Nesta última do J Notícias, Pina, Manuel António fez-me lembrar uns alunos, há uns dias atrás, quando me aturdiam com as suas habituais atuardas, mas dessa vez pude perceber que, realmente, os alunos começam a ter alguma razão. Sim! O caso não é para menos: "... antes do 25 de Abril, segundo o que os nossos pais contam, a vida era melhor ...!? Não havia tanta desigualdade e as pessoas eram mais felizes, não havia tantas coisas mas, o que se ganhava chegava ...!?" Bem, ali fiquei eu a dar-lhes a ideia que estava surpreso com tamanha afirmação, tendo em conta o que de costume se passava com algumas das suas intervenções menos próprias, mais ou menos jocosas, mais ou menos em tom de brincadeira, ... sim, que isto de leccionar mudou muito ... (?) ... e lá retorqui eu que, há uns anos, na Introdução à Economia, até havia um manual da Disciplina que referia, a páginas tantas (quando, muito pedagogicamente, explicava a importância da definição de critérios de convergência real e não, apenas, nominal - taxa de inflação, % do PIB da dívida pública e os famosíssimos 3% do défice orçamental -, a cumprir pelos países da União Europeia. Sobretudo para países menos desenvolvidos neste espaço organizacional, como era o caso de Portugal), que o poder de compra (o salário real, face ao cabaz de bens e serviços de onde se aferia o IPC) era, em 1973, superior ao de 1995/6/7 ...! O que é também certo é que o dito texto de referência aos respectivos conteúdos programáticos da Disciplina desapareceu dos manuais da dita, e não era por falta de fidedignidade das fontes (com dados do INE e do Banco de Portugal); e que o velhinho de Santa Comba, com os seus autoritarismisinhos de trazer por corredores de São Bento, com almofadas para as sonecas de fim de semana e tudo - a passar 'recadinhos' para a semana seguinte -, neste contexto, era exímio, pois até o número de ovos postos pelas galinhas do quintal das traseiras da actual Assembleia da República mandava que lhe trouxessem. Aqui sim, cumprimento total e obrigatório dos critérios de ... economicidade ...!
Bom, tudo isto me lembra mais esta opinadela deste senhor já aqui há uns tempos apresentado:
"John Grisham arrisca-se a perder leitores em Portugal com a concorrência que lhe estão a fazer as novelas do BCP e do aeroporto. Enquanto a do BCP caminha para o último episódio e se aguardam as partes II e III, a intriga e o mistério adensam-se no "Estranho Caso do Novo Aeroporto". Os financiadores do estudo da CIP que provocou o emocionante "volte face" herói-cómico do "Alcochete Jamé" continuam encapuzados "com medo de represálias", mas o novo "plot" já tem uma inquietante personagem capaz de desencadear desencontradas emoções entre os espectadores. A Lusoponte, que tudo indica que seja um dos misteriosos encapuzados, fez em 1994 um negócio de pontes com o Estado que o Tribunal de Contas considerou ruinoso para o pobre Estado ("afigura-se bem longe de constituir qualquer ficção a ideia de que o Estado concedente tem sido o mais importante e decisivo financiador da concessão, sem a explorar"), no qual ficava ainda com o monopólio da exploração de tudo o que fosse ponte. Ora quem assinou o negócio por parte do Estado em 1994 foi (as novelas estão cheias de felizes coincidências) o… actual presidente da Lusoponte ("Meu Deus, a cabeça da Natalie Paxton no corpo da Ramona Hensley!", como dizia ontem uma "médium" noutra série). A coisa promete.”
Valham-nos Santo Agostinho, São Bento e Santa Comba Dão? Por este andar da carruagem da tal Entidade, ainda vamos parar a um Estado velho com pretensões e espasmos epilépticos de Novo! Não é preciso tanto, caramba!!!