sexta-feira, julho 07, 2006

Opinião ... de Outros Sítios

Fiquei a perceber, ainda mais conscientemente, o que significa terrorismo!
Dado que, ao receber um post do nosso companheiro "O Jumento",
"QUAL A DEFINIÇÃO DE TERRORISMO?
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Nestes tempos conturbados em que tanto se fala de terrorismo umas das maiores dúvidas que tenho é precisamente saber o que é terrorismo, e por aquilo que se lê parece que ser terrorista é não usar uma farda de um exército. Se uma bomba rebenta depois de ter sido colocada ou transportada por alguém que traja à civil estamos perante um caso de terrorismo, mas se um obus foi disparado por um exército caindo no mesmo local e fazendo o mesmo número de vítima, é um dano colateral ou, na melhor das hipóteses, um erro que vai ser investigado.
Para mim terrorismo é toda a forma de fazer uma guerra ou combater um exército inimigo recorrendo a técnicas que visam criar terror e vítimas entre civis, para dessa forma obter vantagens militares.
É evidente que quem matou ou feriu a criança que se vê na imagem vai ser cínico ao ponto de nem falar de erro ou dano colateral, vai dizer que a criança foi mandada por terroristas, muito provavelmente o pai, para ser usada pela comunicação social. Eu não sei o que chamar a isto, mas se fosse meu filho é muito provável que também eu viesse a ser um terrorista."

me cumpre participar no debate sobre o tema com a remissão para um dos livros do noso "Politilendo", em que o meu ex-mestre na Ciência Política Prof. Doutor Adriano J A Moreira é co-autor e coordenador:
"(...) Tem interesse averiguar porque é que uma sociedade internacional submetida durante meio século a um equilíbrio pelo terror, anunciado pelas armas estratégicas à disposição dos Pactos Militares, foi abalada ao ponto de geralmente se entender que se iniciou uma nova época em 11 de Setembro de 2001, a partir de uma agressáo que horrorizou o povo americano e o mundo ocidental, mas que não tem a dimensão de Hiroshima ou Nagasaki.
(...) Aquilo que parece resultar da análise não é a diferença de efeitos procurados, é sim apenas a diferença de titulares da acção, e de diferentes objectivos, mas sempre a submissão ao temor.(...)"
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[1] MOREIRA, A J Alves (Coordenador), et al., Terrorismo, Almedina, Coimbra, 2004, pág. 124.