua aceitabilidade social: numa terra que, ultimamente, tem visto o seu povo (com muita ou pouca razão) fabricar "abaixo assinados" em série - lembremo-nos que, dos últimos, também o do protesto contra o encerramento da sua maternidade já provocou um autêntico movimento social -, pouco admissível será o "encaixe psico-social do que clandestinamente (com ou sem autorizações buricrático normativas) se vai construindo ou facilitando - veja-se o exemplo de garagens privadas com caixas de esgoto no seu interior;
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ou de autênticas lixeiras a céu aberto, a horas "de movimento",
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ou a 'perenidade' de obras que deixa muito a desejar, muito mais ainda que o tempo que demoram a concluir!
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Ou, ainda, que continue a fazer-se "mercado" num espaço tão bonito como o do seu Campo da Feira, com serviços hospitalares e das respectivas urgências a ser dificultado, semanalmente por causa do dito comércio
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e, todos os anos pelas Festas das Cruzes, a debitar decibéis de poluição sonora para qualquer um de nós que por lá passe e, mais especialmente, para quem tem de ir ou estar no Hospital com que o vil espectáculo se confronta.
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Cuidado! Amanhã, muitos dos que não querem saber do que aqui digo andarão vestidos de cravos vermelhjos, conseguindo trazer ao peito sentimentos que nunca perfilharam, pois nunca viveram, por dentro de si, a realidade que ainda não sabem ver, muito menos ser! Quem anda por aí? Será que ninguém dá uma mãozinha? Por favor, aonde fica o exílio?