Observatório da nossa Polis à luz das memórias contínuas do pensamento filosófico português. Inspirado nos «Modernos Publicistas», segue o mesmo espírito crítico e de indignação:«De feito. Ardeu-me de todo o topete». Porque nunca calaremos no descampado onde reina a verdade que nos traz glória, repetiremos sempre a vontade de mestre Herculano: "é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las" ...!
segunda-feira, março 31, 2008
Temos precedente Carolina Micaelis?
quinta-feira, março 27, 2008
A César o que é de César, ao Povo o que é do Povo!
sábado, março 22, 2008
"A Vida de Jesus Cristo" (Sem preconceitos, ao jeito cientológico)
Nº de Páginas: 220
Data da 1ª Edição: 4-3-2008
Editorial Presença
2º- "A VIDA DE JESUS CRISTO
Augias, Corrado
Pesce, Mauro
Nos últimos cinquenta anos, novas descobertas arqueológicas e estudos filológicos têm permitido somar dados à tentativa de responder a uma das perguntas fundamentais da história da humanidade: quem foi, na verdade, em toda a sua dimensão concreta, o homem cuja existência viria a mudar o mundo de forma irreversível?
E foi precisamente para fazer uma síntese clara das últimas investigações sobre a vida e a mensagem de Jesus que Corrado Augias, jornalista e escritor, entrevistou Mauro Pesce, um dos mais notáveis biblistas italianos. Socorrendo-se tanto dos textos canónicos como dos apócrifos, ambos se debruçam, despojados de dieias preconcebidas, sobre questões acerca das quais muito se tem especulado e debatido nas últimas décadas.
O resultado é este livro que traz à luz alguns dos aspectos menos conhecidos, e decerto surpreendentes, da vida do homem real para além do mito e das efabulações. Um documento de indiscutível interesse, que vendeu 650 000 exemplares em Itália e será também publicado em Espanha, França e Brasil.
Corrado Augias, jornalista e escritor, é autor de diversos livros de sucesso e programas de televisão. Foi também deputado do Parlamento Europeu.
Mauro Pesce, é docente de História do Cristianismo na Universidade de Bolonha e eminente biblista, sendo autor de vários textos sobre o Novo Testamento."
3º- Questões fulcrais e axiologia
- É possível conhecer, concretamente, a vida e a mensagem do home que mudou o Mundo?
- As investigações despreconceituosas, baseadas em textos canónicos e apócrifos, não trarão a este trabalho características científicas ?
- O resultado do trabalho elaborado a partir dos dados desta pesquisa concede-nos horizontes de conhecimento sobre o assunto que estão para além dos mitos e das efabulações: "a pesquisa histórica não compromete a fé", nem deixa de pôr em causa "certas afirmações toscamente antieclesiásticas".
- Jesus era apenas um entre centenas de outros pregadores itinerantes?
- Foi Jesus ou Paulo de Tarso o fundador do cristianismo?
- Por que razão não ficaram vestígios daquela multidão de "profetas"?
- Onde, quando e de quem nasceu, realmente, Jesus?
- O que há a dizer sobre as semelhanças e a concorrência religiosa do mitraismo?
- Que razões encontramos para o êxito de lendas, mitos, livros e filmes sobre Jesus? A curiosidade, a ânsia generalizada de saber a verdade sobre Jesus.
- "É possível que as coisas se tenham realmente passado como refere a Vulgata das Igrejas cristãs?"
- Há ou não razões para julgar quem suprimiu dados históricos "porque era demasiado difícil fazê-los coincidir com o quadro que a doutrina construiu"?
- curiosidade e ciência, duas dimensões da procura da verdade que os dois autores em apreço souberam cruzar para, declaradamente e em boa-fé, colaborarem na feitura deste livro.
4º- Índice de Conteúdios
Preâmbulo: Muitas perguntas,algumas respostas de Corrado Augias
I. Primeira abordagem a Jesus
II. Jesus judeu
III. Os muitos aspectos de Jesus
IV. Jeusu político
V. É mais fácil um camelo
VI. Fariseus e outras polémicas
VII. O mistério do nascimento
VIII. Virgem mãe
IX. Jesus e os seus irmãos
X. Aqueles homens, aquelas mulheres
XI. Jesus taumaturgo
XII. As causas da detenção
XIII. O processo
XIV. A morte
XV. A ressurreição
XVI. Tolerância/ intolerância
XVII. Nascimento de uma religião
XVIII. O legado de Jesus
XIX. Novos evangelhos, antigas lendas
À procura da figura "histórica" de Jesus, de Mauro Pesce
Elementos de uma lesquisa, de Corrado Auguias
Bibliografia
Agradecimentos
Abreviaturas
Índice das citações bíblicas
Índice onomástico
quarta-feira, março 19, 2008
Meandros políticos da função pública
Aniversário de Terrores
Os Homens do Terror
de Hans Magnus Enzensberger
Editor: Sextante
N.º de Páginas: 116
Sinopse:
GLOBALIZAÇÃO, DEMOCRACIA E TERRORISMO
ISBN: 978-972-23-3877-6
Nº de Páginas: 159
Data da 1ª Edição:8-1-2008
sábado, março 15, 2008
Fiódor Dostoiévsky
Depois de Gorki (A Mãe), Tolstoi (Guerra e Paz), e de outros (de entre tantos e de tantas nacionalidades que nem quero desarquivar a minha memória), as características da personalidade deste autor russo que agora destaco foram, talvez, as mais fortes razões para o ler até ao fim, e em várias obras.
Deixo aqui e agora, assim, estas duas referências bibliográficas, que passam a fazer parte do nosso Politilendo:
"Cadernos do Subterrâneo
Fiódor Dostoiévski
tradução de Nina Guerra e Filipe Guerra
ISBN:978-972-37-1265-X
192 pp.
Pelo tom agreste, pelas cores sombrias até à repulsa, pela tensão quase raivosa das situações e da linguagem (aliás despojada dos floreios elegantes com que muitas traduções insistem em ornamentar os textos do autor) este Cadernos do Subterrâneo é «puro» Dostoiévski. Publicado em 1864 numa revista, este livro já prefigura as obras ditas do autor, sendo por isso considerado um texto fundamental para a compreensão da obra de Dostoiévski. O livro tem duas partes: a primeira é um longo e violento monólogo (os «Cadernos»), em que o autor humilhado se humilha ainda mais, até à degradação; a segunda põe o herói em acção, ilustrando o confronto do seu ego degradado com as franjas da sociedade que vai encontrando. O «guincho ignóbil» (como disse Gorki) a que desceu este herói do nosso tempo é também a voz - embora guinchada e repulsiva - que passa por toda a obra de Dostoiévski: a da afirmação do direito à liberdade do indivíduo, seja quais forem os contornos que assuma.
Fiódor Dostoiévski nasceu em 1821 em Moscovo de uma família modesta. Esteve preso e cumpriu trabalhos forçados na Sibéria. Viajou pela Europa, tendo residido na Alemanha até 1871, ano em que regressou à Rússia onde morreu dez anos depois. Escreveu algumas das mais conhecidas obras da literatura mundial, como Crime e Castigo (1866), O Jogador (1867), O Idiota (1868), Demónios (1872), Os Irmãos Karamázov (1880)."
(Sinopse dos editores)
"Demónios, publicado em 1872, é uma das grandes obras-primas de Dostoiévski e um clássico da literatura universal. Com uma temática dolorosamente actual, conta a história de jovens revolucionários que pretendem derrubar a ordem estabelecida, pondo em ficção romanesca os principais actores políticos e sociais do último quartel do século XIX: o poder autocrático e as suas ramificações e incidências, o socialismo ateu, o niilismo revolucionário e o problema religioso. Porém, não se reduz à ficção de um conflito político e social datado, mas ergue-se como uma crítica a todas as ideologias, considerando que elas pretendem ultrapassar a condição humana. Através das reflexões e das acções das personagens é mostrado ao leitor o caldo de cultura filosófico, psicológico e social onde é gerado o terrorismo. Stavróguin, um aristocrata que fascina todas as pessoas que encontra, é o fio condutor desta trama emotiva e maquiavélica que prende o leitor do princípio ao fim."
sexta-feira, março 14, 2008
Um Bom discurso sobre a actual crise na Educação!
O Emídio Rangel não serve para este papel!
Emídio Rangel"
Eu nunca gostaria de ter este senhor como meu Professor!
segunda-feira, março 10, 2008
DOSSIER EDUCAÇÃO
1º - Texto crítico de Luisa Bessa, do Jornal de Negócios, no qual faz uma síntese bastante realista dos principais factores envolventes desta muito polémica questão da EDUCAÇÃO. Mais tarde veremos, e desde logo a partir dos argumentos expendidos nos artigos que se seguem, do seu colega do JN Carlos Mendonça;
2º - Textos de Carlos Filipe Mendonça, que fazem uma análise bastante exaustiva das questões relacionadas com as principais críticas dos Professores portugueses face às políticas educativas dos últimos anos de governação;
3º Destes textos ressaltam dois artigos, que partem de afirmações, um de Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF, e outro de Valter Lemos, Secretário de Estado da Educação.
Professores assim não
Luísa Bessa
lbessa@mediafin.pt
"Toda a gente guarda uma recordação precisa do seu professor da escola primária. Melhor ou pior, ficou como marca indelével para a vida. Mau grado todas as polémicas recentes, os professores continuam entre as profissões com maior reconhecimento da sociedade, ao nível dos médicos. Em todo o caso, bastante melhor do que jornalistas e políticos.
Quem é avaliado?
Todos os professores integrados na carreira que estejam a exercer funções docentes, incluindo os professores em período probatório. Além disso, também estão sujeitos ao novo regime de avaliação de desempenho, os docentes com contrato administrativo de provimento – técnicos especializados pela regência de disciplinas tecnológicas, artísticas, vocacionais e de aplicação ou que constituam inovação pedagógica – assim como os professores com contrato de trabalho a termo resolutivo – normalmente designados por "contratados". Relativamente aos docentes sem serviço lectivo distribuído, serão avaliados pelas responsabilidades que lhe estiverem atribuídas pela direcção executiva.
A avaliação dos professores integrados na carreira é feita de dois em dois anos, sendo avaliado o desempenho correspondente a esse período. No entanto, só serão avaliados os docentes que nesse intervalo de tempo tenham prestado serviço docente efectivo pelo menos durante um ano escolar. Se o professor não preencher esse requisito do tempo mínimo, soma-se o tempo de serviço seguinte e só nessa altura ser procederá à avaliação.
Sim. O Ministério decidiu detalhar que os docentes dos quadros que até 31 de Agosto completem o módulo de tempo de serviço necessário à progressão na carreira, devem ser avaliados de acordo com a calendarização estipulada pelo estabelecimento onde exercem funções.
No caso dos professores contratados, todas as classificações têm que ser conhecidas antes do final deste ano lectivo, para serem levadas em linha de conta na decisão de renovação dos seus contratos. No caso dos docentes dos quadros, o processo deve estar concluído até final do ano de 2009, incidindo nestes casos sobre os anos lectivos de 2007/2008 e 2008/2009. Com a automatização do processo, as avaliações terão que estar sempre concluídas até ao final de cada ano civil em que termine o módulo de tempo serviço exigido.
Na primeira fase, o professor preenche uma ficha de auto-avaliação. Depois, avaliação é desenvolvida pelo professor coordenador do departamento disciplinar, que avaliará o desenvolvimento das aulas, os materiais pedagógicos produzidos e a relação do docente com os alunos. Na terceira fase, a "bola" passa para as mãos dos conselhos executivos que, entre outros aspectos, avaliam a participação dos docentes na vida da escola ou os graus de responsabilidade e de assiduidade demonstrados por cada professor ao longo do período lectivo. Segue-se uma entrevista individual dos avaliadores com o respectivo avaliado e uma reunião conjunta dos avaliadores para atribuição da avaliação final.
Na ficha de auto-avaliação o professor deve explicar qual o seu contributo para os objectivos individuais anteriormente acordados com os avaliadores, nomeadamente os que dizem respeito à melhoria dos resultados escolares obtidos pelos alunos. Nesse sentido, devem constar: os resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos em avaliação; a evolução dos resultados face à evolução média dos alunos daquele ano de escolaridade, daquele disciplina, daquele agrupamento e dos alunos no conjunto das disciplinas da turma – no caso dos 2º e 3º ciclos do ensino básico e secundário. Além disso, o docente deve ainda reportar os resultados dos seus alunos nas provas de avaliação externas, tendo em conta a diferença face à avaliação interna (obtida pelo aluno durante o ano).
A avaliação que é feita pelo coordenador do departamento curricular – sendo obrigatoriamente um professor titular – analisa o envolvimento e a qualidade cientifico-pedagógica do docente com base em parâmetros como: a preparação e organização das actividades lectivas, a realização das actividades lectivas; a relação pedagógica com os alunos e o processo de avaliação das aprendizagens dos alunos. Prevê-se a participação de um inspector para a avaliação destes coordenadores.
Depois da avaliação do coordenador do departamento, cabe à direcção executiva ponderar outro tipo de indicadores: Nível de assiduidade — aprecia a diferença entre o número global de aulas previstas e o número de aulas ministradas; Serviço distribuído — aprecia o grau de cumprimento do serviço lectivo e não lectivo atribuído ao docente; Progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e redução das taxas de abandono escolar, tendo em conta o contexto socioeducativo; Participação dos docentes no agrupamento ou escola não agrupada — nomeadamente através do número de actividades constantes do projecto curricular de turma e do plano anual de actividades que foram distribuídas ao docente em cada ano lectivo e em que o mesmo participou, assim como a qualidade e importância da intervenção do docente para o cumprimento dos objectivos prosseguidos.
Os encarregados de educação só poderão avaliar os professores mediante a sua concordância. Os termos dessa relação devem ser definidos pela própria escola ou agrupamento de escolas. Em relação aos alunos, e contrariamente ao que acontece por exemplo na Irlanda, em Portugal não vão ter qualquer participação directa no processo.
O classificação final atribuída ao professor resulta da média das "notas" atribuídas às várias fichas – auto-avaliação, avaliação do coordenador e da direcção executiva – e è expressa da seguinte forma: Excelente – entre 9 e 10 valores, estando este docente obrigado a ter cumprido 100% do serviço que lhe estava distribuído;Muito Bom – de 8 a 8,9 valores; Bom – de 6,5 a 7,9 valores; Regular – de 5 a 6,4 valores; Insuficiente – de 1 a 4,9 valores.
As classificações obtidas pelo docente durante o processo de avaliação de desempenho vão influenciar directamente o ritmo com que pode atingir o escalão seguinte. Assim:
- Dois "excelentes" consecutivos: redução de um ano para o acesso ao próximo escalão, o que significa uma redução de cerca de quatro anos para atingir a categoria de titular;
- Dois "muito bons" consecutivos: redução de seis meses para acesso ao escalão seguinte, o que equivale a uma diminuição em cerca de dois anos do tempo para atingir a categoria de professor titular;
- Com "bom": o tempo de serviço é contado de forma normal;
- Com "regular": o tempo de serviço não é contado
- Com "insuficiente": depois de dois anos consecutivos com essa avaliação, ou três interpolados, o professor passa à reclassificação.
Depois de conhecida a avaliação final, o professor tem 10 dias úteis para apresentar a reclamação escrita aos avaliadores. No prazo máximo de 15 dias deve receber a resposta, depois dos avaliadores ouvirem a comissão de coordenação da avaliação. O professor não pode fundamentar a reclamação com base em comparações relativamente a classificações atribuídas a outros docentes, salvo quando for motivada pela aplicação das quotas máximas para a atribuição das "notas" de Excelente ou Muito Bom. Caso o docente não fique satisfeito com a resposta à reclamação, tem 10 dias para apresentar recurso ao director regional de educação respectivo. Depois, resta-lhe esperar mais 10 dias úteis pela decisão final."
De acordo com regime de avaliação de desempenho, só os professores que consigam uma avaliação igual ou superior a "Bom" podem progredir na carreira. Além disso, essa progressão é tanto mais facilitada quanto melhor for a avaliação. Por exemplo, um professor que consiga dois "Excelentes" consecutivos vê o tempo necessário para ascender ao topo da carreira – categoria de professor titular – reduzido em quatro anos. No entanto, o Governo decidiu introduzir quotas para a atribuição das classificações, um cenário que os sindicatos contestam. Da mesma forma que não aceitam que docentes avaliados com "regular" não vejam o seu tempo de serviço contado.
O modelo alternativo apresentado pelos sindicatos é o de uma "avaliação essencialmente formativa". Isto é, que tenha uma influência reduzida sobre o ritmo de progressão na carreira, mas que seja voltada para "melhorar o desempenho docente, ajudar a superar eventuais falhas, ajuizar a evolução de processos e, se for caso disso, propor ao órgão de gestão pedagógica uma alteração estratégica".
Quando entrar em vigor o novo regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas, o director substitui os actuais conselhos executivos. Ou seja, conforme explicam os sindicatos, a avaliação de desempenho passa a estar centralizada nas mãos do director, não só porque ele próprio tem a responsabilidade de avaliar directamente o docente, como lhe cabe ainda a responsabilidade de avaliar o coordenador do departamento responsável pela etapa de avaliação anterior. Isto é, os sindicatos põem em causa esta "dupla" concentração numa só pessoa e pedem ao Governo que avance para um modelo onde existam dois avaliadores com total autonomia um do outro.
Os sindicatos não aceitam que os resultados escolares dos alunos, assim como as taxas de abandono escolar, sejam parâmetros que sirvam para avaliar o desempenho de um professor. Além disso, os professores acusam ainda o Governo de, com este modelo, criar "situações ilegítimas de pressão sobre os docentes". O Ministério esclareceu que as "notas" dos alunos só terão um peso de 6,5% na avaliação final do professor."
Por que discordam os professores da nova gestão das escolas?
Os professores não concordam com a ideia das escolas passarem a ser geridas por um director nomeado, não eleito, por um novo órgão colegial de direcção onde os docentes não estão em maioria. É esta a questão central da contestação dos sindicatos face ao novo regime jurídico de autonomia, administração e gestão das escolas.
Com o objectivo assumido de "reforçar a liderança" dos estabelecimentos de ensino, o Governo decidiu criar o cargo de director, "para que em cada escola exista um rosto, um primeiro responsável, dotado da autoridade necessária para desenvolver o projecto educativo". Caber-lhe-á a responsabilidade de toda a gestão administrativa, financeira e pedagógica, sendo-lhe conferido o poder para designar os responsáveis pelas estruturas de coordenação e supervisão pedagógica.
Uma das criticas mais ferozes dos sindicatos aos responsáveis do Ministério da Educação prende-se com a verdadeira autonomia do director. Os professores temem que o novo líder mais não seja do que "um delegado do Governo". Isto porque, segundo consta no projecto de decreto-Dei, o mandato de três anos do director pode cessar "a todo o momento, por despacho fundamentado do membro do Governo na sequência de processo de avaliação externa ou de acção inspectiva que comprovem manifesto prejuízo para o serviço público, ou manifesta degradação ou perturbação" da gestão da escola, ou agrupamento de escolas"
O Executivo decidiu que este director não será eleito pelos professores, mas pelo novo órgão máximo de gestão das escolas – o Conselho Geral – onde os docentes não estão em maioria, sendo obrigados a partilhar a sua influência com encarregados de educação, representantes das autarquias, alunos, pessoal não docente e representantes de organizações implementadas na comunidade local. De acordo com o novo regime jurídico, o número de professores representados no Conselho Geral não pode ultrapassar os 40%.Para os sindicatos, este novo modelo reduz a "participação e a influência dos docentes na direcção e gestão das escolas".Ainda assim, as estruturas sindicais fazem questão de referir que a contestação à redução da representação dos professores no Conselho Geral não radica em nenhum receio de perda de poder", mas antes na "desautorização pública que ela representa do trabalho do professor"."
Os professores estão cansados de serem tratados como malandros”
Mário Nogueira – Secretário-geral da Fenprof
“Os professores estão cansados de serem tratados como um grupo de malandros que não querem trabalhar, querem é ganhar muito e pôr muitas férias”. A poucas horas da manifestação que deseja histórica, o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), em entrevista ao Jornal de Negócios acusa o Governo de querer politizar as escolas e assume que chegou a desejar que a ministra não fosse remodelada.
“A sindicalização do Ministério da Educação acabou!”
Valter Lemos – Secretário de Estado da Educação
“Já não há sindicalização do Ministério da Educação, como houve políticos que em tempos denunciaram. Isso acabou.”. Em entrevista ao Jornal de Negócios, o secretário de Estado da Educação, Valter Lemos, lamenta que os professores queiram um tratamento diferente dos restantes funcionários públicos no que diz respeito à avaliação, e critica o excesso de mediatismo do secretário-geral da Fenprof.
Carlos Filipe Mendonça
carlosmendonca@mediafin.pt
domingo, março 09, 2008
A Minha Vontade é Mais Forte Que o Vento
quinta-feira, março 06, 2008
E nesta manifestação ... presente! Desde 1972, que saudade de futuro!!!
quarta-feira, março 05, 2008
Porque continuo a preferir Coimbra a ... Bolonha!?
Helena Garrido
segunda-feira, março 03, 2008
"Duas Gotas de Revolta"
Também não tenho qualquer indício patronímico que me ligue a alguns Coelhos da praça pública, nem à esquerda ou à direita da minha linhagem política! Pelo menos, que seja do conhecimento de meus centos de familiares já cadastrados nas memórias guardadas em família!
"Não seremos apenas duas gotas de loucura, individual ou colectiva! Não! NÃO SREMOS DUAS GOTAS de água que se dissiparam, insignificantemente, no oceano das reivindiçações! Nós seremos bastantes! Se hoje somos apenas alguns, certamente que amanhã seremos muitos, tal é a força que a Verdade sempre exibiu! Sob que forma? Essa é que é a questão que hoje nos deve ocupar!
Embora não pense que o chão dest res publicae esteja lavrado para uma autêntica revolução! Mas alguma revolta já prenuncia algo que, se não se verificar uma melhoria das condições sócio-económicas generalizadas, traria a pior das conclusões, a convulsão social que, hiastoricamente, se tem traduzido em duas saídas: a guerra civil, com ou sem revolução!
Em Portugal, não tivemos nem uma coisa nem outra, a partir do momento em que julgamos, a 25 de Abril de 1974, ter arrumado com o fascismo! Se temos, apenas, guerra cicil de palavras, então a resposta sistémica é os empre e eterno 'mais do mesmo', que nos amordaça a verdadeira liberdade de vivermos como cidadãos! Sim! Porque, para tal, é preciso que o tal soberano sejamos todos nós! Ou, melhor, é preciso que sejamos um todo de forma a que, através dos Homens, primeiro, e talvez de um verdadeiro Estado de Direito que o encarne e represente (certamente que dentro de uma concepção político-administrativamente descentralizadora ou genuinamente federalista), depois, nos sintamos a participar na construção de uma efectiva felicidade colectiva.
(in Cogitadelas, JRC 2008)
Pela musicalidade da letra aqui cantada, o que este enigmático mas já bastante premiado intérprete de música moderna argelino (mais um miscigenador que importa levar, provavelmente, ao CCVF, de Guimarães) aqui também reivindica será, no mínimo, um 'acronismo' (Procurando o significado deste possível acronismo, encontro, aqui, uma possível definição: Features of Quality Teaching), mas não será, certamente, habibi, meu amor, amore mio, meine liebe, mon amour, etc. ... !??