Apenas me apetece dizer que ... muitos dos que, certamente, irão ler o post de meu mui citado mestre JAM, não merecem que tais palavras se lhe dirijam, porque nunca souberam aquilo para que nunca tiveram espírito e capacidade de apreensão, ou, por outras palavras, não se pode utilizar uma linguagem qualquer para quem não sabe comunicar, que é o mesmo que dizer para quem não entende língua nenhuma (talvez, apenas, em aproximação a um dialecto sócio-linguístico pós-abrilista lusitano, o prequianês)!
Lembro-me de outros que tais, não menos arrossados que esses ciumentos da exclusividade demopática, proprietários dos complexos de uma pseudo-esquerda que não tolera que qualquer cidadão não prequiano possa ouvir ou, tão somente, dizer que gosta de José Afonso, Adriano, dos poemas de Manuel Alegre, ...! São xenófobos? É claro que SIM! SÃO EXTREMAMENTE XENÓFOBOS!
Não admira, portanto, que condenem JAM por dizer que Marx lhes diria que não é marxista! É, para eles, pura heresia, tão herética quanto seria ler um bom livro (=ouvir uma qualquer boa música, ou deixar-se ir na contemplação de qualquer manifestação cultural) para os guardiões de revoluções "fast consumption", como também o foi para os inquisidores do Santo Officio!!!
Enquanto for atribuída qualquer parcela de poder a quem tão impropriamente o detem, qual usurpação moral da virtude que não conhecem e, por isso, do hábito que não lhes assenta, anda o Povo a penar em sinfonias de notas trocadas, já que, se não for por não ter acesso à necessária formação musical que ainda não tem (será que, tão pouco, se lhe pergunta se gosta da melodia?), arrasta consigo a responsabilidade de indigitar 'músicos' que apenas tocam, de ouvida, cantares de outras línguas não aprendidas!
Basta dizer-lhes, por exemplo, que justiça social é uma expressão da Doutrina social da Igreja (Rerum Novarum), social mas não ideologicamente equivalente à marxista expressão questão social, para entrarem em vulcanização de larva adjectivante (normalmente como reaccionários) com que qualificam os alegados indignatários! E, como têm sempre medo que se lhes descubram os pecados com que pretendem culpar todos os que os não seguem, escondem nessa sua cobardia a integridade que nunca tiveram!
Com certeza que será sempre mais forte quem reconhece as suas fraquezas, os seus limites! Mas há por aí muitos avermelhados (e o vermelho é, sempre, uma côr linda, viva, quente, nobre), bem amarelos por dentro, frequentemente com roupagens multicoloridas, que não reconhece limites por, simplesmente, não lhes ter sido, nunca, dado a conhecer horizontes reais! Andam, simplesmente, a sonhar, a cultivar sonhos regeneradores das ilusões de outros sonhos de outrora, e a divulgatar evangelhos segundo ídolos da fantasia! O surrealismo não poderia ser mais real! É o sonho tornado realidade! É a vulgarização da utopia! É a loucura da razão!
Apetece-me parar de pensar! (?)!