Li hoje as últimas editoriais da Presença, de onde destaquei, como não podia deixar de ser, a reedição do livro António Vieira - O Fogo e a Rosa, romance de Seomara da Veiga Ferreira cuja sinopse se segue:
"Bento de Castro, físico-mor da Rainha Cristina Alexandra da Suécia, e grande amigo do Padre António Vieira, vem a Lisboa numa missão delicada e quase impossível - convencer o velho padre a visitar a Corte da Rainha Cristina, em Roma. Depois de ter experimentado a afeição e a beneficiência do Rei D. João, no tempo presente da história, são outros os sentimentos que assaltam Vieira. Um misto de intriga, calúnia e humilhação. No silêncio daquela cela da Grande Casa da Companhia, o padre relata ao amigo as memórias da sua vida: as muitas viagens que fez, sempre em préstimo de Deus e dos homens, o seu empenho na defesa de grupos oprimidos, cristãos-novos, judeus, índios; as suas estadas nas Cortes Europeias, as missões políticas e diplomáticas, os sermões. Um romance magnífico, que prima pela História e pela poesia, constituindo um testemunho sumptuoso da grandeza de alma daquele que foi aclamado por Fernando Pessoa o «Imperador da Língua Portuguesa».",
e o lançamento de mais uma obra histórico-biográfica sobre Salazar e o período do salazarismo, Salazar - A Cadeira do Poder, da autoria de Manuel Poirier Braz, de cuja sinopse se antevê um interessante contributo para o conhecimento deste fenómeno da nossa História recente:
"Com um cariz histórico e biográfico, esta obra oferece-nos uma análise coerente do percurso de vida de Salazar e da forma indelével como determinou o destino de um país ao longo de quase meio século. Dando primazia ao aspecto do poder, o autor descreve-nos o caminho que o estadista percorreu desde os tempos do seminário e da Universidade de Coimbra até ao Ministério das Finanças e, finalmente, à tão almejada cadeira do poder. Mas é toda uma época – aquela em que Salazar exerceu o governo – que nos é dada conhecer numa pertinente contextualização histórica, política e social do salazarismo."
Por isso, vejo nestas duas leituras o momento para um pertinente estudo comparativo destas duas figuras bem marcantes da portugalidade, apesar de qualquer das controvérsias teóricas a que possam ser sujeitas.