terça-feira, fevereiro 12, 2008

Porque sempre morei no céu!

Deus é, simplesmente, a infinita dimensão cuja contemplação é prova da inteligência humana, por Si criada!

Eu nunca precisei de passar "Sete anos no Tibete" para alcançar essa dimensão em que se consegue contemplar, interiormente em nós, a elevação do espírito, manifesta nas coisas simples que naturalmente se observam, no dia-a-dia, desde o sorriso ou a tristeza, o Sol e a Lua e as estrelas, as nuvens, o frio e/ ou o calor, a presença e o olhar de outros animais, o ódio e o amor, a saciedade ou a carência, o orgulho ou a humildade, a arrogância e prepotência ou a simplicidade, ...! Enfim, todas essas manifestações cognoscíveis a que qualquer ser humano socialmente educado e integrado tem acesso, sobretudo se o processo do seu desenvolvimento pessoal e social decorre dentro do que é naturalmente espectável para se verificar essa integralidade do corpo e espírito, em equilíbrio e em harmonia com o tempo e espaço que vão constuindo o seu domínio de vida!



Pois é! Nascido, criado e educado, nas primeiras estruturas construídas da minha personalidade, na cidade berço desta polis chamada Portugal,



lembro-me do meu tibete tão bem como se estivesse a viver hoje: a natural chama viva de cada olhar, desde os alvores de cada manhã, até às partes do dia iluminadas pelas ténues luzes necessárias às nossas movimentações e tarefas;


desde a sensibilidade interior que tínhamos com todas as coisas, mesmo as relacionadas com a nossa cultura religiosa (que forma tão nossa de nos aproximarmos do Céu!!?) - não necessariamente as dependentes dos rituais determinados por qualquer adaptação canónica do espírito -, a comunicação com os animais, domésticos ou não (cães, gatos, gado, galinhas, coelhos, pássaros, grilos do monte, ratos, cobras-de-água, cigarras, abelhas, etc.); a forma como lidávamos com os produtos vegetais, para alimentação e não só; enfim, quem consigo mesmo não se identicaria com todos estes elementos de referência da Natura Mater, ao ponto de, com ela, se sentir elevado ao Céu? Tendo ou não disso consciência ou, melhor, cognosciência, pois há sempre quem, não tendo esse alcance de si em si mesmo, não deixa, mesmo assim, de participar nesse domínio do espírito!







Então, resta-me, há já uns tempos de meditação, esta máxima: quem está com Deus tem consciência da sua própria inteligência. Por outras palavras, viver com a consciência dessa elevação do espírito é um sinal da inteligència característica da natureza do ser humano. Não é um sinal de redução da nossa liberdade intelectual, a não ser que enveredemos por generalizações sectaristas e adaptadas dessa nossa necessidade de manifestação e contemplação do espírito!


foto ripada do Goggle, em “Comunidade Espiritual

Cá por mim, continuarei sempre fiel a esta minha dimensão, seja qual for a porta de entrada etno-cultural pela qual conceba essa minha interiorização!
(Fotos ripadas dp site da CMG)