domingo, dezembro 30, 2007

Cogitadelas de fim de ano

Qualquer dia Portugal não deixa traço!


Reparei em como a foto picada das notícias impressas aqui referidas ao nosso PM foram suprimidas da net! Será possível que alguém ainda queira chamar a isto democracia?!!!

De repente, dou comigo, em casa desse meu amigo de há longa data, a referir a plena naturalidade das minhas orações, sem momento nem lugar estipulados, por qualquer ritual, rotineiro ou não. E alguém me sugeriu, dentro de toda a espiritualidade, as virtudes do Reiki. Fui ver! Gostei! Hei-de lá ir, prometi eu a essa simpatiquíssima amiga que ali conheci! O Universo tem energia que passa por aí! Obrigado.

E, já que estou nesta onda semi-mística, com a tendência virada para as frequências introspectivas, recordo-me de, em pequeno, ficar uns bons minutos a contemplar os flashes de luz interior que o esfregar os olhos fechados, antes de dormir, me provocava. E via uns relampejos parecidos com a imagem que aqui deixo:

sexta-feira, dezembro 28, 2007

Memórias ... de apetecer!

Cubro-me de espanto
sereno e vivo
a contento
num remorso inevitável
qu'a alma roída!

Ah! Se eu pudesse...!
ainda hoje, mesmo
traria a flor traída
por cobardes vendida
por todos largada!

Ah! Como se nada
tiveramos na mão,
estendida
arremessada
para dizer não!

Cores de nada servem
símbolos fora de tempo
só juntos convergem
no rio de esperança
que há-de crescer!

Nem que para tal
ergamos as mãos,
gritemos, serenos
irmãos já fomos!
Onde está Portugal?!

JRC ("Lamentações")

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Mais um abraço plural

Nestes meus 'vols de nuit', com saudades do Cascais Jazz, no seu Pavilhão Dramático dessa vila, sou transportado, ao ler a evocação de meu mui citado mestre JAM, no seu post de hoje (tanto quanto estas "mestiçagens culturais" sempre me trouxeram), para aquele cosmopolitismo que o Tejo traz e leva, com cheiro a rio e maresia, onde a mente tenta sempre ser o que aqui ainda não foi e, por isso, quando for já não é, o qual nunca será demais lembrar, qual dança espiral que nos traz vida, dizendo sim, dizendo não ...! Vivendo, navegando, trazendo aí o pensamento que a vida constrói, fazendo em nós as mestiçagens que nem os tempos negam, gravadas na pele da nossa imemorial humanidade!

terça-feira, dezembro 18, 2007

Para o meu pequeno Manuel

Mensagem de Natal num ... "papagaio"!

Com tristezas vou vivendo o nome Manuel. De muitos que me rodeiam, nem todos com boas intenções, aquele a quem escrevo esta dedicatória é o meu mais velho, a 'navegar essas águas' da aventura em terras de sua Majestade ...! Mas a este, que muitas vezes me imagino a visitá-lo, como se montado num papagaio isso fosse possível, por terras lá ao longe da Mancha, trago no coração e no pensamento, talvez também no 'baú' das minhas preocupações! Mas sempre com aquele amor e carinho com que o trouxe ao meu colo!

Já não sei é se quem precisa mais de protecção sou eu ou ele. Mas que, por estas alturas solestícias de inverno, com a neve, as árvores de Natal e as boas aventuranças que nos atravessam o coração, estamos em elevado estado de graças, com ou sem alinhamentos astrais, lá isso estamos! E, com maior ou menor necessidade de protecção, em estado de maior ou menor felecidade em que se encontre, dedico, este Natal, esta música do Bono ao meu Manel! Com um grande abraço do pai! E dos maninhos também! Esperamos ver-te. Quando quiseres ou puderes!

segunda-feira, dezembro 17, 2007

Ainda vale a pena dizer "Deus não Dorme"!

Retomo, quase que a contra gosto, a escrita nestas páginas sofridas pela angústia acumulada na 'cruz' trazida por quem tem de se sujeitar às maleitas que esta missão pública provoca, hoje em dia sobretudo nos que ainda se entregam ao dever de tratar todos por igual, porque na casa que é de todos ninguém tem títulos de exclusividade ...! Pelo menos, assim fui educado, assim me tornei um servidor público e, por isso, daqui ninguém me arreda! A não ser pelos meandros da kafkianice jacobineira, que ao contrário do que já publicamente quiseram fazer crer até às instâncias presidenciais, a maior onda de politização nas escolas públicas portuguesas, a começar pelos quadros dos seus orgãos de administração, vem das pseudo-esquerdas intelectualistas e aburguesadas q.b., com ou sem filiação nos partidos, hoje, tidos como da direita.

Como de costume, nestes meus postais de lamentações que a angústia promove, assim me introduzo nesta mensagem que, aqui e agora, mais uma vez tenho de apontar, ainda vinda do J Notícias, e sempre a dar-me a razão que eu, aprioristicamente, nunca pretendi, mas que os factos mais uma vez corroboram, a posteriori. Para aqueles que dizem que eu sou um Professor demasiado exigente, e principalmente para esses quantos me tentam derrubar, hipócrita e cobardemente, através de processos e mais processos (ainda agora com mais um de averiguações, que é para não lhe perder o gosto), tomem lá "que é democrático"! Deus não dorme!
(o sublinhado a vermelho é da autoria do Publicista).

O recado foi claro em democracia, quem decide tem de estar preparado para ouvir "a voz do povo". A circunstância era a educação e as palavras as do presidente da República, alusivas ao diálogo do Governo com os professores. E o contexto foi a assinatura de um protocolo para combater o insucesso escolar em Matosinhos, rubricado por autarcas, empresários e escolas.



Presidente diz ser necessária cultura de exigência no ensino


"Espero que o diálogo de todos os intervenientes no processo educativo se possa aprofundar", disse Cavaco Silva, lembrando que os professores têm um "papel decisivo" naquele que é a "instituição inclusiva por excelência" - a escola - e que a sociedade portuguesa "tem de contar com a sua motivação, a sua dedicação e o seu entusiasmo".


O presidente aproveitou para saudar a "resposta extraordinária" dos empresários aos seus apelos para que apoiem projectos de inclusão social. Bem como as autarquias de Paredes e de Matosinhos por lançarem parcerias locais com empresários na área da educação.

A deslocação a Matosinhos visou assistir à assinatura de um protocolo para promover a inclusão social dos alunos do 3º ano do Ensino Básico. Isto porque as estatísticas oficiais indicam uma taxa local de insucesso escolar de 19,1% entre esses estudantes, enquanto o abandono escolar é de 2,7% neste grau de ensino. Para inverter o quadro, o protocolo prevê um investimento de 500 mil euros, em dois anos, para reduzir o insucesso e o abandono.

Mais tarde, já em Alcanena, na inauguração do 17º Centro Ciência Viva do país, o Carsoscópio, Cavaco Silva voltou a abordar os problemas da educação, afirmando que estes não se podem resolver sem exigência e que o "ciclo depressivo" na aprendizagem da matemática não pode ser quebrado com "a desculpabilização do insucesso".

"Aprender exige disciplina, trabalho, exige esforço da parte de professores, pais, da comunidade, mas também muita disciplina dos alunos", insistiu o presidente da República. (…)”

domingo, dezembro 09, 2007

Despertai, com o troar dos canhões negociais ...!

Lembro-me da "Guerra e Paz", na premiada versão de Bakhunine! E de tudo o que me faz lembrar as revoluções dos imperadores, com "a liberdade na ponta das baionetas"!

Vejo e revejo-me, como quase sempre, nas frases tantas vezes inconvenientes de meu mui citado mestre JAM, agora em jeito quase peripatético deste seu postal, sobre a cimeira UE-África. E não consigo esquecer as palavras, envoltas em melancólicas melodias, deste trecho dos Pink Floyd:

sexta-feira, novembro 30, 2007

Porque hoje se para, talvez não haja tempo ...!

"Avec Le Temps"


Dedicando esta cogitadela a mestre JAM ...! Pelo seu postal de hoje ... me lembro dos pedaços de tempo sem tempo, ao jeito peripatético de uma atitude pedagógica em que, tentando 'transportar' meus discípulos por esse instante intemporal, os faça compreender as relativas dimensões do cosmos que somos, limitando-nos a perceber que a nossa inteligência não abarca a do Criador...!
Experimentamos as possibilidades do infinito, com as nossas finitas possibilidades!

Pelo que, se conseguirmos chegar a esse limite humano da compreensão limitada pela 'linha' da nossa incapacidade de a ultrapassar, resta-nos essa contemplação do nosso espaço que começou depois do tempo, que se continua transformando pelo tempo, que acaba antes do tempo, como se tudo acontecesse dentro do tempo! Porque tempo é sempre! No tempo, nunca acabará o sempre! Antes, agora e depois!






Por isso, não há tempo para estes versos, lococionados ao som e ao ritmo de uma melodia de tempos gritantes, sempre tão intemporais como as situações que a geraram!

quinta-feira, novembro 29, 2007

Sujeito objectivo

Cada um de nós é um pequeno universo dentro de si mesmo, apenas assim sentido e vivenciado, apesar de só observável pelos outros! Cada um de nós não se observa a si mesmo, pelo que aquilo que pensa de si mesmo só pode ser aferido por tudo quanto , em nós, se reflecte a partir dos outros e do que nos é exterior. Por outras palavras, cada um de nós apenas tem consciência do mundo dentro de si mesmo, independentemente de tudo quanto o mundo possa ser.



Mas, como o mundo não pode ser sem nós (sem o “eu” que há em cada um, pelo que o pensado só existe pela existência do pensante), só existe porque nós existimos (se eu não existisse, o mundo, através de e para mim, também não). Portanto, a vida, para mim, é tudo em que existo. Nada mais pode ser considerado, para mim, além disso. Além de mim, nada mais existe! O mundo que há para mim sou eu! Tudo o resto é o que me observa, que me é exterior!

Das trovas, dos tempos e dos ventos ... que passam!

Depois da manhã em que tive de me dirigir às chefias subestatais inferiores, com ares de cão enraivecido pela indignidade da injustiça da cegueira burocrática, tais são as características decadentistas deste estado a que chegamos, encontro-me em casa a tomar conta, em dia livre de deveres escolares calendarizados, do meu mais novo, adoentado, que o Pai também está, no meio deste turbilhão de ventos que a demopatia vai fabricando, a tomar conta da saúde, tais são as investidas desta besta que a todos, assim, nos vai atormentando ...!
E ponho-me a ouvir Adriano Correia de Oliveira como música de fundo, enquanto vou navegando, mais um pouco porque "navegar é preciso ", pelas minhas 'ruas' da net. Depois do que já disse, vi, discuti e conversdei hoje, inspiro-me no post de meu mui citado mestre JAM, e não resisto em gritar este poema de Manuel Alegre, tão bem cantado por Adriano:
TROVA DO VENTO QUE PASSA
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
E o vento cala a desgraça
E o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.



Qualquer semelhança entre as circunstâncias sócio-históricas que inspiraram estes versos e a presente situação vivida neste nosso bocadinho de Terra que gostávamos que fosse céu não é mera coincidência. Há inúmeras razões para que, hoje de novo, talvez mais que outrora, gritemos Venha a revolta! NÃO queremos/ podemos mais! RESISTAMOS! DIGAMOS NÃO! NÃO! NÃO! ...... MIL VEZES NÃO! ETERNAMENTE NÃO! FASCISMO NUNCA MAIS!

Agora, as armas do nosso Hino são ... ilegais?

Facas de plástico, soldadinhos de chumbo e ... o Governo dos "turnos da noite"!???

Vejo-me a percorrer as linhas do DN de hoje. Muitas são as novas que já passaram de moda, como de costume. Sem leituras semióticas, lá vou eu espreitando o pequenino espaço das pequenas notícias de grandes virtudes, que escasseiam mais que a chuva (este elemento natural já foi "moeda do valor" da 'fartura', que era como quem diz "como a chuva") neste portugal dos P(r)equeninos.



No entanto, merecem realmente nota de destaque, pela novidade institucionalizante, estas inovações (talvez, na esteira de alguns, autênticas invenções governativas, praticamente todas pós-democráticas q.b.) que brotam da dita ciência cibernética da Administração, nesta sociedade convertida, com soldadinhos de chumbo, em organização hiper complexa sem grandes fins (por ironia semântica da analogia à "Tripla Regulação dos Sistemas Complexos Finalizados"). Das que passo a citar:

«Uso das espadas pelos militares foi ilegalizado

A actual Lei das Armas pode dar prisão aos militares que usem as suas espadas e espadins sem ser no exercício de funções, as transportem na via pública ou tenham em casa.

Em causa está a definição do que são armas brancas, a sua inclusão na chamada "classe A" das armas e o facto de a lei 5/2006 se referir às Forças Armadas como instituição e sem abranger os seus efectivos, na prática equiparando os militares aos civis. Como consequência, garantiram fontes militares ao DN, diversas viúvas já entregaram à PSP - "por medo" - as armas que os respectivos maridos tinham trazido de África, no fim das respectivas comissões na guerra colonial.

A referida lei, aprovada em 2006 e quando o ministro da Administração Interna era António Costa, diz que "são proibidos (...) a detenção, o uso e o porte de armas, acessórios e munições da classe A", onde se incluem "as armas brancas sem afectação ao exercício de quaisquer práticas venatórias, comerciais, agrícolas, industriais, florestais, domésticas ou desportivas, ou que pelo seu valor histórico ou artístico não sejam objecto de colecção". A arma branca é o objecto com lâmina "igual ou superior a 10 centímetros".

Militares mais atentos começaram a alertar para o problema pouco depois da publicação da lei, escrevendo mesmo às chefias militares e às associações socio-profissionais. Mas, no final de 2006, a PSP produziu uma interpretação que colide com a dos chefes das Forças Armadas - desde logo, ao afirmar que, "existindo incompatibilidade entre as novas disposições e as regras precedentes" no Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), "ficam revogadas as normas anteriores que dispunham sobre a mesma matéria". Acresce, segundo o texto da Polícia a que o DN teve acesso, que "(...) daqui decorre, igualmente, a impossibilidade de serem mantidas armas da classe 'A' em detenção domiciliária", exceptuando alguns casos.

Sucede que as espadas e espadins, além de símbolo do oficial dos quadros permanentes, são uma "oferta pessoal" dada no fim dos cursos. Acresce que o melhor aluno da Academia é distinguido por países estrangeiros com espadas ou sabres - como aconteceu há dias, na abertura do ano lectivo da Academia Militar do Exército. "O que é que acontece quando [as] levam para casa? E quando acabam a vida militar?", interrogou-se uma das fontes. Também os sargentos - e os próprios chefes de Estado-Maior das Forças Armadas - são distinguidos pelos seus pares estrangeiros com ofertas pessoais daquela natureza, onde os seus nomes surgem gravados nessas armas.

As Forças Armadas, cujas chefias analisaram o caso há poucos meses em sede de Conselho de Chefes de Estado-Maior, entendem que o EMFAR, enquanto "lei especial", não é revogada pela Lei das Armas. E o bilhete de identidade dos militares dos quadros permanentes diz expressamente que os seus portadores têm "direito ao uso e porte de arma de qualquer natureza".

"A pressa do Governo em legislar", não incluindo militares na preparação da lei, e "o lóbi da PSP" que queria "o exclusivo" no ensino do manejo de armas explicam "a situação ridícula" a que se chegou, frisaram as fontes.»

«Chefe 'informados' pela Internet

A forma como o Governo tem tratado assuntos importantes para a instituição militar alimenta, a par das críticas contra certas decisões políticas, o sentimento de desconsideração para com as Forças Armadas, que os militares sentem e dizem existir da parte da classe política.

O recente projecto de alteração dos vínculos e carreiras à função pública constitui um dos exemplos mais recentes: "Os chefes [de Estado-Maior] souberam pela Internet" da existência desse documento, apesar de terem milhares de civis a trabalhar sob a sua tutela - e de os próprios efectivos militares serem abrangidos pelo novo diploma, disseram diferentes fontes ao DN.

A nova Lei Orgânica da GNR, recentemente promulgada pelo Presidente da República, oferece outro exemplo: o Governo deu ao Conselho de Chefes de Estado-Maior, em Abril, um prazo de apenas 24 horas para analisar aquele projecto de diploma, com influência directa na instituição militar. A resposta seguiu três dias depois, dado "as chefias militares não abdicarem de se pronunciar".

Recorde-se que, em Maio passado, o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas aproveitou uma cerimónia pública para criticar publicamente o projecto de lei orgânica da Guarda - cuja primeira versão seria depois vetada pelo Chefe do Estado, Cavaco Silva, com uma mensagem violenta ao Parlamento.

Aquele prazo de um dia - repetindo o método seguido antes pelo Ministério da Defesa com as associações de militares (sobre o Estatuto do Dirigente Associativo, por exemplo) - para apreciação de textos legais que "ninguém sabe quem faz" leva os militares, segundo fontes castrenses, a referir-se a esses autores como "o turno da noite".

Não admira que, em Junho e um dia ou dois após as notícias sobre a reforma do Sistema de Saúde Militar, o pessoal do Hospital Militar da Estrela (Exército) fosse reunido, na parada, para ouvir a garantia de que aquele estabelecimento não iria desaparecer nem era verdade a anunciada criação de um hospital militar único.»

E, por que não, esta:

«

UE 'dá' Taiwan à China e omite direitos humanos


PAULO REGO, Agência Lusa em Pequim
TIAGO PETINGA-LUSA (imagem)
A União Europeia cedeu às pressões da China e condenou explicitamente o referendo em Taiwan sobre a adesão às Nações Unidas, conseguindo em troca apenas um grupo de estudos de alto nível para estudar o problema do défice comercial.

Nos dias que antecederam a cimeira União Europeia/China, que ontem teve lugar no Palácio do Povo, em Pequim, a equipa chefiada pelo presidente do Conselho, José Sócrates, e pelo presidente da Comissão, Durão Barroso, tentou impor soluções para a abertura do mercado chinês aos produtos europeus, bem como a criação de mecanismos de valorização mais ambiciosos do remimbi face ao euro.

Mas na mesa negocial estava também a exigência feita pela China para que a União Europeia condenasse de forma explícita o referendo em Taiwan sobre a adesão às Nações Unidas, o que acabou por conseguir.

Coube a José Sócrates a declaração explícita exigida pela China. Lembrando a "posição tradicional da União Europeia, que continua a reconhecer a política de uma só China", defendendo uma solução "pacífica e de diálogo" para o conflito no estreito de Taiwan, o presidente em exercício da União Europeia afirmou que "o referendo pode alterar de forma negativa o status quo" na região.

A China vê o referendo como um passo independentista e tem dado a entender não estar excluído o uso da força contra a ilha nacionalista, que funciona com governo próprio desde 1949. Em carta enviada segunda-feira à Agência Lusa, o gabinete do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan pedia à delegação da União Europeia, presidida por Sócrates, que não cedesse às pressões da China.»

terça-feira, novembro 27, 2007

Mais vale demandar, de novo, as rotas do bacalhau!

Esta 'coisa' dos rankings, muito schumpeterianamente competicional, não resvala só pelas escolas deste portugalório muito in, paganamente politizado pelos gigantones da música pop del arte de governar, e , em consequência, demopaticamente dirigido para os precipícios da pseudo-cidadania.


Mapa picado da Wikimedia
Aliás, é por falar neste instituto jurídico-político-constitucional da cidadania, nos ditos estados de direito democrático, que merece a pena referir o aspecto, a meu ver, mais estruturante deste indicador composto que é o IDH: nele constam, efectivamente, dados referentes ao grau de participação efectiva dos cidadãos nos assuntos públicos, não só através de sufrágios eleitorais, mas também no assento e tomadas de decisão que respeitam à vida colectiva , nos diversos níveis de político-administrativos (assim como, em concomitância, o grau de não-discriminação dessas afectações, em relação ao sexo); dados referentes à qualidade de vida e ao grau de generalização do acesso dos cidadãos a bens públicos, à capacidade de utilização de informações sociais imprescindíveis ao cumprimento de deveres e ao gozo dos mais elementares direitos de cidadania; etc..

Que significado terá, neste cenário de países reais com pretensões reais, num país que tem medo de si próprio, a começar pela fobia dos seus dirigentes políticos em proporcionar uma verdadeira educação para a cidadania, descer um lugar, de 28º para 29º, entre 177 países e regiões? Ou será um qualquer 'erro de paralaxe' da minha parte? Ou será que sou apenas eu, que estou rotulado de inconveniente (por esses subdirigentes especializados nas migalhas dos micropoderes subestatais deste país pós-prequianizado) e ostracizado, que já tenho alucinações de diabinhos que fazem letra morta das normas constitucionais (e respectivos diplomas subsidiários) que institucionalizaram, civilizacionalmente, essa coisa que é ser cidadão?

Foto picada da Wikipédia

Bom, pelos vistos, apenas me resta tirar, em calão, mais uma dessas conclusões que até o Zé do manguito sabe: desenvolvimento sócio-humano, só ... por terras de suas majestades ... do real ... bacalhau, que ... já foi muito ... português!

"Portugal desce uma posição
Está em 29º lugar no índice de desenvolvimento humano


Portugal desceu uma posição no índice de desenvolvimento humano das Nações Unidas, situando-se no 29º lugar, atrás de países como a Eslovénia, Grécia ou Singapura.
No relatório de Desenvolvimento Humano de 2007 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Portugal consegue 0,89 pontos num ranking que analisa dados relativos a 2005 em 177 países e regiões especiais.
A Islândia lidera com 0,96 pontos, num índice que visa avaliar o estado do desenvolvimento através da esperança média de vida, da alfabetização dos adultos e da escolarização, bem como indicadores de rendimento.
Entre os Estados-membros da União Europeia, Portugal ocupa a 17ª posição. Irlanda, Grécia, Eslovénia e Chipre estão à frente, para além dos países nórdicos e das potências europeias Espanha, França, Alemanha, Itália e Reino Unido.
Atrás de Portugal surgem a Polónia, a Húngria ou a Bulgária e países do resto do mundo como os Emirados Arabes Unidos, México, Rússia ou Brasil.
A taxa de escolarização bruta combinada dos ensinos primário, secundário e superior atinge os 89,8 por cento em Portugal, que viu aumentar de 92 por cento em 2004 para 93,8 por cento em 2005 a taxa de alfabetização de adultos.
A esperança de vida em Portugal situava-se em 2005 nos 77,7 anos e o valor do Produto Interno Bruto era de 20,4 dólares PPC (paridade poder de compra) per capita.
A Islândia, com 0,96 pontos, ultrapassou a Noruega, que foi número um no ranking nos últimos seis anos.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Se não fosse contado diriam que era paranóia, ...

Neste fim de semana em que, em várias frentes, as minhas cores (clubistas e nacionalistas, salvo seja em bom sentido) não mostraram de que 'raça' somos feitos, e depois de ter cumprido mais uma maratona de meus deveres funcionais docentes (e para o qual o Orçamento de Estado ainda não deu cobertura, nesta onda de saneamento orçamental toda voltada para dentro e para baixo, em vez de tratar, estrategicamente, de investir reprodutivamente, para cima e para a frente), com grande dispêndio (portanto, não reembolsável) de energias (próprias e da EDP), e de materiais (lápis, esferográficas, afias, papel, impressora, tinteiros de impressão, candeeiros, mesas, cadeiras, etc., assim se fazendo em casa, o que deveria ser investimento deste patrão a que, ainda, chamamos Estado, no que poderemos chamar escritório da Escola em casa), dou de caras, em jeito de passatempo de café a ver o meu querido Belenenses, com esta notícia do J Notícias.

Se não fosse contado, diriam que era paranóia ou, pelo menos, que se trata de mais uma das minhas "teorias da conspiração", ou que é mais uma das minhas manifestações de vitimização ... ?!!! O caso vai dar que falar, ou então será mais uma das abafaduras do power is beautyfull, sempre passível de falência judicial (...)!!!

«Maioria das fotos paparazzi em Portugal é encomendada


Revista 'Caras' publicou fotos do José Sócrates com namorada e filhos deste

Pedro Antunes Pereira

Deambulam pelas principais ruas da capital, com máquina fotográfica a tiracolo. Passam por meros turistas e raramente dão nas vistas. No entanto, o objectivo é só um encontrar alguma cara conhecida a fazer compras numa loja, a tomar café ou a trocar carícias. Fazem-se acompanhar de pessoas amigas, nem que seja para disfarçar os disparos da objectiva. Ainda que em minoria, os paparazzi portugueses começam a meter as películas de fora na tentativa de conseguir "aquela" fotografia.

Falar disto com fotógrafos e responsáveis de revistas é uma verdadeira aventura. Quase ninguém quer dar a cara e os que dão preferem o anonimato. Uns porque não querem ser vistos como sendo oferta, os outros como sendo procura. No entanto, todos os que falaram ao JN são unânimes 80% dos trabalhos publicados como sendo paparazzi são encomendados e convenientemente combinados.

Um dos mais recentes exemplos - a fotografia do primeiro-ministro com a sua namorada que povoou alguns revistas - é uma prova disso mesmo "Quem conhece o ambiente que rodeia José Sócrates sabe que uma foto daquelas ou foi soprada por alguém e, se calhar, com o consentimento dos dois visados, ou foi uma grande sorte para quem a tirou", diz Hugo Correia.

A directora editorial das revistas semanais do grupo Impresa, onde está incluída a "Caras", concorda que este "é um mercado em crescimento, em consonância com a evolução dos meios de comunicação social num sentido mais anglo-saxónico, em que os fenómenos da vida privada começam a ter interesse quase idêntico ao das questões públicas". Fernanda Dias acrescenta que "muitas vezes são os profissionais do sector que apresentam as fotos".

Curiosamente, os fotógrafos afinam pela posição contrária "A grande maioria dos trabalhos é encomendada ou com o consentimento dos protagonistas, mesmo aquelas que parecem fortuitas".

Saber preços é que é impossível, já que o segredo parece ser a alma do negócio. Ninguém adianta valores "Cada caso é um caso" parece ser o lema das duas partes, ainda que um dos profissionais do sector tenha adiantado um pagamento de cinco mil euros por um trabalho realizado.

A verdade é que as revistas sociais não passam sem fotos paparazzi. Uma das fontes, contactadas pelo JN, diz mesmo que "as vendas sobem quando aparecem este tipo de fotografias", sobretudo quando "os protagonistas são pessoas que fazem questão de manter a sua privacidade. Não há dúvida que as mais valiosas são as imagens daqueles que mais se recatam".»

sábado, novembro 24, 2007

Quando o poder voltar aos "sem poder"!?...


Apenas me apetece dizer que ... muitos dos que, certamente, irão ler o post de meu mui citado mestre JAM, não merecem que tais palavras se lhe dirijam, porque nunca souberam aquilo para que nunca tiveram espírito e capacidade de apreensão, ou, por outras palavras, não se pode utilizar uma linguagem qualquer para quem não sabe comunicar, que é o mesmo que dizer para quem não entende língua nenhuma (talvez, apenas, em aproximação a um dialecto sócio-linguístico pós-abrilista lusitano, o prequianês)!

Lembro-me de outros que tais, não menos arrossados que esses ciumentos da exclusividade demopática, proprietários dos complexos de uma pseudo-esquerda que não tolera que qualquer cidadão não prequiano possa ouvir ou, tão somente, dizer que gosta de José Afonso, Adriano, dos poemas de Manuel Alegre, ...! São xenófobos? É claro que SIM! SÃO EXTREMAMENTE XENÓFOBOS!


Não admira, portanto, que condenem JAM por dizer que Marx lhes diria que não é marxista! É, para eles, pura heresia, tão herética quanto seria ler um bom livro (=ouvir uma qualquer boa música, ou deixar-se ir na contemplação de qualquer manifestação cultural) para os guardiões de revoluções "fast consumption", como também o foi para os inquisidores do Santo Officio!!!


Enquanto for atribuída qualquer parcela de poder a quem tão impropriamente o detem, qual usurpação moral da virtude que não conhecem e, por isso, do hábito que não lhes assenta, anda o Povo a penar em sinfonias de notas trocadas, já que, se não for por não ter acesso à necessária formação musical que ainda não tem (será que, tão pouco, se lhe pergunta se gosta da melodia?), arrasta consigo a responsabilidade de indigitar 'músicos' que apenas tocam, de ouvida, cantares de outras línguas não aprendidas!


Basta dizer-lhes, por exemplo, que justiça social é uma expressão da Doutrina social da Igreja (Rerum Novarum), social mas não ideologicamente equivalente à marxista expressão questão social, para entrarem em vulcanização de larva adjectivante (normalmente como reaccionários) com que qualificam os alegados indignatários! E, como têm sempre medo que se lhes descubram os pecados com que pretendem culpar todos os que os não seguem, escondem nessa sua cobardia a integridade que nunca tiveram!


Com certeza que será sempre mais forte quem reconhece as suas fraquezas, os seus limites! Mas há por aí muitos avermelhados (e o vermelho é, sempre, uma côr linda, viva, quente, nobre), bem amarelos por dentro, frequentemente com roupagens multicoloridas, que não reconhece limites por, simplesmente, não lhes ter sido, nunca, dado a conhecer horizontes reais! Andam, simplesmente, a sonhar, a cultivar sonhos regeneradores das ilusões de outros sonhos de outrora, e a divulgatar evangelhos segundo ídolos da fantasia! O surrealismo não poderia ser mais real! É o sonho tornado realidade! É a vulgarização da utopia! É a loucura da razão!


Apetece-me parar de pensar! (?)!

quinta-feira, novembro 22, 2007

Da Demopatia

Demofilia é paixão (do demo ou do povo)! Demopatia é doença! Tudo tão natural como a nossa sêde!

Tudo deve ter começado nalguma das carências em 'vitamina S' (social), para usar uma expressão que evoca as sábias palavra do exímio Prof. Luis Cabral de Moncada, na sua célebre Filosofia do Direito e do Estado, quando noz diz que:

1. Quando um povo sem instrução vê asseguradas as suas necessidades básicas de alimentação, habitação e segurança, pouco ou nada mais se interessa pelos assuntos públicos. Como uma massa generalizada de imoralidade e incumprimento do dever social de participação.

Os caminhos por que é conduzida esta massa, politicamente inanimada, ilusoriamente democratizada, não estão nos horizontes da consciência (individual e, a fortriori, social) de qualquer indivíduo! As palavras e, acima de tudo, as antinomias referidas por este Professor coimbrão aqui seguido, revelam-nos de sobremaneira a veracidade destas conclusões!

2. "... está bem à vista o movimento do chamado «direito social». Este é um fenómeno geral europeu da época que está entre as duas guerras mundiais, em íntima ligação com o restante movimento socializante que já conhecemos. As novas ideias ... em todas elas está patente, em suma, uma profunda tendência social, orgânica e anti-individualista do direito moderno em luta contra as tradições do século XIX.

3. E o mesmo pode dizer-se das ideias e teorias filosóficas ... portadoras dum sentido idêntico. Tais doutrinas e concepções dizem respeito à essência do próprio direito, natureza e dignidade dos seus fins, à natureza das relações sociais, à função do indivíduo na suas relações com a sociedade, ao «transpessoal» do Estado, e finalmente a toda uma ontologia própria das coisas sociais." (...)
1

- direito à vida ...?
- direito à privacidade ...?
- direito ao bom nome ...?
- etc., ..., etc.!

Lembro-me de mais esta, por exemplo: "O direito ... tem de se naturalizar primeiramente cidadão da república da Ética, se quiser conseguir aquele mínimo de validade e eficácia que lhe são necessárias para poder socialmente cumprir a sua missão." (...)
2

4. "... O estado como que se despolitiza e se tecnifica a pouco e pouco cada dia mais. A sua direcção vai passando gradualmente das mãos dos políticos profissionais e amadores doutrora para as de técnicos especializados nos múltiplos ramos dos serviços públicos. ... Em vez de ser ele [o Estado] a nação organizada, protende a converter-se numa organização diferente, mais ou menos artificial, imposta sobre a nação, e que esta aceite por interesse e necessidade inadiáveis. Dito por outros termos: dentro deste maquinismo tentacular, o indivíduo, cada vez mais alheio à complicada ciência do governo e distante dos problemas que ignora, vai-se também mais facilmente prestando a sacrificar, a todo o momento, importantes doses da sua liberdade e personalidade a uma soma cada vez maior de bem-estar e segurança. As ideologias e os mitos do passado dissipam-se como fumo." (...)
3

Tudo isto porque alguém, hoje (ontem) me bateu à porta e perguntou se já estava servido com internet. Respondi, cordialmente (mais por respeito por quem, sobretudo com um espantoso ar de desperdício jovem, tem necessidade de se sujeitar a este tipo de trabalho), que não respondia! "Mas então, diga-me, se já tem, qual é o seu serviço ...?". Voltei a responder: "Não digo"! - "Então, mas porquê não me diz?"! - "Porque não quero responder!... Obrigado!". E o sujeito lá se foi.

Agora, de que me serve reivindicar a manutenção do exercício deste direito individual, se os que actualmente cuidam da manutenção institucional de valores sociais estruturantes atropelam, em seu nome, os mais elementares direitos individuais (naturais)? Não há sociedade sem indivíduos (EUS), nem comunidade sem essa totalidade de indivíduos que somos NÓS, assim como, por essa via, não haverá polis sem cidadãos!

Qualquer semelhança entre estas considerações, projectadas do passado de há meio século editado, e o presente, não é pura coincidência, nem se esgota nas conclusões a que induzem!

_____________________
(1) MONCADA, Luis Cabral de, Filosofia do Direito e do Estado, 2ª ed., Coimbra Editora, vol. 1, pp. 369 e ss, Coimbra, 1955.
(2) Idem, vol. 2, pág. 293.
(3) Idem, vol. 2, pág. 243.

terça-feira, novembro 20, 2007

Tai Chi em Letras (1)

Agradecimento

Devoto-me, sofredor,
ao poder do abrigo
que, do mais além,
fonte certa de aconchego,
se mantém fiel
depositário dos lamentos
que de nós próprios escondemos,
onde já não temos coragem
para , nesse exercício quotidiano
que a vida nos pede,
sempre que nos dá luz e alimento,
sentir a esperança
que pode ser a sorrir,
a chorar, apenas a lamentar,
mas sempre a dar, a dar ... e
poder agradecer!

Assim me entrego em mim,
sem saber como me recebo,
neste enlear de sentimentos
não isentos de culpa, mas sei,
quanto de mim não pertence
à razão de me julgar!
Por isso medito, e penso
na distância por alcançar
até percorrer, sem pecado,
sem erro de enganar,
esses caminhos para mim!
E, então aqui chegado,
que esplendor imenso
poder agradecer!

JRC 2007

domingo, novembro 11, 2007

Ainda ecos da semana que acabou

Continuamos "filhados" p´la subestatal razão não complexa!

Depois de agradecer a meu mui citado mestre JAM a nota solidária deixada no seu blog, onde referiu estar "sempre contra o estatismo e o soberanismo, filhos do terrorismo absolutista da razão não complexa”, ainda me mereceu destaque, nestas navegações pelo ciberespaço, sobretudo a nota de pesar por alguém, que eu não conheço, se ter "das leis da morte libertado". Da forma como li as referências a este (tristemente) inesperado golpe à vida daquele jornalista (Armando Rafael) e amigo de quantos leio (e, nem que seja só por isso, também por mim respeitado seria), aqui me solidarizo neste momento de luto, aos seus familiares e amigos! Muito sinceramente! Assim ... qualquer amigo chora ...!!!

Destaco também o fillamento que a tal razão leviatânica tem debitado à nossa cidadania! E porque já aqui tenho evocado a importância da dimensão educacional neste pilar principal da nossa pretensa democracia, aqui deixo um simples mas muito curioso trecho de mais um colunista (do Jornal de Notícias), para mim desconhecido, mas muito intuitivo nos apontamentos como o de que, agora, deixo testemunho:

" Bem-vindos à era do sucesso escolar!







Impertinências, António, Freitas Cruz, Jornalista

Foram esta semana franqueadas de par em par (faltando apenas, que se saiba, a passadeira vermelha) as portas de acesso à gloriosa era do sucesso escolar. Refiro-me, como é bom de ver, ao regime de faltas às aulas os estudantes que andarem na gandaia durante o ano lectivo terão, no final, uma prova dita de "recuperação", através da qual são absolvidos e aprovados, porventura com voto de louvor e registo de mérito. Está encontrado o sucesso estatístico para europeu ver. Espera-se agora (é só mais um pequeno esforço de facilitismo) que a prova venha a poder ser feita em casa e enviada à escola por fax ou por e-mail, assim se aproveitando os computadores vendidos pelo Governo (bem entendido, os que ainda não avariaram). Longe vão os tempos em que a ministra dizia recear a má sorte dos alunos que, faltando às aulas, se perdiam nos ócios deletérios dos cafés ou em sítios piores. Mais perto, e seguramente menos respeitáveis, estão também os tempos em que se cuidava dos interesses dos estudantes arrebatados pelos pais ao fiel cumprimento dos deveres em troca de férias na neve. E longíssimo ficam (ai de mim!) os tempos em que o velho e adorável professor Xavier me obrigava, e aos meus colegas, a papaguear a tabuada de trás para a frente e da frente para trás. Ah!, e a não dar erros na ortografia e na sintaxe, como agora até tem graça e confere estilo. Ominosos tempos, esses, da «escola risonha e franca», quando não nos passava pela cabeça a ideia de magoar um professor - quanto mais de o insultar e agredir!

António Freitas Cruz escreve no JN, semanalmente, aos domingos”

quinta-feira, novembro 08, 2007

Depois de ontem ... agradeço este desabafo da Mª José NP

Procurando novas nesta blogosfera que mais percorro, dei de caras com um excelente artigo (mas admitindo, sempre, que ninguém diz tudo acerca de qualquer coisa), no DN da Drª Mª José Nogueira Pinto.

Depois da tempestade de ontem, constitui para mim um desabafo. Porque vem iluminar, um pouco mais, o teatro dos acontecimentos em que me vejo envolvido e aprisionado há já quase vinte anos. De que, no fundo porque de princípio, sinto, talvez cada vez mais forte, a vocação que me levou a servir esta causa nobre: participar na construção do futuro a que todos aspiramos.

O que nunca foi fácil, hoje é estupidamente hipócrita! O que já foi causa nobre, hoje é instrumento de perversidade! Aí onde reinou a virtude, dissemina-se, hoje, o vício! Sem discriminação social, funcional, sexual! Apenas com as particularidades inerentes ao jacobinismo xenófofo, de quem não se pode esperar tolerância para com as diferenças, agora, niveladas por pretensas igualdades dos cada vez mais desiguais.

Gostei, "Zèzinha"! Obrigado!!!

"
EDUCAR É CONTRARIAR
Maria José Nogueira Pinto
jurista


Esta fórmula simples era usada pela minha tia e provocava-nos, a nós crianças, os piores sentimentos. Já o povo dizia que de pequenino se torce o pepino. O tempo deu-lhes razão! Toda a polémica em torno de duas questões - o ranking das escolas e o novo regime de faltas - obriga a refrescar a memória sobre quais foram, nos últimos trinta anos, os pressupostos filosóficos do modelo educativo português.

O primeiro e o mais nocivo é o princípio rousseauniano da criança boa, ou boazinha, ou tendencialmente boazinha. Daqui decorre a ideia peregrina de que a escola tem de ser um sítio divertido e os professores uns amigalhaços.

O segundo princípio é o da absoluta igualdade entre todas as crianças. Se a todos devem ser dadas, igualmente, oportunidades, isso não significa que todos, igualmente, as aproveitem. Ao não se querer estabelecer diferenças, optou-se por um nivelamento medíocre, em vez de dar a mão aos mais problemáticos sem tolher os melhores.

Durante trinta anos, diabolizaram-se os valores da autoridade, do rigor, da exigência e da disciplina. O esforço e o mérito, factores que diferenciavam os melhores dos piores, foram tidos como uma ameaça à pureza dos dogmas da bondade natural e da igualdade.

O modelo educativo, objecto de sucessivas tentativas experimentalistas, foi-se reduzindo à mais elementar expressão: uma educação sem memória, métodos simplificados, todo o esforço removido, um excesso de especialização roubando qualquer perspectiva de conjunto, noções fragmentadas sem referência a qualquer pano de fundo. O pensar, o exercício sistemático do raciocínio, o ginasticar do cérebro como única forma de o fortalecer, tudo isso era contra-indicado: aborrecia os alunos, acentuava as diferenças, revelava o potencial e o esforço de uns e o desinteresse ou incapacidade de outros, o mérito e o demérito.

A título exemplificativo, imaginemos como se sairia, hoje, um aluno de dez anos de idade, se submetido a provas idênticas às que enfrentámos nos exames de admissão às Escolas Técnicas e aos Liceus. Decerto não as superaria. Por ser menos inteligente? Não. Por não ter sido capacitado para tal.

O objectivo deixou de ser o de educar e ensinar. A escola tornou-se um entreposto de todos os problemas, desde os meramente burocráticos até aos eminentemente sociais. Sobre o emaranhado legislativo, as instalações sem condições e a falta de orçamento, caíram as circunstâncias dos próprios alunos: a fragilidade das redes familiares, a solidão, os comportamentos aditivos, a pre-delinquência, o abandono.

Politicamente, não foi relevante saber se se estava a produzir iletrados ou se muitos dos alunos faziam da escola um mero local de passagem. Politicamente, o mais importante eram as estatísticas e os indicadores. Para cumprir estes desideratos impunha-se que todas as crianças estivessem inscritas numa escola. Mesmo que a frequentassem pouco e mal.

Comparar o ensino privado e o ensino público, hoje, é comparar o incomparável. O ensino público português formou gerações e gerações com excelente qualidade. Eu frequentei o ensino público, os meus filhos frequentaram o ensino público. Mas, actualmente, as circunstâncias específicas das escolas públicas, que não podem fechar-se à massificação, não podem selecionar os seus alunos, se desgastam a resolver problemas a jusante e a montante, não têm autonomia organizativa e reflectem as ameaças da sua envolvência externa, impedem-nas de disputar rankings.

Tudo isto é óbvio. Desperdiçámos muito do nosso capital humano ao mergulhá-lo num caldo de cultura laxista, bacocamente tolerante e permissiva, que infantilizou as crianças e os jovens. Mudar é quase um acto revolucionário, é ontológico e do domínio da filosofia dos princípios. Não vale a pena culpar a ministra. Melhor será perceber que a educação não é um problema governamental. É, certamente, um problema nacional com culpas partilhadas. E de díficil solução.

quarta-feira, novembro 07, 2007

O 'apagão' educacional!

S. O. S. - PROFESSORES

Finalmente, assumo (publica forma) que já não tenho quaisquer margens para duvidar do complôt que estas subestatais cadeiras de micropoderes administrativos (merece ser investigado quem, de facto), subversivos da ordem institucional q. b., moveram e movem:

1. contra a própria educação (os alunos e, em última instância, a própria evolução social que aí está hipotecada, com esta primazia de interesses pessoais e grupais em detrimento do interesse público geral);

2. contra a minha dignidade estatutariamente inerente à função profissional a que me devotei;

3. contra a minha integridade pessoal, psicológica e (decorrentemente) fisicamente afectada.

S. O. S. - PROFESSORES

Hoje, 6 de Novembro do ano de 2007,

4. depois de quatro processos disciplinares (e sem contar com outras 'ameaças' de processo) e das respectivas sanções;

5. depois anos de "tratamentos" pessoais muito pouco dignificantes por quem, de direito ou de trato devido, poderia ter assumido uma postura, se não não conivente, pelo menos não negligente, pelas funções que desempenha;

6. depois de algum apoio jurídico que uma associação sindical me prestou, aconselhando-me a não ter o meu primogénito em tal ambiente escolar,

OS ALUNOS DE UMA DAS TURMAS A QUEM DOU AULAS, PRIMEIROS INTERESSADOS NA CONSTRUÇÃO DA APRENDIZAGEM QUE CONSTITUI O PRIMEIRO E ÚLTIMO FUNDAMENTO DA EXISTÊNCIA ESCOLAR, NÃO COMPARECEREM NA SALA DE AULA!!! PORQUE, AO QUE TUDO INDICA, ALGUÉM OS APOIA NESSE AUTÊNTICO BOICOTE,

NÃO ME RESTAM OUTRAS ALTERNATIVAS QUE NÃO SEJA O PÚBLICO E INSTITUCIONAL APELO ÀS INSTÂNCIAS COMPETENTES, ASSUMINDO QUE ESTE MEIO INTERNÁUTICO CONSTITUI, PARA MIM, PROVA SÓCIO-TÉCNICA DA MINHA VULNERABILIDADE E FALTAS DE APOIO CAPAZES DE ENFRENTAR OS AUTÊNTICOS ATENTADOS DE QUE TENHO SIDO ALVO.

Por isso, envio este postal a todos quantos, a partir daqui, possam e me queiram ajudar.

Incluindo a própria Comunicação Social não instrumentalizada!

E, em última instância, a Suas Excelências:

Sr. Presidente da República, PD Aníbal Cavaco Silva

Sr. Cardeal Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo

Sr. Procurador-Geral da República, Dr. Pinto Monteiro

Sr. Primeiro-Ministro, Engº José Sócrates

Srª Ministra da Educação, PD Mª de Lurdes Rodrigues

E a todas as outras autoridades competentes!!!

Deus queira!

O Professor autor deste blogue,
José Rodrigo Coelho!

segunda-feira, novembro 05, 2007

Afinal, eles são ... muitos!

Lembro-me de uma passagem da banda desenhada (do Buck Jones), de há quatro décadas passadas, em que um grupo de "conquistadores do Oeste" perseguia uns quantos índios (para aqueles, uns peles vermelhas, ou selvagens), quando um dos gun men observa:
"- Afinal eles são poucos!"
Ao que outro responde:
"- Mas estão bem escondidos!"
(...)

Agora, que nestes meandros do mundo educativo já vou com uns quantos processos, todos de muitas intenções e muito pouco disciplinares (que o fossem, ao menos, disciplinadores?!), vejo que não pode haver margens para dúvidas que "eles", afinal:

- já não são tão poucos como a evolução deste Processo Revolucionário Em Curso deixou a entender (a Escola em que professo não está, de modo algum, isolada nem institucionalmente desacompanhada);
- nem são dignos da identidade sócio-cultural comparável à dis ameríndios;

- já não precisam estar bem escondidos, pois o seu comportamento social/ pressupostos ideológico sócio-estruturantes vincam a moral implícita dos que deveriam moralizar;
- as kafkianíssimas tática e técnicas do linchamento pessoal e profissional (...) estão bem patentes nos meandros do tal subestatal poder dos detentores do contra-poder da Administração Pública!

Eles estão aí! Desde sempre! Agora, mais que nunca!
É uma pandemnia social! Associal!
'Virulogicamente' anti-social!
Moralmente amoral!
Politicamente radical!
Ideologicamente xenófoba!
Naturalmente deshumana!

Fotos picadas de b-westerns

terça-feira, outubro 02, 2007

Das perseguições Kafkianas nesta res publica portuguesa!

Eu também sei escrever. Assim penso, sobretudo a partir dos ecos que me dão os que me escutam e/ ou me lêem e me compreendem.

Não gosto da morfosintaxe complexa, nem de estilos enigmáticos, para dizer em linearidade compreensiva aquilo que é directamene apreensível das situações realmente vivenciadas.

Por isso, apenas aqueles que pensam que conseguem atribuir importância às coisas (quer a tenham ou não) pelo facto de, sobre elas, construírem complicadas construções discursivas, apenas esses, repito-o, o fazem para encobrir a falta do resto da realidade que não conseguem compreender.

É desta forma que julgo justificar o recurso às palavras escritas de meu mui citado mestre JAM, pois com elas encontro a melhor forma de reproduzir muito do que sinto em relação àquilo que a todos os servidores da res publica pode importar. E diz assim:

“Tenho muito orgulho em ser funcionário público, ter um "ofício", ser "vicarium", estar integrado numa instituição e servir uma ideia. Começo a ter vergonha de estar na função pública deste Estado a que chegámos. E quase todos os dias me apetece ir ao meu aforro e publicar um grande anúncio num jornal de grande circulação, pedindo que me dêem emprego para aquilo que sei fazer, longe destas castas capitaleiras e partidocráticas que assaltaram o aparelho de Estado, onde o lastro inquisitorial e pidesco nos asfixia, especialmente com o recente regresso às denunciações de ouvida, com colegas e com chefezinhos a aceitarem as vilanias e a difundirem bufarias.

(…) Vou tentar utilizar o investimento feito noutras unidades orgânicas onde haja ideias de obra, manifestações e cumprimento das regras do Estado de Direito. E mais não digo. Porque tenho vergonha.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Ficções intercaladas

Ou quanto não valeria a pena ver este cenário realizar-se? [1]

«Bloco acusa Sócrates de ser "porteiro dos grandes interesses dos negócios".

O Bloco de Esquerda (BE) acusou o primeiro-ministro, José Sócrates, de ser o "porteiro dos grandes interesses, dos negócios" por alegadas pressões a favor da SECIL e da ampliação das pedreiras na Arrábida por mais 37 anos.

O Governo acusa bloco de ser “porteiro dos pequenos interesses dos negócios”, por alegados conluios, muito discretos, dentro dos meandros dos microautoritarismos subestatais que grassam, um pouco por toda a nossa função pública, neste portugalório pós-prequiano, seguindo aquelas modas que já passaram de moda … !(?)

A acusação foi feita por Francisco Louçã, coordenador da Comissão Política do BE, no encerramento de uma conferência sobre alterações climáticas, em Lisboa, organizada pelo agrupamento do Parlamento Europeu Esquerda Unida Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), a que pertencem os bloquistas.

A acusação foi feita por José Sócrates, secretário-geral do PS e PM de Portugal, na abertura das jornadas de reflexão sobre a modernização da função pública europeia, no Porto, organizadas pelo NUREIEVFP (Núcleo Reivindicativo de uma Europa sem Vínculos à Função Pública), com sede inaugurada em Washington, por ocasião da recente visita do nosso PM àquele país.

No final do encontro, Louçã mostrou imagens de Sócrates há dez anos na RTP, quando era ministro do Ambiente, em que admitia a intervenção do Estado nas pedreiras da Arrábida, "se os valores ambientais" assim o exigissem, por exemplo, através da expropriação de terras.

No final desta primeira sessão de trabalhos, Srª Ministra da Educação mostrou imagens de há poucos meses atrás, referentes ao movimento de constestação, desencadeado, também, pelos bloquistas[2], em que resolutamente se mostram contra nova figura do “professor titular”, pois os professores não aceitam um ECD que os “divide, sem sentido, em duas carreiras e que em termos de vencimento significa, para a maior parte dos professores, o regresso aos padrões de 1989”.

Com a música da banda sonora da série "Twin Peaks" em fundo, os participantes puderam ver um pequeno filme e ouvir José Sócrates dizer que defendia a limitação das pedreiras, o que motivou muitos sorrisos e alguns risos.

Com a música do concerto de Zeca Afonso no Coliseu em fundo, ouvindo-se, claramente, “O que faz falta é animar a malta, o que faz falta!” e “Os Vampiros”, os muito interessados participantes puderam ouvir a Srª Ministra apresentar números relativos à ‘vaga de assalto’ ao concuroso para professor titular por parte dos professores do B E e que, neste momento, já são, em grande número, professores titulares.

(…)

Francisco Louçã prometeu "luta" a esta decisão governamental, afirmando tratar-se de "uma questão de democracia".»

José Sócrates prometeu “luta acesa” contar esta mentalidade demagógica, afirmando tratar-se da defesa e preservação da situação democrática em que encontram, sócio-profissionalmente, todos os professores deste país. “Não podemos deixar-nos governar, de fora para dentro das estruturas governativas, por um bando de meninos mimados que pensam ter o monopólio da razão e da moral”, afirmou, com aquele sorriso a que já habituou os portugueses [3].



[1] Toda esta ficção partiu da notícia de que se apresenta, a caracteres negros, parte do texto, intercalada com as intervenções de nossa autoria, a castanho claro, em jeito de crítica ficcionada.

[2] Sobre este assunto podem ver-se alguns desenvolvimentos noticiados pela CS. A título de exemplo, aqui se deixam alguns desses links:

http://www.miguelportas.net/global/15/esquerda15.pdf

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1282060&idCanal=undefined

http://www.setubalnarede.pt/content/index.php?action=articlesDetailFo&rec=7752

http://www.rtp.pt/index.php?article=260092&visual=16

[3] Ver, sobre este aspecto crítico, esta sugestão do PM:

http://mocho.weblog.com.pt/arquivo/116090.html (quem são esses meninos do BE).

segunda-feira, setembro 24, 2007

Sobre estes momentos de contemplação interior só me lembro de ... Dalai Lama ...!

É já noite, e ainda estou a preparar as minhas tarefas docentes, paternais, obrigacionais, conjugais e outras que mais, todas decentes, porque no meu espírito apenas vem pairar a aura que fui construindo, desde pequenino, ao colo de meus avoengos e vizinhos (que lindas comunidades vicinais se poderiam descrever naquela minha terra vimarânica, cheia de "cantinhos do céu", que dava para todos, ricos e menos pobres, plebeus, gentios, crentes e ateus, mas todos seus)!


foto picada de Olhares.com


O que sentimos que nos toca a imaginação mnemónica, nestes momentos que, de alguma forma, se libertam daquelas obrigações que este mecanismo societal teceu, não para a nossa felicidade, mas para que não possamos dizer a nós próprios que estamos a cooperar num quotidiano de vícios? Que a Natureza o não concebeu, a não ser através das fraquezas com que, assim, deixou o ser humano evoluir. Como que uma certa imperfeição divina! Pecado de ninguém! Ou do futuro, quando para ele corremos sem nos apercebermos dos erros que cometermos na caminhada das miragens!




Oh! Esta luz, que qualquer um pode vislumbrar, não tem qualquer centelha de anormalidade. Apenas o modo como a olhamos e sentimos nos provoca sensações apaziguadoras, que não nos invadem pelos olhos, não! Reconhecemo-las, isso sim, pelo encanto que dela já construímos dentro dos nossos corações e, com isso, sentimos a nossa anima iluminada! É por aí que começa a auto-revelação, se constrói a felicidade, e se vislumbra a aventura da eternidade!





Não! Não fui tentado a assistir a mais um qualquer espectáculo, desta vez, mesmo com um ser espiritual tão referenciável como o Dalai Lama! Não! Não preciso desse espectáculo. Ele sabe-o, e eu sei que ele o sabe, porque com ele estou muitas vezes, sempre que o meu espírito evoca a necessidade de, com ele e com os seus, acreditarmos firmemente, desde o mais profundo dos nossos seres e das nossas capacidades, que estamos seguros nas nossas convicções, dos nossos desejos, ideiais ou quaisquer outras aspirações, pois com isso não queremos monopolizar qualquer perspectiva diferente daquela com que outros, na mesma procura de Ser, nos pretendem impôr a Verdade. Eu chamo-lhe Liberdade segura, que é o mesmo que a inevitabiildade cartesiana do ser o que se pensa, lema fundamental dos que existem liberdadeiramente.