segunda-feira, setembro 24, 2007

Sobre estes momentos de contemplação interior só me lembro de ... Dalai Lama ...!

É já noite, e ainda estou a preparar as minhas tarefas docentes, paternais, obrigacionais, conjugais e outras que mais, todas decentes, porque no meu espírito apenas vem pairar a aura que fui construindo, desde pequenino, ao colo de meus avoengos e vizinhos (que lindas comunidades vicinais se poderiam descrever naquela minha terra vimarânica, cheia de "cantinhos do céu", que dava para todos, ricos e menos pobres, plebeus, gentios, crentes e ateus, mas todos seus)!


foto picada de Olhares.com


O que sentimos que nos toca a imaginação mnemónica, nestes momentos que, de alguma forma, se libertam daquelas obrigações que este mecanismo societal teceu, não para a nossa felicidade, mas para que não possamos dizer a nós próprios que estamos a cooperar num quotidiano de vícios? Que a Natureza o não concebeu, a não ser através das fraquezas com que, assim, deixou o ser humano evoluir. Como que uma certa imperfeição divina! Pecado de ninguém! Ou do futuro, quando para ele corremos sem nos apercebermos dos erros que cometermos na caminhada das miragens!




Oh! Esta luz, que qualquer um pode vislumbrar, não tem qualquer centelha de anormalidade. Apenas o modo como a olhamos e sentimos nos provoca sensações apaziguadoras, que não nos invadem pelos olhos, não! Reconhecemo-las, isso sim, pelo encanto que dela já construímos dentro dos nossos corações e, com isso, sentimos a nossa anima iluminada! É por aí que começa a auto-revelação, se constrói a felicidade, e se vislumbra a aventura da eternidade!





Não! Não fui tentado a assistir a mais um qualquer espectáculo, desta vez, mesmo com um ser espiritual tão referenciável como o Dalai Lama! Não! Não preciso desse espectáculo. Ele sabe-o, e eu sei que ele o sabe, porque com ele estou muitas vezes, sempre que o meu espírito evoca a necessidade de, com ele e com os seus, acreditarmos firmemente, desde o mais profundo dos nossos seres e das nossas capacidades, que estamos seguros nas nossas convicções, dos nossos desejos, ideiais ou quaisquer outras aspirações, pois com isso não queremos monopolizar qualquer perspectiva diferente daquela com que outros, na mesma procura de Ser, nos pretendem impôr a Verdade. Eu chamo-lhe Liberdade segura, que é o mesmo que a inevitabiildade cartesiana do ser o que se pensa, lema fundamental dos que existem liberdadeiramente.