terça-feira, novembro 27, 2007

Mais vale demandar, de novo, as rotas do bacalhau!

Esta 'coisa' dos rankings, muito schumpeterianamente competicional, não resvala só pelas escolas deste portugalório muito in, paganamente politizado pelos gigantones da música pop del arte de governar, e , em consequência, demopaticamente dirigido para os precipícios da pseudo-cidadania.


Mapa picado da Wikimedia
Aliás, é por falar neste instituto jurídico-político-constitucional da cidadania, nos ditos estados de direito democrático, que merece a pena referir o aspecto, a meu ver, mais estruturante deste indicador composto que é o IDH: nele constam, efectivamente, dados referentes ao grau de participação efectiva dos cidadãos nos assuntos públicos, não só através de sufrágios eleitorais, mas também no assento e tomadas de decisão que respeitam à vida colectiva , nos diversos níveis de político-administrativos (assim como, em concomitância, o grau de não-discriminação dessas afectações, em relação ao sexo); dados referentes à qualidade de vida e ao grau de generalização do acesso dos cidadãos a bens públicos, à capacidade de utilização de informações sociais imprescindíveis ao cumprimento de deveres e ao gozo dos mais elementares direitos de cidadania; etc..

Que significado terá, neste cenário de países reais com pretensões reais, num país que tem medo de si próprio, a começar pela fobia dos seus dirigentes políticos em proporcionar uma verdadeira educação para a cidadania, descer um lugar, de 28º para 29º, entre 177 países e regiões? Ou será um qualquer 'erro de paralaxe' da minha parte? Ou será que sou apenas eu, que estou rotulado de inconveniente (por esses subdirigentes especializados nas migalhas dos micropoderes subestatais deste país pós-prequianizado) e ostracizado, que já tenho alucinações de diabinhos que fazem letra morta das normas constitucionais (e respectivos diplomas subsidiários) que institucionalizaram, civilizacionalmente, essa coisa que é ser cidadão?

Foto picada da Wikipédia

Bom, pelos vistos, apenas me resta tirar, em calão, mais uma dessas conclusões que até o Zé do manguito sabe: desenvolvimento sócio-humano, só ... por terras de suas majestades ... do real ... bacalhau, que ... já foi muito ... português!

"Portugal desce uma posição
Está em 29º lugar no índice de desenvolvimento humano


Portugal desceu uma posição no índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas, situando-se no 29º lugar, atrás de países como a Eslovénia, Grécia ou Singapura.
No relatório de Desenvolvimento Humano de 2007 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Portugal consegue 0,89 pontos num ranking que analisa dados relativos a 2005 em 177 países e regiões especiais.
A Islândia lidera com 0,96 pontos, num índice que visa avaliar o estado do desenvolvimento através da esperança média de vida, da alfabetização dos adultos e da escolarização, bem como indicadores de rendimento.
Entre os Estados-membros da União Europeia, Portugal ocupa a 17ª posição. Irlanda, Grécia, Eslovénia e Chipre estão à frente, para além dos países nórdicos e das potências europeias Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido.
Atrás de Portugal surgem a Polónia, a Húngria ou a Bulgária e países do resto do mundo como os Emirados Arabes Unidos, México, Rússia ou Brasil.
A taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos primário, secundário e superior atinge os 89,8 por cento em Portugal, que viu aumentar de 92 por cento em 2004 para 93,8 por cento em 2005 a taxa de alfabetização de adultos.
A esperança de vida em Portugal situava-se em 2005 nos 77,7 anos e o valor do Produto Interno Bruto era de 20,4 dólares PPC (paridade poder de compra) per capita.
A Islândia, com 0,96 pontos, ultrapassou a Noruega, que foi número um no ranking nos últimos seis anos.