Observatório da nossa Polis à luz das memórias contínuas do pensamento filosófico português. Inspirado nos «Modernos Publicistas», segue o mesmo espírito crítico e de indignação:«De feito. Ardeu-me de todo o topete». Porque nunca calaremos no descampado onde reina a verdade que nos traz glória, repetiremos sempre a vontade de mestre Herculano: "é que não costumo calar nem attenuar as proprias opiniões onde e quando, por dever moral ou juridico, tenho de manifestá-las" ...!
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Grandes Lendas do Ecran (1)
Ainda a respeito d' A Casa do Lago, começo esta rúbrica com esta dupla. Poderia ser uma outra referência a qualquer actor/ actriz, mas, assim, começo por aqui. Se me mostrarem, no espectro cinematográfico, um outro olhar como o do Spencer Tracey, prometo que encontrarei forma de recompensar quem o fizer.
Palavra de Coelho
A Casa do Lago
Pois, estas coisas que, na vida, nos mostram como Einstein tinha a sua quota parte da razão, que é dizer estar com a verdade, quando nos demonstrou como no mundo tudo está ligado. Também Bertalanffy já nos tinha dito, a respeito da Teoria Geral dos Sistemas, que no cosmos tudo se encaiza como num jogo de bonecas russas ...!
Estou eu para aqui a dizer isto porque vem a respeito de meus pais estarem de tréguas e, porque eu ainda gosto de apelar às ajudas da mãezinha, encontrei-a na paz de espírito e sossêgo das bandas sadinas,à beira-mar respirado ...! E não é que me lembrei de este maravilhoso filme?
Deixo alguns dos comentários cinematográficos a quem tem competência para isso. Que tal o meu amigo José V. Mendes (ou algum dos seus colaboradores)? No entanto, não posso deixar de qualificar, mesmo no apogeu das suas carreiras, como magníficos os desempenhos de Henry Fonda, primeiro, e de Catherine Hepburn, com ele.
É por isso, certamente, um filme que permanecerá inesquecível! Mas não só: é um género que, para os mais incautos dos cinéfilos, passa bem despercebido; mas, para quem vive a capacidade das representações aproximarem o drama das atenções do público que as observa, este filme é um paradigma!
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Mais dois gritos de revolta!
sábado, fevereiro 23, 2008
"Portugal não é um país, é um sítio mal frequentado"!
Deparo com mais esta conclusão queirosiana de uma colunista crítica já aqui apresentada, sobre estas novelas de ontem que, muito certamente, não têm amanhã certo:
"Isto não é um país
Luisa Bessa
Foi em 2002 que tudo começou. Santana Lopes, então presidente da Câmara de Lisboa, propunha-se salvar o Parque Mayer, já então em acentuada decadência. Assim nasceu a ideia de um casino em Lisboa, para ajudar a financiar o projecto de recuperação do Parque Mayer. Para encabeçar o projecto, Santana começou por falar em Norman Foster, mas quem depois aterrou em Lisboa foi Frank Gehry, que ainda apresentou uma maqueta.
Como quem não tem dinheiro não tem vícios (ou não devia ter, a acreditar no passivo entretanto acumulado), a Câmara acabou por deixar cair o projecto de Gehry que, naturalmente, facturou pela concepção do projecto qualquer coisa como 2,5 milhões de euros.
Caiu a recuperação do Parque Mayer, pelo caminho a Câmara acordou com a Bragaparques a permuta por uma parcela dos terrenos da Feira Popular, mas, de todo esse desenrolar frenético de grandes projectos, só uma coisa pegou de estaca: um novo casino em Lisboa.
Começou por ser no Parque Mayer mas acabou a circular, no terreno das hipóteses publicadas, pelo Cais do Sodré ou pelo Jardim do Tabaco, entre uma miríade de localizações. Até aterrar no Pavilhão do Futuro da Expo 98.
A decisão de instalar um casino no centro da cidade sempre foi polémica. Mais polémica ainda foi a extensão da concessão da zona de jogo do Estoril à cidade de Lisboa, sem concurso, decisão a que os restantes operadores do sector nunca se resignaram.
De polémica em polémica, o melhor estava guardado para o fim. A entrega do casino à Estoril Sol foi acompanhada de uma alteração à Lei do Jogo. Dois pareceres da Inspecção Geral de Jogos, em sentido contrário num curto espaço de tempo, permitiram à concessionária reclamar a posse do imóvel do casino, contrariando o princípio geral da reversibilidade para o Estado no final da concessão. O ministro do Turismo à época, Telmo Correia, teve dúvidas sobre a interpretação final da Inspecção Geral de Jogos e, não querendo comprometer-se, limitou-se a “tomar conhecimento”, o que foi suficiente para a empresa defender os seus interesses.
Em escutas telefónicas no âmbito do processo Portucale, segundo o “Expresso”, há conversas entre Abel Pinheiro, dirigente do CDS responsável pelas finanças do partido, Mário Assis Ferreira, presidente da Estoril-Sol, e Paulo Portas, onde é pedido que Telmo Correio apenas “tome conhecimento”.
Soube-se, entretanto, que os pedidos da Estoril Sol chegaram directamente ao primeiro-ministro, Pedro Santana Lopes, e que quem pede orienta os termos em que a decisão deve ser tomada, para evitar o relacionamento de uma lei geral com o caso concreto.
De tudo o que foi descrito, há várias coisas irrefutáveis. A Estoril-Sol ganhou a extensão da concessão da zona de jogo para Lisboa, pressionou dois governos (o de Barroso e o de Santana) para garantir a propriedade plena do Pavilhão do Futuro e o Parque Mayer continua a sua morte lenta.
O caso é exemplar da forma como se tomam em Portugal decisões que deveriam ser de interesse público. Mesmo para quem não acredita em bruxas, há coincidências a mais neste encadeamento de factos à volta do Casino de Lisboa.
Quem sai mais prejudicado desta lamentável história são os dois partidos da oposição. Não é com episódios destes que o PSD ganha credibilidade para se bater com Sócrates daqui a um ano. Mas o episódio mina a credibilidade da classe política como um todo, pois poucos ousarão pôr as mãos no fogo pelo actual executivo. Afinal, os podres demoram algum tempo a vir à superfície.
Apetece desabafar, como Eça, que Portugal não é um país, é um sítio mal frequentado."
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Notícias sobre a desinformação nas escolas portuguesas
Aqui vai mais esta:
"Aplicação do novo Estatuto do Aluno - Lei 3/2008
Da profilaxia educativa. Presente?!!!
A Deus o que é de Deus, ...!
"Finalmenteum sorriso
Por outras, palavras, Manuel, António, Pina
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
Nem estóico, nem heróico! Humildemente realista!
(1) CALAFATE, Pedro (Dir.), História do Pensamento Filosófico Português, Vol. II - Renascimento e Contra-Reforma, Círculo de Leitores, Lisboa, 2002, pág. 705.
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
António Vieira e Salazar - singularidades!
Li hoje as últimas editoriais da Presença, de onde destaquei, como não podia deixar de ser, a reedição do livro António Vieira - O Fogo e a Rosa, romance de Seomara da Veiga Ferreira cuja sinopse se segue:
"Bento de Castro, físico-mor da Rainha Cristina Alexandra da Suécia, e grande amigo do Padre António Vieira, vem a Lisboa numa missão delicada e quase impossível - convencer o velho padre a visitar a Corte da Rainha Cristina, em Roma. Depois de ter experimentado a afeição e a beneficiência do Rei D. João, no tempo presente da história, são outros os sentimentos que assaltam Vieira. Um misto de intriga, calúnia e humilhação. No silêncio daquela cela da Grande Casa da Companhia, o padre relata ao amigo as memórias da sua vida: as muitas viagens que fez, sempre em préstimo de Deus e dos homens, o seu empenho na defesa de grupos oprimidos, cristãos-novos, judeus, índios; as suas estadas nas Cortes Europeias, as missões políticas e diplomáticas, os sermões. Um romance magnífico, que prima pela História e pela poesia, constituindo um testemunho sumptuoso da grandeza de alma daquele que foi aclamado por Fernando Pessoa o «Imperador da Língua Portuguesa».",
"Com um cariz histórico e biográfico, esta obra oferece-nos uma análise coerente do percurso de vida de Salazar e da forma indelével como determinou o destino de um país ao longo de quase meio século. Dando primazia ao aspecto do poder, o autor descreve-nos o caminho que o estadista percorreu desde os tempos do seminário e da Universidade de Coimbra até ao Ministério das Finanças e, finalmente, à tão almejada cadeira do poder. Mas é toda uma época – aquela em que Salazar exerceu o governo – que nos é dada conhecer numa pertinente contextualização histórica, política e social do salazarismo."
Por isso, vejo nestas duas leituras o momento para um pertinente estudo comparativo destas duas figuras bem marcantes da portugalidade, apesar de qualquer das controvérsias teóricas a que possam ser sujeitas.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Mais um apelo ao exílio
Espero comentário do JVM ou da Deuxième
Coincidências históricas
"P.S. - EU AMO-TE
Ahern, Cecelia
Quase todas as noites Holly e Gerry tinham a mesma discussão – qual dos dois se ia levantar da cama e voltar tacteando pateticamente o caminho de regresso ao apetecível leito? Comprar um candeeiro de mesa-de-cabeceira parecia não fazer parte dos planos, e assim o episódio da luz repetia-se a cada noite, num rito conjugal de pendor cómico a que nenhum desejava pôr termo. Agora, ao recordar esses momentos de pura felicidade, Holly sentia-se perdida sem Gerry. Simplesmente não sabia viver sem ele. Mas ele sabia-o, conhecia-a demasiado bem para a deixar no mundo sozinha e sem rumo. Por isso, imaginou uma forma de perpetuar ainda por algum tempo a sua presença junto da mulher, incentivando-a a viver de novo. Mas como se sobrevive à perda de um grande amor? Holly ter-nos-ia respondido: não se sobrevive! Mas Holly sobreviveu!"
Mas não sei por que razão é que esta sinopse me fez lembrar a relação entre o nosso PM com o seu PS. Talvez a propósito dos últimos capítulos da novela MA, ou da fidelidade transcendente do dito partido do Governo com a sua histórica paixão!
Francamente, esperava um pouco mais de atenção da referida editora às sinopses que, alguém, lhes redige. Assim …?! Não!
terça-feira, fevereiro 12, 2008
Porque sempre morei no céu!
Então, resta-me, há já uns tempos de meditação, esta máxima: quem está com Deus tem consciência da sua própria inteligência. Por outras palavras, viver com a consciência dessa elevação do espírito é um sinal da inteligència característica da natureza do ser humano. Não é um sinal de redução da nossa liberdade intelectual, a não ser que enveredemos por generalizações sectaristas e adaptadas dessa nossa necessidade de manifestação e contemplação do espírito!
terça-feira, fevereiro 05, 2008
Ecos de outros em minh'alma ... sempre que a voz se solta ...!
Porque será que, de cada vez que há uma voz de desencanto emitida neste tempo que passa, a minha alma se solta e revolta, dando caminho e eco às angústias por que eu, aqui, também vou passando?
Talvez porque eu, de tanto ser achincalhado, kafkianisado, ostracisado e ... já por três vezes multado (em quatro processos disciplinares e outras tantas tentativas frustradas pelos abutres do ditirambo), tenho vontade de chegar (se isso fosso possível?...) ao pé da Srª Ministra da Educação e de lhe dizer, como estas palavras de Adriano (1) já o diziam há 4 décadas atrás: