À terceira é de vez: confesso que sigo as colunas de opinião do Manuel António Pina, na "última" do JN ("Por Outras Palavras"). Não é que o homem tem sempre uma "certa razão"?
Não quero fazer aqui a apologia de nada nem de ninguém! Apenas comecei, de há uns dias para cá, a reter mais a minha atenção (talvez, também, por uma maior disponibilidade com o términus das aulas diurnas) nesta pequena coluna de opinião.
Desta vez, calhou ao nosso ex-Primeiro, agora primeiro na estrutura eurocrática de uma União pouco unitária. Que o digam as "berranças" e os coloridos daqueles que, neste mundial de futebol, atestam pelas respectivas nacionalidades o que, para outras instâncias político-administrativas, nem em sonhos se lembrariam! E não é que o presidente dos comissários, ao que consta, nos anda a "lixar"? Então eu vou dizer a um filho meu, muito democraticamente e de cigarro na boca, que está proíbido de fumar lá em casa? Bom, ... a história é contada assim:
"Portugueses notáveis
Um leitor faz-me chegar a notícia de mais um sucesso de um português no estrangeiro, no caso o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que acaba de ganhar o Prémio Tuvalu, atribuído por três organizações ecologistas internacionais, "Agir pour l'environnement", "Action Climat" e "Transport & Environnment". O problema é que se trata de um antiprémio, destinado a denunciar os que se evidenciam por um especial contributo para o desregramento climático. Durão Barroso foi galardoado pelo facto de se passear diariamente em Bruxelas num 4X4 todo-o-terreno (!) que produz mais de 265g de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro (sem contar com a climatização), isto é, cerca de 60 toneladas de CO2 ao longo da sua vida útil, além de consumir qualquer coisa como 13,2 litros aos 100 Km. O júri achou-o particularmente merecedor do desonroso galardão porque o próprio Durão Barroso lançou uma campanha europeia contra o aquecimento global, fixando aos automóveis o limite máximo de 120g de emissões de CO2, ou seja, menos de metade dos 265g que ele despeja diariamente no ambiente pavoneando-se no seu mini-camião VW Touareg. É sempre bom para a nossa auto-estima ver um português notabilizar-se lá fora. Nem que seja pelas piores razões."
Um leitor faz-me chegar a notícia de mais um sucesso de um português no estrangeiro, no caso o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que acaba de ganhar o Prémio Tuvalu, atribuído por três organizações ecologistas internacionais, "Agir pour l'environnement", "Action Climat" e "Transport & Environnment". O problema é que se trata de um antiprémio, destinado a denunciar os que se evidenciam por um especial contributo para o desregramento climático. Durão Barroso foi galardoado pelo facto de se passear diariamente em Bruxelas num 4X4 todo-o-terreno (!) que produz mais de 265g de dióxido de carbono (CO2) por quilómetro (sem contar com a climatização), isto é, cerca de 60 toneladas de CO2 ao longo da sua vida útil, além de consumir qualquer coisa como 13,2 litros aos 100 Km. O júri achou-o particularmente merecedor do desonroso galardão porque o próprio Durão Barroso lançou uma campanha europeia contra o aquecimento global, fixando aos automóveis o limite máximo de 120g de emissões de CO2, ou seja, menos de metade dos 265g que ele despeja diariamente no ambiente pavoneando-se no seu mini-camião VW Touareg. É sempre bom para a nossa auto-estima ver um português notabilizar-se lá fora. Nem que seja pelas piores razões."